Existe um antigo dito
popular que diz: “Respeito é bom, e eu gosto”.
Na verdade, todos gostam de
respeito, mas atualmente muitas pessoas não sabem o que é isso. As pessoas clamam por seus “direitos”, elas
se revoltam quando não são atendidas em suas necessidades, elas querem ser
ouvidas, querem ser bem tratadas... E inconscientemente, o que elas desejam é ser
RESPEITADAS.
Há alguns anos os pais
ensinavam valores a seus filhos:
Família, Educação, Respeito, Obediência, Honestidade... Valores estes, aqui
escritos com letras maiúsculas, para reforçar sua enorme importância.
Os pais tem o dever de
educar os filhos para a vida em sociedade, e o princípio básico de um convívio
amigável em sociedade é o respeito.
Segundo os dicionários,
Respeito é um sentimento que leva a tratar alguém ou
alguma coisa com grande atenção, profunda deferência, consideração ou
reverência.
No passado, não tão distante, as
crianças sabiam que não deveriam interromper uma conversa de adultos, deveriam
cumprimentar as visitar, respeitar pai, mãe, irmãos, amigos, professores...
respeitar para serem respeitadas. Esse
respeito não significava submissão, ele era a aceitação do fato de que os pais
eram as autoridades máximas do lar; professores e diretores eram as autoridades
da escola, amigos e irmãos eram seres exatamente iguais a nós mesmos, e
alterando um pouco o dito popular: “Respeito é bom e TODO MUNDO gosta”.
Mas, onde está o respeito? O apreço, a
consideração, a estima e a reverência?
Como disse uma mãe recentemente, educar
dá trabalho; e ninguém quer ter esse tipo de trabalho.
Os pais estão tão perdidos em sua ânsia
de atender as necessidades das crianças, que já não sabem mais distinguir
realmente quais são as necessidades reais de um ser humano. A educação é tão
liberal que são os filhos que determinam o que querem fazer, talvez antes mesmo
de começarem a falar.
Mães desesperadas recorrem aos
pediatras para lamentar que seus pequeninos filhos não querem comer, e não
comem absolutamente nada! Quando você ouve isso, pode até se sensibilizar, mas
aproxime-se um pouco mais da rotina da criança. Essa mesma criança que
esperneia negando um prato de arroz e feijão, consegue alguns minutos depois,
usando a técnica: choro-insistência-manha; uma mamadeira de achocolatado ou um
delicioso pacote de bolacha recheada.
Comparando essa cena, com minha
infância, lembro-me bem de meu pai dizendo: se não comer tudo não vai levantar
da mesa... se não comer um pouquinho do legume terá que comer toda a
travessa... se não quer almoçar ficará com fome até a hora do jantar. Os pais
de hoje podem achar que tive um pai carrasco, mas acreditem: nós, os filhos,
não só aprendemos a obedecer, como nos alimentamos corretamente, na hora certa,
sem discussão.
Meu pai nunca me bateu. E eu jamais
levantei a voz para meu pai. Quando recebia uma ordem eu simplesmente obedecia:
Afinal, os pais mandam e os filhos obedecem! Os pais sabem o que é melhor para
os filhos! É claro que algumas vezes eu discordei, mas eu o respeitava.
Atualmente, cada vez mais cedo, as
crianças aprendem a dominar seus pais. Elas mandam e os pais obedecem. Elas
discordam e os pais mudam de atitude para conseguir uma aprovação. As crianças
gritam, xingam, cospem e batem na cara dos pais (Não é exagero!!!) E os pais
lhes compram um brinquedo novo, para acalmá-las (?!?).
Logo essas crianças vão para a escola.
Seus pais acreditam que agora, estão repassando a responsabilidade de educar
aos professores.
Na escola, as crianças agem exatamente
como sempre agiram com seus pais e avós. Mas as escolas não aceitam esse
comportamento. Lembre-se: a criança está ampliando o seu grupo, está começando
a viver em sociedade.
A criança bate no amiguinho, a escola
convoca os pais. A criança chuta a professora, a escola convoca os pais.
Os pais furiosos acham que a escola
está incomodando, e está julgando seu pequenino anjo de cabelos cacheados. Eles não compreendem que assim como as
fundações é que sustentam um enorme edifício, os valores aprendidos em casa é
que formam os indivíduos.
Os pais precisam aprender que dizer não
aos seus filhos, não vai transformá-los em carrascos. Manter sua palavra, e não
negociar com a criança birrenta que se joga e faz um show no chão do shopping,
é ensiná-la que as regras devem ser seguidas, que NÃO é sempre NÃO. Talvez, em
um outro dia, os pais possam lhe dar aquele brinquedo, mas somente porque eles
decidiram isso, não foi a criança que decidiu por eles.
E assim, ensinarão aos seus filhos, que
eles não terão todas as suas vontades satisfeitas, nem todos os seus erros acobertados.
Pois é muito melhor que às vezes, os pais sejam considerados chatos, do que
descobrir no futuro, que não foram capazes de repassar aos seus filhos, nenhum
valor; nenhuma educação.