sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

O sol vai voltar amanhã...mas hoje ele amanheceu atrás das nuvens!

Nunca confie em alguém que está sempre sorrindo.

Não confie nos otimistas patológicos

Somos seres humanos!

Mesmo que alguns de nós consigam enxergar coisas positivas e momentos felizes na maior parte dos dias, sempre haverá um vácuo onde a felicidade ficará em suspenso.

Acredito que quem não demonstra tristeza, raiva, angustia, dor, pessimismo, está mentindo ao menos 30% do tempo*

Você pode achar que esse meu chute* é muito alto, mas vou explicar:

Acho normal que você guarde seus problemas somente para você algumas (muitas) vezes. Ninguém suporta aquelas pessoas que respondem ao: -Oi, tudo bem?, com uma ladainha interminável de problemas, sejam eles pessoais, profissionais, políticos ou até mesmo de saúde.

É obvio que não está "tudo" bem. Sempre tem algo que nos incomoda. Mas é desnecessário despejar nossas lamúrias em cima do primeiro que aparece.

Digamos que, em um mês, você possa estar "feliz" quase todos os dias... Matematicamente falando (calculando aqueles 30%), Pelo menos 9 dias, você não vai estar tão bem... (No caso das mulheres, dá pra imaginar que esse período esteja relacionado ao ciclo menstrual). Mas dos 9 dias de "crise", você consegue disfarçar (ou mentir descaradamente) uns seis dias.

Ainda sobrarão 3 dias em que você soltará os cachorros depois de uma piadinha sem graça, ou um comentário maldoso, que seria relevado em situações normais. Nesses casos, vão dizer: É a TPM (mulheres) ou ele está muito estressado (homens)

Dessa forma, apenas em 10% das vezes você vai demonstrar seu descontentamento. Mas quanto mais tempo demorar para você extravasar, maior será o tempo dessa "má fase"

O engraçado é que todos suportam, de uma forma ou de outra, aquele que reclama diariamente de seus problemas... Mas quando é o sujeito "feliz", que se mostra de "saco cheio" (Desculpe o palavreado!), as pessoas dizem que ele não pode agir assim...

I am sorry!!!

O prazo de validade esgotou. A bateria descarregou. A energia se esvaiu pelo ralo, assim como a água que goteja da torneira ininterruptamente.

Até o Maior de Todos os Seres teve um dia para descansar.

Somos seres humanos! Convivemos com a pior das raças... Nós mesmos. Temos o direito (e a obrigação) de chutar o balde de vez em quando, ou de nos escondermos sob as cobertas esperando um dia melhor.

Sim, eu tenho certeza que o sol vai voltar amanhã*. Essa é minha música, meu hino.

Mas hoje, o sol se escondeu atrás de nuvens tempestuosas. A noite não foi das melhores. Os sonhos (ou pesadelos) foram agitados e marcantes.

Hoje, eu também preciso deixar algumas lágrimas escorrerem pois minha alma está transbordando de amargura e dor.

Não devo me afastar das pessoas, ainda que tudo que eu queira é ficar só... só mais um pouquinho.

Sim, eu também tropeço no caminho. Eu também caio e ralo os joelhos no chão.

Vai sarar. Vai cicatrizar e deixar uma marca por toda a vida. Pode ser que ainda cause algumas dores.

Somos seres humanos!

Felicidade também tem prazo de validade. É preciso reconstruí-la. mas o processo nem sempre é rápido....

Dentro de nós, também existe muita burocracia.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Mil mulheres em uma

"Sempre faço mil coisas ao mesmo tempo"... A frase cantada por Renato Russo, representa bem as mulheres modernas.

Muitas de nós assumem uma infinidade de papéis durante um mesmo dia.

Mil coisas ao mesmo tempo... Nem todas perfeitas. Mas todas feitas com carinho e dedicação.

Pode ser que a casa não esteja tão limpa, e ainda haja louça sobre a pia.

Pode ser que as roupas não tenham sidos passadas, mas foram dobradas cuidadosamente e guardadas nos armários.

Elas saíram cedo para trabalhar. Já deixaram os filhos na escola, já pagaram uma conta no caixa eletrônico e passaram no supermercado para comprar um shampoo para cabelos oleosos.

Pouco importa se seus cabelos estão secos e quebradiços. Para ela, qualquer shampoo está bom, mas a filha pediu a marca específica que não tinha no mercadinho do bairro.

No trabalho suas atribuições não param. E entre um relatório e outro ela pensa no jantar... Ou não.

Às vezes só está pensando no início das aulas, no material que ainda tem que comprar...três camisas de uniforme, uma agenda... Também precisa lavar os tênis antes que a semana acabe.

Férias chegando ao fim. E ela ainda tem que terminar a programação das próximas férias, ou melhor, da viagem que vão fazer... E precisa fazer o depósito da festa da família. Passar no banco.

Seu cartão vence daqui a cinco dias e o outro ainda não chegou. Nossa!! Quanta coisa para pensar... Quanta coisa para fazer...

E enquanto faz mil coisas ao mesmo tempo, espera ansiosa o próximo fim de semana. A possibilidade de ir à praia. Talvez no domingo, porque no sábado ela vai trabalhar... Valerá à pena?

Às vezes tem vontade de desistir, jogar a toalha, desligar o despertador e ficar na cama mais meia hora ou o dia todo.

Mil coisas...

Então levanta-se, toma um bom banho e se entrega à labuta. Melhor não deixar o trabalho acumular... Senão amanhã, terá duas mil coisas para resolver.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A Banalização do Amor

Todos dizem: Eu te amo, mas quantos amam de verdade? Quantos sabem o que esse sentimento representa?

Falar é fácil. Amar não é.

Amar exige entrega, confiança, respeito.

Não é um sentimento de troca e sim de doação. Você ama, não importa o que o outro sinta por você.

E amor não se aprende, se transmite.

Mas mesmo que fosse possível ensiná-lo, como faríamos isso?

Nas escolas, professores já não amam seus alunos, não amam sua profissão.

Os alunos também já não amam seus professores. Eles nem sequer os respeitam...

Em algumas famílias também já não existe amor.

Mães que não amam seus filhos.

Não podem amar porque não receberam amor. Não o conhecem.

As pessoas só anseiam uma coisa: O poder.

Se sou mãe, se sou pai, tenho poder sobre meus filhos. Se sou professor ou chefe, tenho poder sobre meus subalternos e alunos.

As pessoas buscam o poder, sem saber que o sentimento mais poderoso é o amor.

Precisamos formar  uma corrente do bem..  Onde as pessoas amam e se entregam a esse amor sem cobranças.

Talvez seja só utopia. Mas os políticos deveriam prometer mais amor.

Porque nós podemos amar muito além do amor entre duas pessoas. Podemos amar a cidade, a natureza, a profissão, os animais.

E assim, o amor nos trará educação, segurança, saúde, respeito, cidades mais limpas, proteção ao meio ambiente.

Só o amor vai construir um mundo melhor.

Precisamos saber amar e transmitir esse amor.

Faca sua parte: ame mais!

Mas ame o amor verdadeiro, não esse amor de palavras vazias, que não aceita os defeitos do outro, que se dissolve à qualquer tempestade... Não esse amor que exige respostas.

Ame, simplesmente ame.

Vamos transmitir o amor, para que ele se multiplique infinitamente.

Muito amor para vocês.




quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A invasão das baratas

Estou pensando em me mudar.

As baratas invadiram minha casa.

Nem dá para acreditar que a dedetização do prédio e do apartamento foi a pouco mais de um ano.

Logo vi que a dedetização não valia nada. Quando voltamos para casa, três dias depois, as formigas nos recepcionaram com festa...

Elas estavam fazendo uma festa... Pensaram que a dedetização era para espantar os humanos. Não é que elas tinha razão?

Mas formiga a gente aguenta. Reclama, mas aguenta...

Já barata é diferente. Ninguém gosta, ninguém quer, ninguém aguenta.

Com o calor que anda fazendo, elas saem das tocas e invadem as casas..

Quem mandou eu morar no primeiro andar? Tivesse escolhido um andar mais alto, as baratas teriam preguiça de me visitar.. Pelo menos enquanto ainda não sabem apertar o botão do elevador.

Esses dias encontrei uma se refrescado no pote de água da gata... Num verdadeiro banho de piscina, só a cabeça de fora.

Era tão folgada que estava ate com preguiça de fugir. Morreu!

Se der sorte, vai ter ar condicionado no reino do Beleléu.

A de hoje, tinha consciência ecológica. Estava reciclando o lixo.

Por culpa dela, a garrafa pet da sacola vai ter que ir pro aterro... Não tenho coragem de mandar material com barata morta pro galpão. E menos ainda, de lavar a garrafa pra tirar a defunta.

Talvez a solução seja me mudar... Quem sabe, morar em uma nave espacial, hermeticamente fechada, com o ambiente interno totalmente controlado... Sem baratas, sem mosquitos de dengue ou febre chicungunha (escreve assim?)...

Mas enquanto eu não me mudo, fico por aqui, exterminando insetos nojentos sem nenhuma utilidade para humanidade...

Deve ser praga da Judith, a barata atriz, deve ter mandado as amigas me perturbarem... Deve ter feito isso, sim.

Pelo menos, uma lição eu aprendi.

Nada de dar nome para as baratas...

Sem nomes, sem lagrimas no funeral.

Dizem que nem a bomba atômica consegue acabar com elas... Ainda terei muito trabalho pela frente...

sábado, 17 de janeiro de 2015

Todo dia é uma despedida.

Sim, todo dia é uma despedida.

Quando alguém vai embora, eu sempre tento me lembrar da ultima vez que eu o(a) vi.

Tento me lembrar de detalhes... Se nós conversamos, sobre o que falamos, se rimos de alguma piada e se só ficamos lado a lado assistindo à televisão ou conectados ao mundo virtual.

Fico pensando no tempo que desperdicei, não aproveitando os últimos momentos em que estivemos juntos.

Talvez, diante da pressa do dia-a-dia, dos compromissos inadiáveis (!?), eu tenha apenas me despedido à distancia, ou um beijo rápido, um abraço de leve...

A gente diz tchau, até logo, até mais, como se tivéssemos a garantia certa de um próximo encontro.

Mas... Todo dia é uma despedida. Todo dia é um novo adeus.

Devemos celebrar os reencontros e nos abraçarmos como nos abraçamos nos natais, nas viradas de ano, nos aniversário, ou depois de uma longa viagem.

O reencontro é um presente de Deus. Algo que nos foi permitido por Ele, e por isso, devemos celebrar.

E antes de partir, para um até breve ou um para sempre, devemos nos despedir demonstrando todo nosso amor, toda a saudade que a ausência nos trará. Seja ela curta ou duradoura.

Devemos dar um verdadeiro abraço, e apertar um pouco mais por mais algum tempo, pois não há compromisso mais inadiável do que a nossa despedida (mesmo que a ausência dure só algumas horas... Nós nunca saberemos ao certo quanto tempo vai durar...)

Devemos nos despedir "pra sempre" todas as vezes... E assim, quando o ADEUS realmente chegar, teremos a certeza que nenhum momento foi desperdiçado.

Teremos a lembrança de tantos últimos abraços... A certeza de tanto amor demonstrado.

O nosso "tchau" pode ser um "até já" ou pode ser um "um dia, no fim da vida, iremos nos reencontrar"

Então, não podemos perder tempo... Não podemos perder a chance...

Todo dia é uma despedida... Ainda que a vida nos dê muitos reencontros... Algumas vezes o fim é realmente o fim.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Apagando memórias...

Esqueci

Porque era conveniente esquecer...

Lembrar nem sempre é uma dádiva.

Algumas vezes precisamos apagar memórias para abrir espaço para lembranças melhores.

Esqueci

Porque se ficasse pensando no assunto poderia enlouquecer

Tem momentos que devemos esquecer por querer

Pra nos libertarmos de passados que não podemos mudar

Esqueci

E segui em frente sem olhar para trás

Porque a lembrança doía demais ...
E esquecer pode ser o melhor presente

Esqueci o passado para tornar o futuro, um lugar seguro

E quem sabe esquecendo, eu consiga fingir que foi somente um sonho ruim.

Esqueci

Para me proteger. Para te proteger.

Porque foi muito mais fácil decidir esquecer...

Mais fácil que encarar o dia seguinte, com a lembrança de tudo que passou...

*Maria Helena Pereira de Sá

Trecho do livro A Mulher Silenciosa - A. S. A. Harrison

"No final, ela precisou aceitar que mesmo que você esqueça, não quer dizer que aquilo nunca aconteceu. O quadro-negro não está totalmente limpo, você não pode recuperar a pessoa que era antes..."

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Em uma clínica radiológica...

O novo prédio da clínica* de Santos é lindo, com sua decoração perfeita e seu piso reluzente, entretanto o atendimento....

O atendimento é confuso e desorganizado. 


Quando a pessoa chega, não sabe onde pega a senha... E não tem senha.

Ela interrompe o trabalho de alguém para perguntar onde é a senha, e descobre que deve entregar seus documentos na primeira mesa... 


Primeira?

Ah... A mesa 11, que é exatamente igual às outras, e fica escondida para quem chega à recepção do segundo andar.


Ao entregar os documentos, te pedem para esperar.


A recepção está lotada... Muita gente esperando. Uns esperam autorização, outros esperam o exame, outros esperam seus parentes, outros só esperam... Ninguém sabe pra onde vai depois (assim é a vida).


As vezes a funcionaria chama um nome. Ninguém responde. Chama outro. O sorteado é convidado a esperar em outra sala...


Os nomes são chamados... Muitas vezes, só o primeiro nome...


- Maria São Pedro...


Uma senhora levanta e vai ate a atendente... Surpresa! O sobrenome da pessoa chamada era outro.
Essa senhora vai esperar mais um pouco... 


A atendente vai procurar a paciente. Nem os atendentes sabem onde os pacientes estão.

São muitas salas de espera, muita gente esperando.


Uma hora depois do horário marcado para o exame, meu nome é chamado... para assinar a autorização. 


Ainda vou aguardar mais um pouco.

Isso me faz lembrar que essa é a segunda vez que venho fazer o exame. Da primeira vez, cheguei 30 minutos atrasada e não pude fazer.


Eu posso esperar por eles, mas eles não podem me encaixar na fila dos que estão aguardando a tempos, quando eu me atraso meia hora.


Bem... Já faz uma hora e vinte minutos que estou aguardando. E nada do meu exame.


Vou parar de escrever, e vou comer outra bolacha... 


Ainda bem que meu exame não exige jejum.

Posso comer muitas bolachas... Enquanto aguardo, em pé ao lado da porta (porque cansei de ficar sentada), já dei muitas informações sobre a senha inexistente e a tal da mesa 11.

Sinceramente, a sala do INSS não tem o mesmo luxo... Mas para que serve o luxo, se o atendimento é tao ruim?


*O nome da clínica foi preservado temporariamente. Quero só ver qual vai ser a resposta ao e-mail que enviei para eles (com um texto bem semelhante a esse). 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Ano Novo. Promessas... até quando?

Segundo dia do ano e a promessa já me atormenta...

Impossível não fazer promessas de ano novo... Até mesmo quando a gente diz que não vai prometer nada, já está prometendo alguma coisa.

Todo mundo quer que o novo ano seja melhor do que o anterior... Todo mundo é igual... Mesmo tentando ser diferente...

Depois de devorar um milhão de chocolates em 2014, achei que era hora de parar.

- Não vou comer chocolates em 2015...

Dois minutos depois completei:

-Exceto aos sábados!!! Sábado pode...

O ano começou numa quinta-feira. Hoje é sexta, e eu quero muito um chocolate..

Como o viciado deseja sua droga.

Fui olhar no armário da cozinha... Nada.

Eu falei pro meu marido que não era mais para ele me comprar chocolates... Ele tinha que obedecer logo agora?

Amanhã é sábado... Dia de chocolate.

Acho que vou gostar muito mais dos sábados esse ano...

Devia ter deixado a exceção pras segundas... Já pensou? Esperar ansiosa por uma segunda-feira?

Ainda dá tempo de mudar... Mas amanhã é sábado... E a segunda ainda está tão longe...

Por que será que chocolate é tão gostoso?

Até quando duram as promessas de ano novo?