sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ler e escrever

Não sei quando aprendi a escrever... não me lembro de quem me ensinou a ler... mas sei da importância que esse aprendizado tem em minha vida.

Não falo apenas da professora que me alfabetizou. Falo de todos os que me influenciaram positivamente, na criação desse hábito tão prazeroso. Todos os professores, meus pais, meus irmãos e amigos. Falo do Maurício de Souza, com os milhares de gibis da Turma da Mônica, que sempre devorei (e que leio até hoje). Falo das editoras, e especialmente dos livros de crônicas da série "Para gostar de ler"

Saber ler é muito mais do que unir sílabas e reconhecer palavras. Saber ler é interpretar textos, embarcar nas histórias, visualizar as cenas e os personagens.

Certamente, gostar de ler, colaborou para que eu gostasse de escrever.

Desde muito pequena, escrevia redações, poemas, pensamentos... As "páginas em branco" foram preenchidas vorazmente em momentos de alegria e de tristeza.

Muitos textos foram guardados, muitos textos foram perdidos. Palavras voaram ao vento. Outras ficaram guardadas pra sempre em minha memória. Todas elas fazem parte de minha história.

Quando mais nova, tinha vergonha de mostrar o que tinha escrito. Imaginava que ninguém iria querer ler aquilo que escrevia. Hoje, esse pensamento mudou.

Mesmo sabendo que tudo que escrevo representa o meu ponto de vista, em um determinado momento. E que muitos podem discordar, assim como eu mesma posso mudar de opinião algum tempo depois, ainda assim, sinto prazer em contar minhas histórias. Prazer em proporcionar uma leitura divertida àqueles que também gostam de ler.

Hoje, sou uma leitora muito mais crítica, porque tento aprender com os grandes autores.

Hoje, sou uma escritora muito mais consciente, da responsabilidade de quem publica, de alguma forma, os seus textos.

Ler, escrever, reler, reescrever... esses são os prazeres que compartilho com vocês, desejando que cada um, sinta o mesmo amor que sinto pelas palavras, pelas histórias.

Se o exemplo influencia novos leitores, sejam o exemplo para todas as crianças. Leiam para elas. Leiam junto com elas. Mostrem que o mundo dos livros é um mundo de infinitas possibilidades.

Ler e escrever não tem contra-indicações!

Leia muito! Leia tudo! Leia sempre!

E escreva quando sentir vontade. Registre sua própria história. Seja o autor de sua biografia!

Temos muitas "páginas em branco" para preencher!!!


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Felicidade e chocolate!!!

Algumas vezes eu preciso de uma barra de felicidade.

Algumas vezes, de felicidade em confeitos.

Tem dias que pedem um sorvete com cobertura de felicidade... ou um delicioso bolo de felicidade...

Esse tipo de felicidade pode vir em várias embalagens e formatos diferentes, pode ter um sabor doce ou amargo, pode ser branca, crocante ou recheada.

A felicidade embalada, está disponível em docerias e prateleiras de supermercado. E me dá um imenso prazer.

Pobres daqueles que são alérgicos à felicidade industrializada!

Conheço muitas pessoas viciadas nesse tipo de felicidade, mas esse não é o meu caso!

Vivo muto bem, e até por um longo tempo, sem precisar da felicidade artificial.

Eu não me alimento de felicidade quando estou em uma praia, curtindo o sol e a brisa do mar, quando estou ouvindo o som das ondas arrebentando. Nesses momentos, a felicidade brota em meu coração.

Não necessito dessa felicidade quando estou viajando e conhecendo novas paisagens.

Eu transbordo felicidade pelos olhos e pelos lábios, quando estou papeando com meus amigos e parentes.

Nem por um milésimo de segundo, eu penso em bombons de felicidade momentânea, quando estou ao lado de meu amor, vivendo as sensações de um beijo, um abraço, um amor consolidado ao longo dos anos...

A felicidade produzida em nossa vida nos pequenos e grandes momentos, é infinitamente mais doce do que a felicidade com sabor de chocolate. (E essa, não engorda, não dá espinhas e nem alergia)

Porém, alguma vezes, sentimos necessidade de uma dose extra, e instantânea de felicidade! E mergulhamos nos prazeres proporcionados por uma caixa de bombons.

É uma ilusão doce e passageira... são pequenos pedaços de prazer...

Eu gosto de chocolate! Mas prefiro a verdadeira felicidade!

A verdadeira felicidade também é feita de pequenos momentos.

Ninguém a encontra, se passar a vida em busca da felicidade.

A felicidade é um quebra-cabeça de milhares de peças!

 E ao longo da vida, devemos perceber e guardar com cuidado cada pequenina peça que encontramos durante cada um de nossos dias. Todas as peças são importantes para montarmos nosso imenso painel!

Viva todos os momentos de sua vida com atenção, e encontre seus pedacinhos de felicidade.

Não substitua momentos de alegria por barras de chocolate (ou por qualquer outro vicio que te dê um prazer limitado).

Espero que esse doce alimento, produzido a partir do cacau, seja só mais um alimento para satisfazer o seu paladar.

E que você saiba identificar as gotas de felicidade a cada dia, para que elas possam alimentar a sua alma!

Felicidades para todos vocês!!!

"Pessoas felizes não perturbam os outros*" - (*frase modificada para manter o bom nível desse blog) - autor desconhecido.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O fim de uma jornada - Nelson Mandela (18/07/18 - 05/12/13)

Nunca a morte fez tanto sentido para mim, quanto agora, na despedida de Nelson Mandela.

A morte é realmente o fim de uma jornada. O início da vida eterna.

Enquanto diversas pessoas lamentam, nas conversas e nas redes sociais, e se dizem tristes pelo falecimento de Mandela, eu só lamento que não tenhamos mais pessoas como ele, para nos servir de exemplo.

Esse senhor, de 95 anos, cumpriu sua missão. Talvez, tenha cumprido mais do que sua missão.

Ele enfrentou batalhas pacíficas e armadas sem nunca perder a doçura do olhar. Ele adquiriu conhecimento e lutou por aquilo que acreditava, mesmo que vivesse em um país onde era considerado menos importante, devido a cor de sua pele.

Ele foi um estudante, um presidiário, um presidente... E sua voz foi ouvida por todas as nações.

Nelson Mandela lutou contra o Apartheid... uma luta tão importante para toda uma nação (não só a Africana, mas a mundial), e eu só fui me dar conta dessa importância, muitos anos depois de ter saído das carteiras desconfortáveis da escola, quando esse tema era matéria de prova, e eu mal conseguia lembrar como se escrevia essa palavra.

Em 95 anos de vida, ele sofreu, ele se revoltou e ele foi  racional. Ele utilizou seu tempo no isolamento da prisão, não só para quebrar pedras e dormir. Ele leu, ele estudou o comportamento das pessoas e talvez, o seu próprio comportamento.

Madiba poderia não ter saído vivo do cárcere, ainda assim, teria realizado mais coisas do que a maioria de nós sonhará realizar.

Mas ele sobreviveu. Ele foi libertado e seguiu lutando com novas armas. Muitos se calaram para ouvir o que ele tinha a dizer. E então, ouviram preciosas lições.

O Prêmio Nobel da Paz ainda é pouco, perto de suas conquistas. Perto dos benefícios a milhares e milhares de pessoas.

A morte, nesse momento, talvez tenha sido seu maior prêmio. Pois agora, ele conquistou a maior das liberdades. Mandela não está mais preso em um corpo cansado de tantas batalhas. Não está mais preso em uma cama, ou aprisionado a uma sequência de medicamentos.

Hoje, ele é livre! Sua imortalidade segue nos livros de história, nos filmes, nas reportagens, na internet... Seu pensamento sensato ainda será ouvido de muitas formas...

Essa jornada foi cumprida, com dor e louvor... Agora é chegada a hora de descansar.

Viva Nelson Mandela! Viva agora, sua vida eterna!