segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Eu escolho a PAZ

Não quero lutar em guerras que não são minhas,

Não quero me aborrecer com problemas que não são meus,

Não vou me envolver em desentendimentos entre pessoas que escolheram brigar.

Eu escolho a PAZ!!

Escolho o lugar tranquilo, o ambiente agradável, os jantares repletos de sorrisos e gargalhadas.

Não quero ver caras feias nem ouvir queixas intermináveis. Todos nós temos problemas, mas cada um escolhe quanto espaço os problemas vão ocupar no seu dia-a-dia.

Eu escolho as músicas tranquilas às discussões.

Escolho o silêncio da sala de estar...

O calor do abraço amigo, sem interesses, sem amarguras.

Eu escolho a PAZ em todos os meus dias, em todos os lugares.

Não me tragam recados de desafetos, não me venham com ironias, me contando sobre assuntos que não estou interessada em ouvir.

Levem suas maledicências para longe daqui.

Escolhi manter meu ambiente limpo, meu horizonte claro... assim, somente boas energias irão pairar ao meu redor.

Minha luz interior ira afastar suas nuvens de tormentas.

Eu escolho a PAZ. E a paz trará um brilho suave e acolhedor para minha vida.

domingo, 29 de setembro de 2013

Memórias de uma desmemoriada...

Tem gente que tem deficiência visual, tem gente que tem deficiência física... e tem gente, assim como eu, que tem deficiência de memória.

O que muitas vezes vira piada nas reuniões de família, gera momentos desagradáveis na maior parte das vezes.

Sim, eu confesso que mereço um Oscar na arte de representação, quando algumas pessoas vem falar comigo, e eu consigo manter uma conversa agradável, sem nem fazer ideia de onde o meu "velho amigo" me conhece.

Entretanto, algumas pessoas tem o péssimo habito de desafiar a minha péssima memória, começando a conversa com um: 'Você se lembra de mim?"

Gostaria de ser honesta o suficiente para simplesmente dizer: "Não, me desculpe, não me lembro de você. Mas não se magoe, não é nada pessoal. Na verdade não me lembro de quase ninguém que não vejo há mais de vinte anos... em alguns casos, não me lembro nem das pessoas que falaram comigo a cinco minutos atrás, no caixa do supermercado ou no balcão da farmácia."

Mas a situação fica ainda mais constrangedora, quando a pessoa fala o meu nome, pergunta de meus irmãos (também pelo nome), manda lembrança para os meus pais...

A sensação que tenho, é que aquele ser que está diante de mim, participou ativamente de minha vida, em algum momento em que eu estava em coma, ou algo parecido... talvez eu não estivesse presente em minha vida naquele momento. Talvez eu tenha cerca de 90 anos, e minha memória já esteja falhando...

Mas se eu for pensar friamente, os idosos geralmente esquecem os fatos recentes, e lembram-se perfeitamente de sua adolescência ou infância... isso me dá alguma esperança.

Essa semana, passei por duas situações que comprovam que meu caso é grave... gravíssimo....kkkkk:
Levei minha filha em um consultório médico, a atendente perguntou se era a primeira consulta e eu confirmei. Ao digitar o nome, ela verificou que já tínhamos estado lá. Mesmo que eu tivesse duvidado, ela tinha todos os dados do meu endereço e telefone antigos. Eu perguntei quando foi a última vez que estive lá: 10 anos e 3 meses atrás. Isso me dá uma pista sobre o prazo de validade de minhas lembranças.

Hoje, um conhecido me reconheceu, me chamou pelo nome, falou sobre minha família... e eu tentava buscar nos arquivos empoeirados do meu cérebro, qualquer pista que o identificasse. Nada! Ele falou seu nome, o nome do prédio onde morava... Seu rosto era familiar, mas ainda não sei se era por reconhecimento ou se era um artifício da minha mente para tentar justificar o fato de ele me conhecer e eu não...ou talvez... ou sim.

Já estou quase acostumada com situações assim. Não são agradáveis, não são confortáveis... mas acontecem. Acontecem com mais frequência do que eu gostaria.

Enfim, como não conheço nenhum remédio milagroso para memória, e não posso fazer uma viagem de volta para o passado, para relembrar tudo que já esqueci... Peço a todos os amigos e conhecidos, que me reconhecerem e não forem reconhecidos, que me perdoem por minha "deficiência", e quem sabe, me contem histórias de nosso passado em comum, não só para que eu me lembre de vocês, mas para que eu tenha certeza de que vivi (em plena consciência) em uma época que não consegui reter na memória.

Beijos a todos...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Em busca de um objetivo...

Tentar alcançar um objetivo, pode não ser tarefa fácil nos dias de hoje, mas pior do que isso é não ter objetivo nenhum.

Milhares de vezes, as pessoas apostam todas as sua fichas em um único número, e enquanto a roleta roda, ficam tentando, desesperadas, obrigar a bolinha a parar no número que elas escolheram. 

Obviamente que é impossível definir em que número a bolinha vai parar... 

Principalmente porque estamos falando do "Jogo da Vida", onde não existem cartas marcadas, dados viciados e roletas fraudulentas. 

O que ocorre, é que o objetivo não é conquistado e a pessoa sofre... Algumas, sofrem muito mesmo.

Mas mesmo assim, ficam insistindo naquele objetivo, tropeçando no caminho entre dores e lágrimas, ainda tentando conquistar aquilo que idealizaram.

Por mais duro que seja, em algum momento, é necessário mudar o foco, virar a página, seguir por outro caminho...

Mas existem pessoas que não conseguem dar um passo adiante, e quando finalmente desistem do plano inicial, seguem sem rumo, navegando à margem do percurso, acompanhando a vida daqueles que seguiram por um caminho semelhante ao de seu antigo ideal. E seguem sofrendo, pois a paisagem que admiram é justamente aquela que não se encontra em sua janela.

O que muitos não sabem, talvez por ilusão, ou imaturidade, é que é necessário mudar de foco muitas vezes ao longo da vida. É necessário ter muitos objetivos, para não se sentir derrotado quando um deles não é alcançado. É necessário experimentar o novo e olhar em outras direções. 

Mesmo que o por-do-sol seja sempre no oeste, cada dia é um novo espetáculo, com novas nuvens no cenário, um cume de montanha, o topo de um prédio ou um mergulho no oceano. O horizonte está sempre a nossa frente, mas depende de onde estamos, para que o cenário seja mais belo ou não.

Sonhar é preciso!!! Você pode ter a cabeça nas nuvens, desde que mantenha os pés no chão.

Assista à um lindo por-do-sol, enquanto pensa em quais são os seus objetivos. Analise sua própria vida, e verifique se você está caminhando pela estrada certa. E se o seu caminho está cheio de pedras, mude o foco, mude a direção... olhe a paisagem!!! Muitas vezes, aquilo que você mais quer não está disponível nessa longa estrada... mas pode estar te esperando em uma curva de um novo caminho.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Amigos

Você pode encontrar um amigo em qualquer lugar.

- em sua família,
- na escola,
- no trabalho,
- pelos caminhos da vida,
- em seu relacionamento...

Amigos são os bens mais preciosos que você irá acumular ao longo de sua existência.

Foi com eles que você riu à toa, na hora de dormir, quando toda a turma acampou em sua casa para uma festa do pijama.

Vocês já riram muitas vezes!

Juntos, vocês também choraram às mágoas, as dores de um amor que não vingou, a raiva depois das brigas na adolescência, as perdas.

Eles escutaram tudo que você tinha a dizer quando precisava desabafar. Te deram conselhos bons ou maus... mandaram você calar a boca, enquanto você dizia besteiras, impulsionada por esse ou aquele momento. E mesmo assim vocês continuaram amigos.

Algumas vezes os amigos brigam, outras, se socorrem.

Eles falam por você, tudo aquilo que você tem vontade, mas não pode dizer em determinadas circunstâncias.

Os amigos se completam, se complementam. São parecidos e diferentes entre si.

Mas nada importa.

O que importa é que são eles que te apoiam durante a caminhada, sem querer nada em troca, mas sabendo que em algum momento, você estará lá para apoia-los também.

Pois cada um de nós é uma pedra preciosa, e unidos formamos um tesouro.

"É feliz, quem tem amigos"

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Quem tem as respostas?

O silêncio me atormenta.

É na ausência de palavras que minha mente grita, declarando todas as suas angustias.
As lembranças e os desagrados me assombram, me arrepiam e reviram minhas entranhas.

O silencio liberta os discursos que eu deveria fazer para mim mesma,
Alertando-me que nem sempre o que importa é o mais importante
E fico buscando respostas para as perguntas que não tenho coragem de fazer

Existe uma guerra ruidosa entre a razão e a razão
E o certo e o errado se confundem, justificando suas ações ou a falta de ação.
Não há para onde fugir...

A música alta no rádio talvez consiga embalar os pensamentos
Mudar o foco desse debate, sintonizar as emoções
Talvez cantando alto, eu possa espantar meus males

Mas... até quando?

Até quando podemos adiar nossas próprias indagações?

(Série: rascunhos não publicados)

Desabafo,,, desespero...

Sim, eu tenho medo do incerto!!!
Tenho medo de tudo que foge ao nosso controle...
Medo de errar, medo das consequências...

Mas principalmente, eu tenho medo de quem nos tornamos, quando, de uma forma ou de outra, reagimos aos fatos de nossas próprias vidas.

Eu me lembro bem de como eu era aos 12 anos... de como eu era aos 20 anos... de como eu era aos 25,26 anos... E posso afirmar com toda certeza que eu mudei!!!

Eu não sou mais a menina tímida.

Não sou a moça sonhadora, e nem a pessoa que existia por alguns meses quando tudo era cinza... (graças à Deus eu deixei de ser aquela pessoa)

Mas, até que ponto essas mudanças foram resultado de minhas ações, ou simplesmente o reflexo das ondas da vida?

Até que ponto eu decidi me tornar a pessoa que sou hoje?

E pior que isso, em quem eu me tornarei daqui a alguns anos, se as frustrações que vivo em alguns momentos, fizerem eu parar de lutar... e simplesmente passar a aceitar que a vida é assim... que as pessoas são assim... que já que não adianta nada a gente se preocupar, melhor seria se conformar. Aceitar.

Eu não consigo me ver como alguém que simplesmente aceita. Alguém que se cala e abaixa a cabeça.

Eu sei... Tem muitas coisas que todos nós aceitamos, que nos calamos. E mesmo assim, várias vezes eu sofro calada por fazer isso.

Eu continuo sendo a mesma menina mimada que quer que as coisas sejam do jeito dela. E que as pessoas entendam, e que queiram fazer algo também.

Mas... será mesmo que eu posso ser de outro jeito?

Caminhando tropega pela corda bamba, já fiquei muitas vezes pendurada a ponto de cair. E eu sei o por que...

Eu me recuso a não olhar pra baixo...pra frente...pro alto. Me recuso a seguir sem sonhos, sem planos, sem intenção.

Está me faltando gás... E eu não quero ser um balão que não voa. Eu não vou gostar de mim. Ninguém vai!!!

(Série: rascunhos não publicados)

Coma profundo...

Aqui, nesse desgoverno, temos todos os tipos de funcionários:

Funcionários fantasmas, funcionários (sem) padrão, funcionários invisíveis...

Todos matam seu tempo em frente a uma tela de computador.

Não importa qual a sua capacidade intelectual,
 todos estão em coma profundo,
e  foi decretada a morte cerebral.

Mas já não a chance de transplante porque seus corações pararam de bater.
O sangue que antes corria em suas veias, já não corre mais,
Está parado no congestionamento causado por decretos e manifestações.

Já não há nada para fazer, já não há nada para querer... só temos tempo a perder.

O corpo, cansado da luta, se cansa agora, de tanto descanso...
E cansa da estagnação.

Houve um tempo, em que o tempo era pouco para tantas idéias, tantos projetos...
Houve um tempo de planos traçados, mas esse tempo ficou pra trás.

Nada...

E a vida segue pela janela,
as pessoas continuam passando como uma imagem de vídeo acelerada,
enquanto você assiste, sentado na poltrona da sala de estar.

Já é hora de se levantar, de agir, de esquecer as desculpas e voltar a viver.
Ser parte de sua própria vida, ser seu próprio governante.

É hora de seguir em frente.

(Série: rascunhos não publicados)