sábado, 28 de outubro de 2017

Ansiedade, o vento leva.

Vez ou outra a mente transborda.

São tantas dúvidas ou reflexões, que não cabem em mim.

Sonhos, imaginação, alegrias, tristezas, desejos, decepções...

Não há caixas para guardar tanta bagunça.

Assim sendo, melhor transbordar. Escrever. Desabafar.

Já perdi o medo que tinha, de expor meu eu interior. Aprendi a revelar meus segredos ou inventar verdades inexistentes.

Como saber o que é real e o que é fruto da imaginação?

Como saber? Se nem mesmo eu sei...

Inspiração vem como vento noroeste. Arrasadora, avassaladora, derrubando tudo e deixando rastros.

Depois passa, vem a calmaria. O silêncio da mente.

Vez por outra, sou capaz de guardar segredos. Acalmar o espírito. Meditar e dormir.

Outras vezes me foge o sono.

Corro em busca do sossego. Desesperada, em busca de paz...

A paz oculta na escuridão da razão.

Permaneço na luz... mas a cada piscar de olhos, vejo flashs de uma outra realidade.

O amanhã não conheço. O passado se foi.

O presente é uma pedra. Esperando a ventania passar.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Sobre o sol... (Facebook 2015)

Eu amo o sol
Amo o calor e a energia que ele irradia
Amo a sensação de estar sendo abraçada por seus raios
Amo sua luz que nos permite enxergar uma infinidade de cores, onde os verdes são mais verdes, o azul é mais azul.
Amo fechar os olhos e sentir que não estou sozinha. Estamos juntos, eu, o sol, a natureza.
Vejo as formigas apressadas, aproveitando o lindo dia pra trabalharem incansáveis em busca de seu objetivo.
Vejo as plantas "clorofilando"
Ouço pássaros alegres. Assim como eu.
Amo o sol e o sol me ama também.

#aproveitandooDia
#QuemNãoTemPraiaSentaNoChão
#oQueImportaÉCurtirODia

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Entre tempos

Com sua licença, vou fechar as cortinas.

Vou me perder em meus pensamentos e mergulhar em palavras sem sentido algum.

Não tente espiar. Não tente entender.

Vou me deitar na areia da praia e torcer para que o barulho das ondas possa encobrir todos os sons ao redor. E os ruídos da minha mente.

Vou fechar os olhos para enxergar o mundo de uma outra dimensão.

O mundo que deveria existir.

Vou sonhar acordada novamente, enquanto caminho, sonâmbula, por entre os corredores desse enorme mercado.

Mercado de pulgas.

Sinto coceiras na alma. Em lugares que não sou capaz de alcançar.

Sinto frio, apesar do sol que brilha através das cortinas.

Talvez me faltem braços. Cheiros com certeza me faltam.

Viajo à velocidade da luz. Não. Viajo mais rápido. São pensamentos.

Estou lá e aqui. E não estou em lugar nenhum.

Sempre evitei pimenta, sapato apertado, leite quente, cadeiras com tachinhas.

Mas evitar tudo não me liberta das experiências que preciso sentir.

Fugir não é a melhor opção. Eu sei. Nunca foi.

É preciso enfrentar também essa fase. Ela passa. Tudo passa.

Sentiremos saudades também da escuridão. Então, que seja. Vamos aproveitar o breu.

No próximo alvorecer tudo será diferente. E novamente, devemos aproveitar.

O som das ondas não encobre o barulho ao redor.

Concentre-se!

O amargo da fruta também é um sabor.

Mas é doce o teu olhar.

Adoce-se.

Posso fechar as janelas e as cortinas, mas isso não impedirá o vento de seguir seu rumo.

Com sua licença vou reabrir as cortinas.

Vou vestir meu sorriso e esperar os olhos secarem ao sol.

Logo esse ciclone se desfaz. Logo poderei usar meu novo guarda-chuva para nos proteger das gotas de outras tempestades.

Aguardo ansiosa.

Até já!