Acreditar é o primeiro passo para a realização de um sonho... ou de um OBJETIVO !!!
Todos nós teimamos em aceitar a idéia de que sonhos são ideais inatingíveis. Eu mesma, quando escrevi a frase acima, logo reafirmei que "Acreditar é o primeiro passo para a realização de um OBJETIVO".
Agora, analisando meu próprio texto, procuro identificar qual é a diferença entre um sonho e um objetivo. E sabe qual foi a minha conclusão?
Não existe nenhuma diferença, desde que você acredite em sua capacidade de realização. Eu mesma já tive vários sonhos realizados... Confesso que nem todos foram fáceis!!! Aliás, as dificuldades vieram de encontro aos meus sonhos dezenas de vezes. Mas mesmo assim eu segui em frente. Eu acreditei!!!
Algumas vezes, pessoas me disseram que meu sonho era impossível... eu enfraqueci muitas vezes... eu pensei em desistir... mas MEU SONHO foi mais forte... e eu continuei.
Você sabe aquele sonho que parece ser ilusão??? Pois ele é real.
O que faz um sonho se tornar realidade é a maneira que você olha para ele. Se você acredita, você trabalha para torná-lo real. E as pessoas ao redor, vendo todo seu esforço, suas pequenas vitórias, passam a acreditar também em seu sonho. E quanto mais gente acreditar, mais próximo da realidade ele estará.
Foi assim quando o homem resolveu voar... foi assim quando o homem decidiu viajar para a Lua... e será assim com você.
Uma vez ouvi dizer que o homem é o único ser com capacidade de sonhar... não sei dizer se essa afirmação é verdadeira ou não, em que pesquisas ela foi baseada... mas me agrada acreditar que todas as nossas conquistas são resultado de nossa capacidade de SONHAR e REALIZAR SONHOS.
Se somos os únicos seres sonhadores, então que tal sonharmos juntos? Realizarmos o improvável?
E como uma pequenina semente, nos transformarmos na mais alta e frondosa das árvores... com nossas raízes ficadas no solo, e nossos ramos alcançando o céu !!! E assim, serviremos de abrigo para todos os seres que necessitam de proteção, alimento, conforto... e que desejam sonhar e realizar seus sonhos !!!
VAMOS SONHAR JUNTOS, E MOSTRAR A TODOS OS PESSIMISTAS DE PLANTÃO, QUE NÓS PODEMOS MAIS.
QUE UNIDOS EM UM MESMO SONHO SOMOS MAIS FORTES E PROVAREMOS QUE SONHOS PODEM SE TORNAR REALIDADE.
ACREDITE!!!!!!!!!!!!!!!
Você sabe qual o significado de uma "Página em Branco"? Ela é a oportunidade de começar a escrever uma nova história. Escreva sua própria história, preencha páginas em branco. Essas são as minhas páginas. Se você gostar, compartilhe com os amigos.
segunda-feira, 30 de julho de 2012
terça-feira, 24 de julho de 2012
O som do silêncio
O “som do silêncio” é uma
expressão que costumo usar para dizer o quanto me agrada a quietude, tão
difícil de encontrar nas grandes cidades. É óbvio que eu sei que o silêncio é a
ausência de sons, de ruídos, de barulho. Porém, em um mundo onde as pessoas
estão cada vez mais acostumadas com o zumzumzum do dia-a-dia, onde as músicas
são tocadas no mais alto volume (não importa se o ouvinte tem fones de ouvido,
se está no ônibus, ou se tem bom gosto musical), onde os rádios dos veículos são
ligados antes mesmo de girar a ignição, o silêncio passou a ser considerado um
estranho, um anúncio de maus presságios.
Quem nunca ouviu alguém
exclamar: Nossa ! Que silêncio!
Para mim, o silêncio é um
companheiro agradável, que me acompanha em algumas horas do dia. Ao acordar,
por exemplo, não gosto de conversar. Me levanto, tomo um banho ouvindo a água
cair do chuveiro, visto uma roupa e sigo para o trabalho... Saio do meu mundo e
vou para o mundo dos ruídos.
Acredito que as pessoas já
nem se dão conta da enorme quantidade de ruídos, que invade seus ouvidos
durante todo o tempo. A poluição sonora, só é reconhecida quando o barzinho (ou
a igreja) tocam música alta enquanto o desafortunado vizinho tenta dormir...
Infelizes os que moram perto de barzinhos e igrejas, pois acompanham a balada
de sábado à noite até altas horas, e acordam no domingo pela manhã com os
louvores dos fiéis. Que fique claro que não tenho nada contra os louvores
religiosos, mas se Deus está em todos os lugares, porque alguns fiéis precisam
gritar tanto para que Ele os ouça ?
Mas a poluição sonora não
vem somente desses lugares. Ela vem de veículos nas ruas, buzinas, sinais
sonoros de garagens de prédios, música, pessoas falando cada vez mais alto
(para que sejam ouvidas em meio a confusão), telefones tocando, obras, sirenes,
televisões com o volume altíssimo, crianças chorando e gritando (fazendo
birra), mães enlouquecidas berrando... Aliás, acho que esse é um sintoma da
poluição sonora: ela enlouquece as pessoas ! Depois de algum tempo, vivendo
nesse mundo ruidoso, já começamos a apresentar sinais de stress... Estamos tão
cansados dos ruídos, que o simples piar de um passarinho, nas primeiras horas
da manhã já se transforma em uma tortura alucinante para quem queria apenas
dormir mais um pouquinho. (Isso é sério... já passei por essa situação)
Enquanto admiro o “som do
silêncio”, percebo que o silêncio também tem seus sons: Os sons da natureza !
Em uma recente viagem para o
interior do estado, pude notar a diferença entre admirar o silêncio em um local
barulhento, ou participar de uma festa barulhenta em um local silencioso. Quando
vivemos em uma cidade grande, onde nossa audição é extremamente estimulada
durante todo o tempo, alguns momentos de silêncio não são capazes de nos proporcionar
o relaxamento de nossas tensões. Por outro lado, em um local silencioso,
isolado (sem sinal de celular), nos sentimos tão relaxados, que a música alta
de uma festa que invade a madrugada não é capaz de nos estressar, e pela manhã,
o canto dos pássaros anuncia mais um dia agradável... E mesmo que trinta
pessoas se reunam na sombra de um quiosque para conversar, mesmo que um grupo
esteja jogando volei na quadra ao lado, e as crianças estejam correndo em volta
da piscina... Ainda assim, e apesar dos ruídos ao redor, continuaremos
relaxados, pois todos os nossos sentidos estarão sendo estimulados adequadamente,
mantendo um equilíbrio de sensações: sentindo a brisa do vento, e os cheiros da
natureza, vendo um grupo animado, com todos falando (sem gritos) e se ouvindo
tranquilamente. Assim, percebi que o prazer do silêncio não está na ausência
absoluta de sons. “Os sons do silêncio” são prazerosos! O que incomoda muito é
o barulho causado por essa necessidade que temos de aumentar o volume, para
encobrir os barulhos que nós mesmos fazemos...
sábado, 21 de julho de 2012
O lixeiro da minha rua
Se existe uma pessoa, que é um exemplo a ser seguido, essa pessoa é o lixeiro da minha rua!
Há muito tempo que admiro esse trabalhador, que com seu bom humor e seu jeito alegre de encarar a vida, vai transformando o mundo por onde passa. E essa transformação, não está relacionada ao serviço que executa. É claro, que quando os caminhões de lixo vão passando pela rua, a paisagem vai se transformando... os sacos preto, as sacolinhas plásticas e todos os rejeitos de nosso dia-a-dia são carregados para longe de nossa visão. Tudo aquilo que um dia usamos, as sobras do jantar que comemos, as páginas rascunhadas de nossas histórias, todos os resquícios de nossa existência (durante os últimos dias), são carregados para um mundo distantes: o aterro sanitário.
Certamente que fomos nós que depositamos parte de nossa vida na calçada, embalada em sacos plásticos... fomos nós que decidimos o que devia ou não permanecer em nossas casas... nós descartamos o que não queríamos mais e abandonamos em um canto qualquer, sem nem ao menos pensar em que destino teriam depois.
Poucos são os que observam com atenção, os trabalhadores, que passam boa parte do dia a correr atrás do caminhão compactador, recolhendo o que descartamos. Confesso que sempre os observei. Não importa a raça, a religião ou idade, os lixeiros sempre tem algumas características em comum: corpo esbelto, pernas torneadas e braços fortes. E por incrível que pareça, por mais antagônico que possa ser, aqueles que trabalham com sujeira, odores desagradáveis e materiais insalubres, são os que apresentam a melhor forma física... e atrás do uniforme sujo, a aparência mais saudável.
E foi observando esses trabalhadores, que um dia, há muito tempo, descobri o lixeiro da minha rua. Esse sujeito, que já foi matéria de jornal, acorda animado, muito mais cedo que a maioria de nós, e sai pelas ruas, recolhendo nossos lixos e multiplicando sorrisos. Ele brinca com os porteiros dos prédios, cumprimenta as senhoras, estimula seus companheiros, e diverte todos os transeuntes.
Essa semana, mais uma vez, encontrei o animado lixeiro... que enquanto fazia seu trabalho, falava animado com o porteiro do meu prédio. Passei por ele, me desejou bom dia... não um bom dia automático, desses que ouvimos quando fazemos uma ligação telefônica, ou encontramos um vizinho no elevador. Foi um bom dia de corpo e alma, de voz e coração. Me desejou bom dia porque queria realmente que eu tivesse um bom dia... e ainda completou: Bom trabalho!!!
Respondi o bom dia e bom trabalho com o mesmo entusiasmo, e com toda a sinceridade completei: Gostaria de ter sua animação para ir para o trabalho (alguns dias posso até me sentir animada e motivada, porém outros não são assim). Foi então que recebi, em sua resposta, uma grande lição:
"Temos que estar animados, pois senão, o mundo estará perdido"
Assim, o lixeiro da minha rua me ensinou que animação é uma questão de escolha. Ele escolheu ser assim. E distribuindo simpatia, colhe bom humor. O mundo realmente estará perdido, se além de descartarmos nossos lixos (por todos os cantos), também resolvermos descartar nossas mágoas, iras, problemas e irritações nas pessoas que nos cercam. Não importa se essa pessoa é um grande empresário, um respeitável doutor, o rabugento vizinho do elevador ou um humilde lixeiro: Distribua "Bons dias" como o lixeiro de minha rua: de corpo e alma, de voz e coração. Escolha a animação. Escolha o entusiasmo. Faça seu trabalho com o prazer de cumprir sua missão!
E transforme o mundo a sua volta, transformando primeiro o mundo dentro de você.
Texto: Maria Helena Pereira de Sá
Há muito tempo que admiro esse trabalhador, que com seu bom humor e seu jeito alegre de encarar a vida, vai transformando o mundo por onde passa. E essa transformação, não está relacionada ao serviço que executa. É claro, que quando os caminhões de lixo vão passando pela rua, a paisagem vai se transformando... os sacos preto, as sacolinhas plásticas e todos os rejeitos de nosso dia-a-dia são carregados para longe de nossa visão. Tudo aquilo que um dia usamos, as sobras do jantar que comemos, as páginas rascunhadas de nossas histórias, todos os resquícios de nossa existência (durante os últimos dias), são carregados para um mundo distantes: o aterro sanitário.
Certamente que fomos nós que depositamos parte de nossa vida na calçada, embalada em sacos plásticos... fomos nós que decidimos o que devia ou não permanecer em nossas casas... nós descartamos o que não queríamos mais e abandonamos em um canto qualquer, sem nem ao menos pensar em que destino teriam depois.
Poucos são os que observam com atenção, os trabalhadores, que passam boa parte do dia a correr atrás do caminhão compactador, recolhendo o que descartamos. Confesso que sempre os observei. Não importa a raça, a religião ou idade, os lixeiros sempre tem algumas características em comum: corpo esbelto, pernas torneadas e braços fortes. E por incrível que pareça, por mais antagônico que possa ser, aqueles que trabalham com sujeira, odores desagradáveis e materiais insalubres, são os que apresentam a melhor forma física... e atrás do uniforme sujo, a aparência mais saudável.
E foi observando esses trabalhadores, que um dia, há muito tempo, descobri o lixeiro da minha rua. Esse sujeito, que já foi matéria de jornal, acorda animado, muito mais cedo que a maioria de nós, e sai pelas ruas, recolhendo nossos lixos e multiplicando sorrisos. Ele brinca com os porteiros dos prédios, cumprimenta as senhoras, estimula seus companheiros, e diverte todos os transeuntes.
Essa semana, mais uma vez, encontrei o animado lixeiro... que enquanto fazia seu trabalho, falava animado com o porteiro do meu prédio. Passei por ele, me desejou bom dia... não um bom dia automático, desses que ouvimos quando fazemos uma ligação telefônica, ou encontramos um vizinho no elevador. Foi um bom dia de corpo e alma, de voz e coração. Me desejou bom dia porque queria realmente que eu tivesse um bom dia... e ainda completou: Bom trabalho!!!
Respondi o bom dia e bom trabalho com o mesmo entusiasmo, e com toda a sinceridade completei: Gostaria de ter sua animação para ir para o trabalho (alguns dias posso até me sentir animada e motivada, porém outros não são assim). Foi então que recebi, em sua resposta, uma grande lição:
"Temos que estar animados, pois senão, o mundo estará perdido"
Assim, o lixeiro da minha rua me ensinou que animação é uma questão de escolha. Ele escolheu ser assim. E distribuindo simpatia, colhe bom humor. O mundo realmente estará perdido, se além de descartarmos nossos lixos (por todos os cantos), também resolvermos descartar nossas mágoas, iras, problemas e irritações nas pessoas que nos cercam. Não importa se essa pessoa é um grande empresário, um respeitável doutor, o rabugento vizinho do elevador ou um humilde lixeiro: Distribua "Bons dias" como o lixeiro de minha rua: de corpo e alma, de voz e coração. Escolha a animação. Escolha o entusiasmo. Faça seu trabalho com o prazer de cumprir sua missão!
E transforme o mundo a sua volta, transformando primeiro o mundo dentro de você.
Texto: Maria Helena Pereira de Sá
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Meu amigo facebook
Acordo
apressada, no último toque do despertador de meu celular, mal tenho tempo de
tomar um banho e me arrumar para ir trabalhar. Felizmente hoje irei de carro,
ou infelizmente - não sei... Com certeza chegarei ao trabalho na hora exata de
bater o cartão, mas o problema é que dirigindo, não poderei acessar a internet
pelo celular. É certo que no onibus eu também não faria isso: Tenho medo de
assalto.
Eu
deveria mesmo é ter acordado mais cedo, acessado a internet em casa, como faço
todos os dias, e verificado as atualizações do facebook!
Por
que será que perdi a hora ? Eu nem fiquei até tão tarde navegando na rede...
Acho que fui dormir antes das quatro!
São
quase oito horas da manhã... será que alguém comentou minha última postagem ?
Será que alguém curtiu minha publicação? Será que alguém compartilhou minha
foto ?
Verdade
seja dita: Eu não vivo mais sem o Facebook !!!
O
Facebook me fez reencontrar os amigos de infância, me possibilita conversar com
os parentes distantes, me apresentou novos amigos... Quando estou triste, basta
eu navegar um pouquinho que já esqueço os problemas e dou umas boas risadas...
Se estou feliz já começo o dia postando imagens bonitas, de lindas paisagens ou
gatinhos fofinhos... e me sinto mais perto das pessoas !
Tenho
dois mil amigos “facebookianos”... Tudo bem que mais da metade eu nunca vi
pessoalmente, e a outra parte eu não tenho encontrado com frequência... Vocês
entendem, não é ? Eu não tenho saído muito... prefiro o sossego do meu quarto,
onde ninguém me atrapalha, tentando conversar comigo, enquanto eu estou
teclando no bate-papo com algum amigo virtual.
Essa
amiga, com quem estava teclando de madrugada, andou meio brigada com seu
marido... acompanhei tudo pelo facebook: Eles se xingaram, se ofenderam,
discutiram detalhes da vida íntima e do relacionamento em geral, publicando
todo o seu descontentamento no mural de um e de outro... Fico aliviada em saber
que seus filhos ainda são muito pequenos (e não alfabetizados) e por isso não
acompanharam a briga do casal pela internet. O conteúdo das publicações não era
adequado para menores de dezoito anos (pensando bem, não era adequado nem para
maiores de dezoito anos)
Mas
agora já está tudo bem, esse casal já fez as pazes e vive publicando
declarações de amor aqui no “face”, onde todos podem ver o quanto eles estão
felizes e unidos. Na verdade, nós estávamos justamente comentando sobre como a
internet une as pessoas. Um pouco mais cedo, acho que foi na hora que a novela
acabou, minha filha lá do quarto dela, me mandou uma mensagem para saber que
horas a gente iria jantar... Detesto quando me fazem sair do “face” para fazer
o jantar, ou alguma outra atividade... Já falei isso na minha casa ! Já basta
no trabalho, que quando a conversa está boa, e tem uma porção de amigos
conectados, meu chefe inventa de me pedir um relatório sobre um projeto
qualquer... Esses relatórios estão me matando... já estou com L.E.R. (Lesão de
Esforço Repetitivo) de tanto digitar relatórios.
Outro
dia estavam falando na empresa que é proibido acessar o facebook no horário de
trabalho – Que absurdo!!! – Imaginem um dia como hoje, que acordei atrasada, me
arrumei correndo, dirigi até o trabalho - fiz tudo para chegar no horário!!! –
Já imagimou, não poder acessar o “face” no computador da empresa? Ficar oito
horas elaborando projetos, digitando relatórios, analisando dados, trabalhando
sem descanso nem distrações... Eu só volto para casa às cinco da tarde, e ainda
enfrento uma hora de trânsito... Seriam mais de doze horas sem “meu amigo
facebook”... Eu não sobreviveria à tamanha solidão !
Texto: Maria Helena Pereira de Sá
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Entre o zap e o pica fumo
Tudo que sei sobre truco é que é um jogo de cartas, o
qual as pessoas jogam tranquilamente, até um dos jogadores começar a gritar e
bater na mesa, então todos começam a se desafiar como gladiadores.
A muitos anos que não via um jogo de truco, e confesso que
nunca tive nenhum interesse pelo jogo, porém dessa vez, a maternidade me lançou
mais um desafio, quando minha filha de 11 anos, me perguntou: Mãe como se joga
truco? Com todo carinho materno, expliquei que não sei jogar truco, e sugeri
que ela pedisse para o pai ensiná-la, uma vez que ele estava jogando truco com
nossos sobrinhos.
Segundos depois escutei o diálogo entre os dois, e a
longa explicação sobre o jogo, veio em pouquíssimas palavras: Observe e
aprenda!
Parabenizo os auto-didatas, mas essa técnica nunca
funcionou comigo. Sempre precisei de um manual de instruções para fazer as
coisas. Até hoje, meu marido lembra da primeira vez que usei a panela de pressão:
Manual em mãos, controle dos minutos no relógio, e aquela tensão típica dos
policiais do esquadrão anti-bombas , para evitar que a panela explodisse em
minha cozinha, lançando o feijão cozido para todos os lados.
Mais uma vez, ficou provado que a genética é realmente
incrível: em alguns minutos, minha filha voltou para perto de mim, e revelou em
segredo: Mãe, não entendi nada.... ainda não sei jogar truco.
Desafio lançado!
Eu, mãe-coragem, parti para o computador em busca de um
manual sobre como jogar truco.
No primeiro site pesquisado (após a busca no Santo Google)
aprendi minha primeira lição. Os valores das cartas.
Após retirar as cartas 8, 9, 10 e curingas, descobri que
por alguma lógica que não compreendo, a carta mais valiosa é o 3... e a menos
valiosa é o 4. Entre elas as outras cartas seguem uma sequência irracional onde
o 2 vale mais do que o 7, o 6 e até que o rei (?!?)
Depois dessa incrível explicação, o site deseja um bom
jogo...
?????
Entre uma pequisa e outra, entre o zap e o pica fumo (que
continuo sem saber o que signifca) decidi escrever esse texto. Obviamente que
não tenho a intenção de ensinar a ninguém como se joga truco, pois só serei
especialista nesse assunto, depois que terminar minha pesquisa (rs). Minha
intenção talvez, seja despertar nas pessoas a importância de ensinar aos outros...
Não importa o que for, se você tiver um aluno interessado em aprender, ensine!
Ensinando, repassamos valores, eternizamos culturas, sejam
elas canções, folclores, danças ou um simples jogo de cartas. Não espere que
todas as pessoas aprendam apenas observando... Alguns, como eu, precisam de uma
explicação, um manual, um professor...
Alguns, como eu, precisarão pesquisar na
internet, e descobrirão sites explicativos, que não ensinam coisa alguma. E
alguns outros (assim como eu) se sentirão desafiados a pesquisar mais e mais,
até aprender todas as regras, as manhas, os truques... para depois ensinarem a
criança de 11 anos, ansiosa por participar da mesa de jogo.
E otimista como sou, pretendo aprender o truco tão
profundamente , que quando fizer a dupla com minha filha, para desafiar meu marido
(o pai) e algum sobrinho, gritaremos TRUCO, apresentaremos nossas cartas,
venceremos todas as partidas e desenharemos em um pedaço de papel, tracinhos e
bolinhas, que no fim da noite, representarão não só a nossa vitória no jogo,
como também a vitória da persistência, da ânsia de aprender, da força inegável
de uma mãe, que tenta de todas as formas, responder as perguntas de sua filha.
Texto: Maria Helena Pereira de Sá - Julho/2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
As árvores de Cubatão
Um passarinho me contou que está cada vez mais difícil
encontrar um bom lugar para fazer seu ninho na cidade de Cubatão. O problema,
segundo ele, é que toda vez que ele e a dona passarinha encontram uma rua
agradável, onde querem morar, alguma árvore é arrancada na redondeza, e por
temerem que a próxima seja a deles, eles voltam a buscar um novo local.
Mas meu amigo passarinho não se conforma com essa situação,
e por isso resolveu pesquisar o que está acontecendo com as árvores de Cubatão.
Durante sua investigação, ele ficou sabendo que diversos munícipes entram com
processo na prefeitura, solicitando a remoção de árvores localizadas em frente
à suas casas ou à seu comércio. Em minha santa inocência, imaginei que esses
munícipes queriam remover árvores doentes, ou aquelas, cujo plantio inadequado
da espécie, causa danos nas calçadas ou à fiação elétrica, mas o passarinho
disse que pesquisou também as razões… E acredite se quiser! Existe uma
infinidade de razões absurdas que os munícipes alegam, para justificar a
supressão da espécie árborea.
Teve o caso de uma senhora, que solicitou a retirada da
árvore em sua rua, pois um casal de jovens aproveitava para namorar sob sua
copa todas as noites, e tmbém uma outra senhora, que já estava cansada de
varrer as folhas caídas na calçada. Outro caso muito comum, é o dos
construtores, que após contruirem os prédios ou casas, descobrem que existe uma
árvore bem em frente o portão da garagem, e como é muito caro, quebrar o muro e
transferir o portão para outro lugar, eles solicitam a remoção da árvore. Pouco
importa se a árvore é saudável, frondosa, quantos animaizinhos residem naquela
árvore, quantos passarinhos escolheram seus galhos para fazer seus ninhos,
criar seus filhotes.
Me lembro bem do período que cursava a faculdade de
arquitetura… certa vez, tínhamos que escolher uma construção qualquer, que
achássemos interessante, para analisá-la e depois, deveríamos entrevistar o
arquiteto que havia feito o projeto. Escolha feita, fomos entrevistar o arquiteto.
Durante a conversa, ele nos contou que antes de fazer o projeto, foi visitar o
terreno, e lá encontrou uma enorme árvore. Essa árvore se tornou o ponto de
partida do projeto. Todas as curvas, aberturas, e o posicionamento dos acessos
foram baseados na simples decisão de não cortar aquela árvore. Muito antes de
se falar em sustentabilidade, esse arquiteto já estava projetando um edifício
sustentável. A enorme fachada de vidro, não recebe diretamente a radiação
solar, devido a sombra projetada da árvore, e a vista, de dentro e de fora do
edifício valorizam a edificação e a natureza. Contei essa história para o
passarinho e ele me perguntou: Por que os arquitetos, engenheiros ou
construtores não valorizam seus projetos, preservando as árvores do terreno, ou
as árvores das calçadas??? A pergunta me calou… Com tantas pessoas solicitando
a retirada das árvores, o que eu poderia responder ao passarinho?
Algumas vezes eu também tenho perguntas, que não consigo
responder… Na década de 80, auge da poluição em Cubatão, época das chuvas
ácidas, o Jornal Nacional mostrou imagens para todo o Brasil, das escarpas da
Serra do Mar, repletas de áreas de deslizamento… a notícia dizia que a serra
iria cair ! Eu, aos 12 anos de idade, apavorada, e já amante da escrita, peguei
um papel e uma caneta e escrevi um poema, poema-oração, entitulado: “Senhor, ajudai Cubatão e seus moradores”.
Esse poema começava assim: Senhor, ajudai essa terra. Segurai essa serra.
Ajudai Cubatão!…
A serra não caiu. Foi feito um amplo trabalho (conjunto)
para controlar as fontes de poluição. Mudas e sementes fizeram a recomposição
da Serra do Mar, e hoje vemos a grande muralha repleta de verde.
Enquanto converso com meu amigo passarinho, eu mesma me
pergunto: Onde estavam os cidadãos cubatenses naquela época, que não aprenderam
a valorizar a natureza? Será que eles acham que basta controlar as fontes
poluidoras para ter uma melhor qualidade do ar? Eles não sabem que as árvores,
além de produzirem oxigênio, também servem para reter a poeira em suspensão?
Além, é claro, de proporcionar uma sombra agradável nas tardes quentes de
verão, de atrair pássaros de diversas espécies, embelezar a cidade,
possibilitar a valorização imobiliária, proteger o solo, absorver a poluição
sonora, melhorar a qualidade de vida, e tantas outras vantagens que ainda
poderia listar.
Eu espero profundamente, para o bem do meu amigo passarinho,
e de toda população de Cubatão, que as pessoas reflitam um pouco antes de pedir
a retirada de uma árvore… ou talvez, se não for muita utopia, que os cubatenses
passem a solicitar à prefeitura, o plantio de novas árvores: nas ruas, nas
praças e em todos os pedacinhos de solo disponíveis, onde um dia já existiu uma
árvore… e nela, um ninho de passarinho.
Texto: Maria Helena Pereira de Sá - Julho/2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
Os grandes gênios
Hoje acordei pensando na genialidade dos inventores. Não
daqueles que fizeram grandes invenções, que mudaram a história da humanidade,
mas dos inventores das pequenas coisas, tão banais que nem ao menos notamos a
sua importância em nossa vida, mas ao mesmo tempo, não conseguiríamos viver sem
elas.
Inventos que convivem conosco diariamente, nos são uteis,
mas que não são valorizados devidamente. Falo por exemplo, do “pregador de
roupas”...(por que será que tenho tamanha fixação por pregadores de roupas?...talvez
eu deva analisar isso mais profundamente...).
Bem, o pregador de roupas já deve ter sido muito
valorizado, na época de sua criação. Imagino as lavadeiras, lavando diversas
roupas à mão, e depois colocando-as para secar em uma corda esticada ao sol...
depois de uma ventania, a surpresa de ver as roupas espalhadas ao chão, sujas
de terra, de barro, e então, as lavadeiras novamente acocoradas, lavando as
mesmas roupas...até que um dia, finalmente, alguém deu a solução para aquele problema...
com dois toquinhos de madeira, um pedacinho de arame, eis que surge o primeiro
pregador de roupas.
Então, anos e anos depois, descobrimos que o mesmo
pregador também serve para fechar embalagens de alimentos, fazer artesanato...
Após a grande invenção,quase nada mudou... fizemos pregadores de plástico,
pregadores decorados, pregadores específicos para fechar pacotes de bolacha...
mas todos eles ainda são os mesmos pregadores... é a evolução dos toquinhos de madeira, sem
muita inovação.
Outro invento sensacional, e que facilita muito a nossa
vida, é o “abridor de latas”... Aliás, eu me pergunto: O que veio primeiro: A
lata ou o abridor?
Lógico que não faz sentido nenhum, criar um abridor para
um objeto que nem existia ainda, mas por outro lado, quem foi o maluco que
criou uma embalagem de alimentos, a prova de ratos e insetos, resistente para o
transporte, segura, inviolável, e que a dona de casa certamente gastava um
tempo enorme para conseguir abrir? Ela provavelmente, tentava de todas as formas
possíveis e imagináveis: com faca, martelo, machado... (talvez se já tivessem
inventado o maçarico...).
Acredito que a criação das latas foi uma jogada de
marketing, pra valorizar a criação do abridor... Provavelmente, o mesmo
inventor criou as duas coisas... mas ele quis valorizar o abridor, então lançou
a “lata” no mercado... Uma inovação nas embalagens!... As pessoas ficaram
admiradas, e começaram a comprar os produtos enlatados, que tinham maior
durabilidade por estarem protegidos hermeticamente naquela embalagem... Só
depois de verem as despensas abarrotadas de latinhas empilhadas, é que ela se
deram conta da dificuldade de abrir uma lata.
Veio então, depois de algum tempo, o mesmo inventor,
trazendo a solução para aquele problema: O abridor de latas. As pessoas
pagariam qualquer preço para adquirir aquela maravilha. Era o fim de todos os
seus problemas.
Esse é “o segredo” das grandes invenções. Você tem que
solucionar um problema!
Eu queria ser uma grande inventora, e quem sabe, viver da
renda obtida pela venda de meu pequeno-grande invento. Mas como posso focar nos
problemas, se os livros de auto-ajuda me dizem para não valorizar os problemas?
Como posso me concentrar nas dificuldades, em uma época em que somos
diagnosticados conforme nosso comportamento? Se eu focar nos problemas, e por
um momento parecer triste, já serei tachada de pessimista, depressiva. Se por
outro lado, estiver confiante, contente, dirão que é a fase de euforia, de um
possível transtorno bipolar.
Eu só queria inventar algo, que aproximasse as pessoas na
medida exata, para que elas não julgassem os outros por seu comportamento.
Ficassem próximas o suficiente para conversarem abertamente, e se não
concordassem em alguma questão, pudessem instantâneamente buscar a opinião de
outros amigos, que concordassem com elas. Algo que reunisse a família em um
mesmo ambiente, mas onde cada um pudesse escolher qual assunto quer conversar,
cada um pudesse falar e ser ouvido. Queria inventar um mundo novo, uma terceira
dimensão, onde você entra quando quiser, e sai quando te der vontade.
Mas até isso já inventaram!
E sentados na sala de estar, eu e meus familiares
conversamos entre nós e com o mundo, reunidos (ou desunidos) em nossa terceira
dimensão. Essa fantástica invenção (?) chamada: Facebook!
O fim da arte da sedução
Dentre os resultados do comportamento feminino da atualidade,
o mais preocupante, é o que vem causando o “Fim da Arte da Sedução”. Enquanto a
maioria das mulheres, em seu íntimo, se sente solitária, carente e até mesmo
frágil; suas atitudes demonstram o oposto do que sentem, e na busca desesperada
por uma companhia, elas se tornam totalmente disponíveis aos homens que
encontram nas baladas e barzinhos que frequentam.
Essa disponibilidade feminina, essa pseudo-independência,
essa modernidade de comportamento, está causando a extinção de um espécime
humano, que fará parte dos estudos históricos nos livros de sociologia das
gerações futuras: o galanteador.
Aquele homem que com gestos e palavras, praticava o
exercício, ou a “difícil” arte da sedução, aquele que conhecia a dose certa da
cantada, sem ser invasivo nem vulgar, aquele que com um simples olhar era capaz
de encantar uma mulher; este homem já não existe mais, ou, se existe, está tão
intimidado com o comportamento feminino, que tenta se adequar, comportando-se
como tantos outros que vemos por aí.
Se essas são as consequências de ser uma mulher moderna,
livre, independente, dispenso esses adjetivos…quero ser antiquada. Quero um
homem que com um gesto suave afaste o cabelo de meu rosto, simplismente porque
ele deseja olhar o meu rosto em sua totalidade. Um homem que me olhe nos olhos
e converse por horas e horas, dias, semanas, até ter o direito conquistado, de
me roubar um beijo. Quero alguém que me leve para jantar, porque quer desfrutar
mais alguns momentos comigo, e que durante o tempo que nos alimentamos, e rimos
das piadas um do outro, deseje que esse jantar se demore, pois sabe que depois
do jantar teremos apenas a sobremesa e o cafézinho, e iremos, cada um para sua
casa, pois sabemos que os momentos íntimos chegarão na hora certa, no momento
certo, e que eles não tem que acontecer (necessariamente) no primeiro encontro,
pois não queremos queimar etapas, e planejamos ter muitos encontros depois do primeiro.
Sou uma mulher que se alegra em receber flores (ou uma cesta
de café-da-manhã), e que percebe a pontinha de inveja* das amigas, por ter um
relacionamento com um amante à moda antiga. (*inveja branca – aquela que não
quer o mal, mas queria um homem igual)
Definitivamente, não quero ser uma mulher moderna, e ficar
falando aos quatro cantos sobre o quão depressa a “fila anda”, ou como eu mesma
conquisto os rapazes na balada… Quero ser antiquada e ouvir elogios sinceros,
ser tocada com respeito e admiração e sentir que às vezes, um simples aperto de
mão pode me deixar arrepiada, quero sorrir timidamente quando percebo em uma
conversa qualquer, que meu acompanhante está realmente interessado em mim.
O comportamento humano nos dias de hoje, me causa pesar,
pelas gerações futuras, que não conhecerão esse tipo de conquista, não
desfrutarão de momentos tão marcantes. Os galanteios, serão vistos em filmes
antigos em novelas de época… virarão motivo de piadas por não se adequarem aos
relacionamentos relâmpagos e instantâneos, tão rápido e passageiros como uma
tempestade de verão. Porém, em seu íntimo, as mulheres continuarão se sentindo
solitárias, vazias, carentes… e nas noites frias de inverno, ao assistirem um
romance água-com-açucar na TV, desejarão um dia, conhecer um homem que as leve
para caminhar na praia no entardecer: de mãos dadas, pés descalços e o coração
repleto de amor.
Assinar:
Postagens (Atom)