sábado, 29 de dezembro de 2018

Desde criança



Porque EU AMO ELEFANTE, desde criança.
E tem muitas características que eu carrego em mim, desde criança.

E eu já mudei muito, muitas vezes, interna e externamente, desde criança...

Principalmente no meu jeito de ser.

Eu já amei a lua mais que tudo, e já amei as estrelas ( que ainda brilham no teto do meu quarto), e esse amor permanece, mas é o SOL que brilha em meu coração agora.

Mas enfim, voltando aos elefantes...

Desde de criança.

Desde bem pequena eu admiro esses enormes paquidermes.

Sinto que temos uma conexão, e que, quando eu ia (ou vou) ao zoológico*.. (que é o lugar mais perto que eu posso ver um ao vivo), se eu pensar bem forte, ele me  escuta.

Loucura? Não sei.

Mas se eu acredito, ele me escuta.

E assim, ele sabe o quanto eu o amo.

Não sei explicar o que me faz admirá-los tanto. Simplesmente não sei...

Posso dizer mil coisas, reais ou imaginárias (como nossa conversa), mas nada vai explicar completamente.

Assim é o amor.

E meu amor é real, é seguro... Amo, mesmo a distância.

Amo.

Sinto vontade de ficar frente a frente com um elefante, abraçá-lo, encostar minha testa em sua testa, para uma conversa mais íntima.

Sinto falta de nossas conversas.

Faz tanto tempo...

Mas não importa o tempo que passe, meu amor só cresce... É um amor de criança, da criança que carrego em mim, desde criança.

Beijos 🐘 🐘 🐘

*Obs.: Tenho minha própria teoria quanto aos zoológicos. Uns dizem que é prisão, uns não pensam sobre isso, ou não se importam. Não vou discutir sobre isso. Se os zoológicos não existissem... Ou quando deixarem de existir... Mas por enquanto, esse é o mundo que vivemos. Certo ou errado, é com os erros que aprendemos.

Obs. 2: Essa semana o Japão liberou a pesca (ou caça) às baleias... Depois de 30 anos de proibição. E ai, o que estamos fazendo contra isso?

#elefante #elephant🐘 #santuariodeelefantesbrasil #euamoelefantes  #euamoescrever #desdecrianca #amorpuro #paginasembranco #helena73sa

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Minha biblioteca

Quando minha filha era pequena, ela dizia que tinha uma biblioteca na nossa casa.

Chique, não é?

Na verdade, a "biblioteca" era a cantoneira do guarda roupas, repleta de livros, que eu comprei, ganhei, herdei, resgatei, li, reli, não li, separei por título, por autor, por tamanho...

Livros que vem e vão, e que entre as idas e as vindas, se acumulam pela casa.

Já emprestei, já presenteei, já doei pra biblioteca de verdade, a pública, mas eles continuam por aqui, em todos os cantos do meu lar.

Na mesa de cabeceira duas pilhas. A de livros lidos durante o ano e a de livros iniciados e abandonados no meio do caminho... Aguardando uma segunda chance.

Tantas histórias, tantas memórias... O exemplo fez nascer em minha criança, uma pequena leitora, com seus livrinhos infantis em seu próprio quarto. Orgulho de mãe.

Esses já seguiram seu rumo para outros lares.

Hoje, dividimos as páginas, compartilhamos os textos...

Falta prateleira para nosso acervo.

Falta ler tanta coisa.

Não me desfaço dos que ainda não li, nem dos favoritos. Eu empresto, e se ele não volta, acabo comprando outro para reler mais uma vez.

Gostaria de ter uma biblioteca. E ver meus livros sendo lidos por centenas de pessoas... Viajando e fazendo o leitor viajar.

Livros foram feitos para isso, entreter o leitor.

Leia mais.
Leia muito.
Leia sempre.


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Silêncio

O facho de luz não consegue cortar a escuridão.

O universo é breu.

Um grito calado que ninguém pode ouvir.

Olhos fechados não escondem o que não se quer enxergar.

No mundo paralelo tudo vai bem.

Brotam flores, brotam sorrisos na aridez.

Lágrimas, já não brotam mais.

Ficaram no passado, encaixotadas como as lembranças de um tempo que se foi.

Costumávamos nos lambuzar de sorvetes. Prazeres diversos. Deliciosos sabores.

Cores de todas as cores.

Canções e danças.

O toque e o barulho do mar.

O presente, passado, passou.

No fim do espetáculo as luzes se apagam. Ruidosos espectadores se vão.

Fica o silêncio, a escuridão, o vazio.

O desejo do desejo. O grito calado. A lágrima seca. O passo imóvel.

Na balança, a busca do equilíbrio.

No universo, o alinhamento dos astros.

A certeza que tudo está bem, mesmo não estando.

É assim que deve ser.

A luz, ainda acessa, não pode cortar a escuridão.

Mas a chama se mantém.

As escolhas, as possibilidades, o desejo.

A fagulha sempre pode causar um grande incêndio.

Iluminar os horizontes, soar, aquecer... Destruir.

Para fazer brotar uma nova floresta.

E começar tudo de novo.


segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Adote um livro. Leia

Exercite sua mente. Leia.

Leia livros, jornais, revistas, gibis. Leia.

Leia romance, ficção, poesia, auto ajuda, crônicas. Leia.

Leia um livro por dia, por semana, POR MÊS, por ano. Leia.

Desligue a tv, desapegue do celular, escolha seu lugar no mundo e leia.

Leia e descubra um mundo novo, onde as histórias acontecem num tempo individual. O seu tempo de leitura... Você acelera ou diminui. Você constrói cenários e personagens, baseado no texto, é claro, mas com características e traços que você mesmo complementou.

Leia mais.

Após entrar nesse mundo (de leitura), você não vai mais querer sair.

Esse livro eu ADOTEI no projeto da Prefeitura de Santos - Adote um livro - Leia Santos

Em tempo: (Esqueci de fazer meu próprio  merchandising)
Leia um blog...hahahah helena73sa.blogspot.com

sábado, 3 de novembro de 2018

Desabafo do dia

Minha rede social é aqui.

É aqui que encontrará as evidências de minha vida.

Sem fotos, sem imagens, só palavras.

Mas palavras podem revelar mais do que milhares de postagens momentâneas.

O instante é agora. O momento que escrevo e revelo o que existe em minha mente. Confusão. Mil conselhos que não consigo acatar.

Luzes acesas. Sol. O mesmo astro que brilha a milhares de quilômetros daqui, mas é incapaz de iluminar uma parte de mim.

Se eu pudesse enxergar o que está oculto. Se houvesse transparência, diálogo, confissões.... Talvez assim, mesmo com lágrimas, poderia diluir as preocupações.

Porque a mente é traiçoeira. E se não sabe, cria uma história, foge do contexto, se derrama em textos com ou sem sentido.

Como um cego, tento tatear, seguir o caminho. Mas não sou cega e meus olhos não estão vendados.

Podemos debater as questões, nos consolar ou nos enganar mutuamente. Podemos nos aproximar ainda que milhas e milhas nos separem. Ou podemos ficar assim...

Tentamos preencher os vazios. Muita coisa cabe no vazio, mas nesse caso, nada se encaixa* (*um pequeno plágio do que li outro dia)

E é mesmo assim... Cinco mil peças nesse quebra-cabeça, mas nenhuma tem o formato que falta. Isso parte o coração.

Talvez eu devesse escrever um diário. Afinal, nem todo dia eu me sinto assim. (Quem eu quero enganar? Eu mesma ou vocês?)

Não fuja. Enfrente.

Saia da caverna ou me liberte dela.

Talvez seja a gangorra novamente (não consigo pensar em outra figura), talvez você esteja no alto e pra isso, eu precise ficar em baixo. Embaixo.

Talvez eu deva ser base pra você voar.

Talvez...

Posso ser fundação. O apoio.

Posso estar só choramingando como sempre fiz. Atormentada por pesadelos e excesso de silêncio.

Qual o sentido de tudo, se é que há algum sentido?

Por ora é isso.

E isso basta.

Não quero te fazer chorar. Também não quero chorar.

Vou fazer um Sucrilhos e buscar um sorriso. Vou para a praia ler um livro, ou ficar e assistir um filme triste.

Vou aguardar. Quem sabe?

Estarei aqui.

Santos, 03/11/2017

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Tudo azul

Azul

Tudo é azul.

Enquanto brilham os fogos ou ressoam as risadas, bate forte uma vontade de silêncio e escuridão.

A estrada azul se apresenta sedutora.

Fecham-se os olhos, apagam-se as memórias, foge-se de si.

Azul infinito do céu e profundo dos oceanos.

O azul sempre volta. Dá voltas, te olha do alto e mergulha em sua direção.

Te agarrar, te enrosca, te abraca, te aconchega, te põe no colo, te arrasta, te esconde, te amarra, te ilude...

Não. Não me ilude.

Vejo azul. Reconheço. Me arrasto e me debato na areia movediça. Me entrego, não me entrego. Me acalmo, me despeço, me conformo...

Não me conformo.

Tento fugir, tento escapar, tento tentar algo novo. Me movo. Me liberto. Me afasto.

Não muito.

Não o suficiente.

Não há como fugir. Há que se enfrentar. Que lutar... De novo e de novo...

Há que enternecer, esmaecer.

Há que iluminar. E com luz, clarear o azul. Arejar os espaços e sombras. Preencher os vazios. Azulejar.

Até obter o doce azul de um olhar. E olhar o cheio do copo, o cheio da alma.

E em um novo azul, um céu com luar, uma sol amarelo. Um arco-íris de cores. Um filtro de luzes. Pra refletir e te levar por todas as estradas, ou pra colorir seu caminho, com sentimentos não tão azuis.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Eleições 2018

Sobre as eleições, tem algo que quero dizer: Eu não tenho culpa!

Não tenho culpa se um candidato defende um lado enquanto o outro defende outro.

Não tenho culpa se eles se atacam, e se acusam, e trazem à tona toda a sujeira que ambos escondiam no tapete, ou acende holofotes sobre suas idéias e seus ideais duvidosos.

Não tenho culpa se eles tem amigos bandidos ou se seus amigos são todos santos. (Nem eu mesma tenho todos os amigos santos)

Não tenho culpa se algum deles guarda dinheiro na cueca, ou se a cueca é tão suja que é melhor nem comentar.

Não tenho culpa se eles lavam a roupa suja no horário nobre ou se fazem promessas diversas que provavelmente nem vão cumprir.

Mas principalmente, não tenho culpa por não acreditar em milagres políticos, ou em heróis que salvam a nação das mazelas que vivemos. (E estou muito ciente que minhas mazelas nem se comparam com a maioria do nosso povo)

Quem sou eu pra falar sobre mazelas, não é?

Alguém que não tem culpa.

Ou talvez... Pensando bem...

Talvez eu seja culpada.

Culpada por não vestir a camisa de nenhum partido.

Culpada por não acreditar em milagres políticos ou porque não me envolvi nesse meio para tentar realizar milagres.

Culpada porque não tento convencer ninguém de que minhas ideias e meu ponto de vista estão certos, enquanto o dos outros está errado.

Culpada por não bradar sobre a história de outrora, ou a história recente, apontando os erros cometidos.

Culpada por não acreditar que os políticos vão nos salvar de toda essa sujeira que não cabe mais sob o tapete.

Culpada pela minha desesperança em acreditar que um único homem, ocupando um único cargo, será capaz de mudar todo o Brasil, ou mudar os interesses (egoístas) dos brasileiros.

Sou culpada por não defender esse ou aquele, não discutir, não escolher ou revelar de que "lado" estou. E se estou em cima de um muro de dúvidas e lamentações.

Sou culpada, e extremamente culpada, por querer estar do lado de meus amigos, independente de suas escolhas e convicções, porque sei respeitar suas crenças, sejam elas quais forem (não só as políticas) e sei que não vale à pena brigar ou me afastar de quem eu amo, por nenhuma razão... Nem mesmo na hora de escolher qual é o nosso super herói preferido ou qual o vilão que queremos punir.

Pode ser que eu não tenha culpa nenhuma ou que eu seja a principal culpada...

Mas antes que me julguem, me condenem e me ataquem violentamente com olhares e palavras, só queria dizer que eu realmente espero que todos estejam certos em suas defesas, e que independente do resultado final, tenhamos um santo-herói eleito no próximo domingo.

Espero que todos estejam certos para que todos saiam ganhando.

E como dizia Gandhi, espero a não-violência.

Espero o amor comovente de Madre Teresa de Calcutá.

Espero a fé de todas as religiões e o respeito de cada um de nós.

Às vezes se ganha, às vezes se perde. Segue o jogo.

Por tudo que passamos até agora, nessa disputa que afastou amigos, parentes, casais. Nessa disputa que nos faz esquecer que amamos uns aos outros apesar de todas as nossa diferenças (e alguma vezes, principalmente por elas). Desejo que possamos nos reunir novamente, para rir, conversar, debater de maneira saudável e se necessário, combater o mal que nenhum herói combate por nós. Pensar no próximo e ajudar a construir um amanhã melhor.

Desejo que haja respeito, e amor, acima de tudo.

Somos um só povo, um só Brasil. Não importa a cor de nossa pele, nossa religião, nossas opções, nossos amores, nosso time de futebol, nossa bandeira política.

Essa é a nossa terra, vamos plantar nela a semente da PAZ.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

O que faz a diferença

Amigos ou colegas de trabalho?

A gente convive por horas com diversas pessoas de nossos trabalhos. Durante o período em que estamos acordados ficamos mais tempo com essas pessoas do que com nossas próprias famílias.

Criamos laços. Ou não.

Cultivamos carinho. Ou aferventamos sentimentos ruins.

De repente não sabemos distinguir quais deles entraram para o seleto grupo que chamamos de amigos. Não sei vocês, mas meu grupo é realmente seleto.

O que distingue uns dos outros nem sempre é perceptível no dia a dia. Mas confesso que às vezes é claro como um dia de sol.

E só se confirma quando depois de algum tempo, quando a vida se encarrega de separar as pessoas, talvez para testar a força dos laços, você é surpreendido com um agradável reencontro e as almas se conectam como se nunca tivesse estado afastadas.

Um fantástico reencontro que é a volta para o exato ponto onde a conversa parou da última vez

E então o amigo pergunta: Você está feliz?

Porque é só isso que importa. É só isso que vale. É só isso que ele precisa saber.

E mesmo que você não estivesse há um minuto, imediatamente, tudo muda. E ali, naquele momento, apesar de tudo que poderia te aborrecer, você sente no pulsar de um coração aquecido, que sim. Você está feliz! Porque a vida te deu um amigo tão valioso, porque ele está bem também, porque de repente você sabe que é abençoado com o que há de melhor no mundo. Amizades.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Acorde e volte a sonhar

Quem sou eu pra dizer que não é possível?

Eu, a sonhadora que acredita em país das maravilhas.

Eu, Alice.

Quem sou eu que de repente perdeu a força de acreditar?

E que olha pro plano B como se ele fosse a única opção viável.

Quem sou, então?

Uma Alice adormecida, cansada de tantas batalhas, de tantos nãos...

Um balão murcho de aniversário que perdeu o gás e agora voa a meio metro do chão.

Não. Eu não sou esse balão!

Corro em busca de novos sentimentos. Da certeza de que sou capaz. Da fé de que tudo vai dar certo no final.

Sou capaz de guardar meus sonhos na gaveta mas não sou capaz de esvaziar minhas gavetas para abrir espaço para os sonhos de outro alguém.

Preciso acreditar. Sou capaz de enxergar o futuro ainda que ele pareça incerto.

Vai dar certo.

Sei que vai.

Tantos sonhos já se tornaram reais. Tantas bençãos alcançadas.

Posso listar as maravilhas desse país. Os chapeleiro, a rainha, o gato, são testemunhas de que tudo é real. Os sonhos são reais.

Alice é real. E ela mora dentro de mim.

Então acorde, e volte a sonhar.

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O dia seguinte

O que me aborrece não me aborrece apenas,

Suga as minhas energias,

Rouba as cores do meu caminho,

Esconde meus sorrisos e revela meus dias ruins.

O que me aborrece vem como névoa tapando meus sóis,

Tira o brilho de meu olhar,

E a delicadeza de minhas palavras.

O que me aborrece perturba meu sono tranquilo,

Se transforma em um desgaste físico,

Em um rosnado noturno.

O que me aborrece doi em mim e naqueles que me cercam,

Pois me faz perder o controle da razao.

Me aborrece ainda mais saber que estou assim.


terça-feira, 21 de agosto de 2018

Sou mulher. Feminina, não feminista. Mulher apenas.

Quem mandou nascer mulher?

E ter a força pra conviver com essa história boba de sexo frágil.

Quem mandou nascer com esse charme e doçura, e essa capacidade infinita de perdoar os que se sentem superiores?

Porque em sua sensibilidade, você sabe que a fraqueza é deles, por não entenderem e nem respeitarem as diferenças dos outros.

Quem mandou ou quem escolheu nascer assim?

Ninguém mandou, mas se tivesse que escolher, escolheria mil vezes ser mulher.

Escolheria enxergar cada um do jeito que é, e aceitar que sejam assim.

Escolheria respeitar as pessoas, saber ouvir, aconselhar quando necessário ou sabiamente me calar, quando não houver nada de bom a dizer.

Nascer mulher me dá o direito de ser forte quando eu quiser ser forte e chorar quando eu precisar chorar. E isso não me torna mais fraca que ninguém.

Ser mulher não significa somente ter ovários e útero, ou peitos e bunda que serão cobiçados pelo sexo oposto desse reino animal.

Enquanto me olham assim, por fora frágil, sensível, sexy ou feia, gorda ou magra, vulnerável, incapaz de uma série de coisas e capaz de tantas outras.

Enquanto me olham assim, sem enxergar quem realmente eu sou. Me rotulando, me reduzindo... Eu sigo em frente.

Sigo sendo mulher. Maravilhosamente mulher. Incapaz de aceitar que sou menos que qualquer um. Incapaz de acreditar que não sou capaz de tudo aquilo que eu quiser.

Sou mulher e mesmo sem querer me sobrepor a ninguém, somos nós, mulheres, que gerimos a vida. Gerimos mulheres e homens, mesmo aqueles que um dia nos dirão palavras ofensivas ou que nos decepcionarão.

Quem mandou nascer mulher?

Ninguém mandou. Porque não obedeço ordens assim.

Nasci mulher. E isso nao é vergonha ou castigo. Não é desmerecimento nenhum.

Nasci mulher porque minha alma evoluída foi presenteada com essa missão, esse dom.

Sou mulher sim. E se não estiver preparado para conviver com o fato de que não ser igual não me torna inferior a ninguém, sugiro que você nasça lesma na próxima encarnação, pois ainda tem muito o que evoluir para chegar onde cheguei.

Beijos queridos e queridas.

Só porque, sendo mulher, posso me despedir com beijos para todos, sem que me julguem por isso também.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A bolsa

Minha homenagem a @krikasa  e toda a família Sá, vai nesse texto: A bolsa.

Essa é minha bolsa. Olhando assim parece que ela não "está" perfeita.... Mas ela "é" perfeita.
Ela existe porque alguém se propôs a reunir um grupo de pessoas, e ensinar os pontos.
As pessoas, assim como os pontos, não são todas iguais. Mas cada pequeno ponto é que forma essa grande família.
Para essa bolsa existir, para esse fim de semana existir, para os últimos três encontros existirem foi necessário que alguém costurasse todos os fios soltos espalhado no Brasil e no mundo, e reunisse, re-unisse e unisse toda essa turma.
Mais uma vez, foi um reencontro perfeito. Uns pontos ficaram mais juntos, mais apertados, outros ficaram soltos, mas novamente o resultado foi sensacional.
A bolsa está linda. Obrigada pela aula!
Mas o crochê que vc iniciou em 2009 é o mais emocionante de todos. Nossa família se tornou bem mais unida. E nós sabemos, que é muito fácil amar um Sá (hahaha) por essa razão, quando um bando de Sás se reúnem, o amor transborda e a gente fica com essa vontade de QUERO MAIS.
Pode não ser fácil, e dar muito trabalho (como a bolsa), mas sempre vale muito a pena.
Toda nossa gratidão!!!! E que a gente continue com festas, encontros, mini-encontros... Tamo junto mermão!!!
Porque é muito amor envolvido!!!,♥️♥️♥️♥️♥️♥️♥️

segunda-feira, 30 de julho de 2018

A escolha

Eu escolhi esquecer.

Esquecer quando alguém me magoa.

Mas esquecendo isso, apago memórias que poderiam ser boas.

Eu escolhi não escutar.

Não escutar as queixas e todo o negativismo.

Mas não escutando o que me dizem tantas vezes, deixo de ouvir também, aquilo que poderia ser bom.

Eu escolhi aceitar.

Aceitar que cada pessoa tem seu jeito de ser, suas qualidades e seus defeitos e por isso não adianta me aborrecer com o que eles não são.

Mas aceitando, deixei de tentar alertar para as melhorias que poderiam ser feitas, deixei de tentar ensinar, deixei de enxergar as possibilidades de transformação pessoal dos seres humanos.

Eu escolhi não cobrar dos outros aquilo que eles não são capazes de oferecer, mas também me acomodei e passei a não cobrar nada de mim mesma.

Já não escuto meus próprios anseios, não enxergo as oportunidades de mudança e aceito o gosto insoso do ovo sem sal ou o amargo do café sem açúcar.

Eu esqueci tanta coisa, por escolha própria ou não, que já não me lembro como ser quem eu era antes.

Algumas vezes esqueço de sonhar.

Algumas vezes desisto do sonho só para não ter que discutir sobre isso.

Algumas vezes me sinto tão cansada que tento me convencer que a estrada é essa mesmo.

Mas ainda que não escute e não enxergue, dentro de mim uma voz grita, me lembrando que até às lembranças esquecidas estão guardadas em uma caixa de Pandora, e que um dia, tudo vai escapar.

Os sonhos, ainda que não sonhados, fazem parte de cada célula do meu corpo, e isso é impossível esquecer. É impossível tirar de mim.

Eu escolhi escrever esse texto, abrir os olhos, apurar os ouvidos e me lembrar que as escolhas são minhas, e a qualquer momento eu posso mudar o rumo, buscar horizontes, escalar as mais íngremes montanhas ou simplesmente caminhar em direção àquilo que me faz bem.

Porque a escolha é minha! E eu escolho os sorrisos, os colecionadores de sonhos, os que planejam e realizam, os que escolhem a felicidade. Gotas de felicidade e uma enxurrada de viver bem.

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Saudade

Saudade me consome.

Enfraquece minhas defesas. Gripe. Enxaqueca. Bruxismo. Gemidos noturnos. Frio. Calor. Tristeza.

Saudade dói.

E a dor é mais profunda por sentir que o tempo passa e estamos perdendo tempo. Uma semana. Um dia. Uma hora. Uns minutos de bate-papo.

Não. Nós não temos todo o tempo do mundo.

Ele é finito. Se esgota. Um dia finda.

Eu não sei quando. Você também não. Mas sinto a urgência de não perder um segundo sequer.

Sou assim. Sempre fui.

Saudade arde.

Sinto que está aqui, e por todo lugar. Sinto que me sufoca.

Me consola saber que está tudo bem. (Será mesmo?)

Na verdade, estamos bem.

Vou fingir que é isso.

Ou talvez seja só uma gripe e noites mal dormidas.

Vou me falar agora.

Posso repetir respostas feitas ou criar histórias de minha própria autoria.

"O boliche foi divertido. Consegui fazer um strike! - Nao gosto de usar os sapatos do local, mas parece que eles dão sorte. - Essa semana foi ótima... Ou foi um tédio mas encerrou com aquele strike. Também sinto saudades. Amo vocês. Até sábado que vem"

Obrigada pelas notícias! Amamos você também.

Santos, 22 de outubro de 2017

(Obs.: A dor inspira os poetas)

domingo, 8 de julho de 2018

O lar é em qualquer lugar

Eu poderia morar em Natal, não fosse o vento constante.

Eu poderia morar no oeste dos Estados Unidos, não fosse a energia estática e os choques que tomo em todo lugar

Eu poderia morar na Califórnia, não fosse o medo de terremotos.

Eu poderia morar no Canadá, não fosse o frio.

Eu poderia morar na Amazônia, não fossem os mosquitos.

Eu poderia morar em Punta Cana, não fosse... Sei lá...

Eu poderia morar em qualquer lugar, mas sempre vai haver um "não fosse"

Eu poderia morar em Santos, onde moro aliás, e não consigo achar uma razão para mudar, quando estou longe de casa.

A vontade de partir é tão grande quanto a de voltar.

E mesmo que eu vá, e me instale em um novo lar, mesmo com os "não fosse", de lá eu partirei para novas aventuras, e lá será o meu porto seguro quando eu pensar em voltar... Mesmo que haja vento, mosquitos, terremoto.

Haja o que houver. Meu lugar sempre será onde eu colocar minha poltrona.

sábado, 23 de junho de 2018

Cavalos


Qual é a magia dos cavalos?
Tem um lance de amor a primeira vista.
Um sentimento de conexão.
Eu te entendo. Você me entende.
Esse olhar profundo.
Uma coisa de almas.
Sei lá. Talvez seja esse silêncio confortador.
Dá vontade de abraçar. (Mesmo com medo de tomar uma mordida)
Nos contos de fadas, o príncipe chega elegantemente em um cavalo.
Nas batalhas antigas, cavaleiros imponentes duelam entre si.
Índios e seus cavalos nos filmes de televisão.
Esqueçam os homens. Observem os cavalos. São eles as verdadeiras estrelas.

Aí, alguém descobre que eles também são doutores, e que ajudam nas terapias com pessoas de diversas deficiências. (Incríveis, não é?)
Mas isso não surpreende. Eles são assim.

Em sua magia, com sua amizade, e com esse olhar profundo, o cavalo te diz: "Vem, que eu te dou apoio. Te levo. Te escuto. Te acalmo.
Vem, me abrace, me faça carinho, me olhe nos olhos.
Vem, vamos juntos.
Vamos desbravar os campos e saltar os obstáculos.
Eu consigo, você consegue.
Vem, me empreste teu sorriso que eu te dou a minha paz.
Esquece teus problemas, esquece tudo, eu estou aqui com você."

🏇 🏇 🏇 🏇 🏇🏇🏇🏇🏇🏇🏇🏇 #cavalos

quinta-feira, 21 de junho de 2018

A copa e eu


Estou caminhando pelo shopping quando ouço um brado retumbante...
Não, ouço uma multidão gritar.
Meu primeiro reflexo  é me encolher. Olho ao redor e penso se devo ou não me jogar no chão.
Será que foi tiro? Assalto? Arrastão?
Algumas pessoas correm... Não no sentido oposto, mas a caminho de onde vieram os gritos.
Pessoas em frente ao telão.
Ahhh... Agora entendo (um pouco), está passando mais um jogo da copa do mundo.
Mas, não sendo jogo do Brasil, por que foi a comoção?
Gol da Croácia.
(??????)
Torcedores da Croácia em um shopping do Brasil?
...
Não. Croácia joga contra Argentina.
Os brasileiros são anti-torcedores de "los hermanos" da bandeira azul e branca.
Como entender?
Uma rivalidade cultural, que ninguém sabe de onde surgiu... 
A galera vibra pela Croacia.
3x0 - Placar final.
Pobres Argentinos.
Eles tem o Papa, mas não podem ter bons resultados nos jogos mundiais.
Enquanto fico pensando se essa derrota tem algum efeito devastador na classificação para a próxima etapa, fico assistindo brasileiros contentes, confiantes. Nem percebem que amanhã é a vez dos argentinos torcerem para sei-lá-quem... Nosso adversário.
Se hoje somos anti-Argentina, amanhã eles serão anti-Brasil.
Espero que tenhamos mais sorte. (Não quero que digam que sou agourenta)
Não sou fã de futebol nem me abalo com copa do mundo, mas gosto de ver as pessoas felizes, comemorando as vitórias de um time, esquecendo um pouco de suas próprias mazelas.
É  bom ver o povo se divertir e comemorar, olvidando por uns momentos, as suas batalhas, suas derrotas, o massacre sofrido pelos governantes, a roubalheira, a desesperança do futuro.
Já que não temos um Papa, e nem esperança de um "Brasil que eu quero"... 
Que tenhamos gols, churrasco e cerveja, abraços e sorrisos, vitórias...
Que tenhamos ídolos, e uma taça erguida acima das cabeças...
Que tenhamos alguma esperança e muitas conquistas.
Pois a copa é de quatro em quatro anos, mas as faltas são diárias, as pancadas são duras e é triste ver a desunião desse povo verde e amarelo, que é anti-torcedor de seu país no intervalo entre uma copa e outra.

Escada



A escada é torta ou torta sou eu?

Ou a vida que é torta?

As tais linhas tortas...Numa escrita perfeita.

Cada passo um degrau, uma etapa.

Entorta para um lado, corrige o rumo, acerta o prumo, entorta para o outro.

Sobe e desce. Sobe e desce. Sobe e desce.

Doem as pernas. A cabeça. Falta o ar. Falta pique.

Então começa tudo outra vez... Outra vez... Outra vez...

Segue cambaleante, o labirinto reclama,  equilíbrio que falta.

Assim é a vida.

E a escada.

Tábua, ripa, prego, martelada, degrau sem espelho, o vão. Desafio.

De baixo, uma longa subida, de cima uma linda paisagem.

É torta sim!

A escada? Eu? A vida?

Não importa!

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Muralhas de areia

Diga apenas:

"Estou aqui.

Estou te ouvindo e entendo sua preocupação."

Não minimize o sentimento do outro. Nem finja que não se preocupa também.

Não seja indiferente.

Não ache que expressar sentimentos é fraqueza.

Fraqueza é não saber demonstrar apoio.

É escapar de uma conversa alegando insanidade.

Insano é se comportar assim.

Insano é não ter medo.

O medo é um artifício da natureza destinado a preservação da espécie.

Não somos melhores nem piores que ninguém. Somos apenas humanos. Uns mais fortes, uns mais frágeis.

E fortes são aqueles que possuem coragem para se mostrar como realmente são.

Perdoemos então, os que se escondem atrás de muralhas de areia. Os que não são capazes de abrir seu coração.

Perdoemos. E só.

Quem precisa se apoiar em rochas?

Particularmente, prefiro os ombros macios, os abraços quentes, os ouvidos atentos.

Prefiro amigos, que me contam suas mazelas, e choramos juntos, ou rimos... Comparando quem está mais desafortunado que o outro...

Porque se eu cair. Eles estarão lá pra me levantar, ou pra rachar de rir do meu tombo idiota.

Prefiro assim.

Melhor do que quem diz que não foi nada, e segue seu caminho.

Pode ir... Estou aqui, rindo de mim, ou lambendo feridas.

Ficarei bem, eu sei. Bem melhor do que quem não sabe ouvir.


sábado, 26 de maio de 2018

Aqui dentro....

Aqui dentro (❤️) cabe o mundo.

Cabe mais de um milhão de pessoas.

Cabem sentimentos bons e ruins

Aqui dentro (❤️) cabe você.

Que ocupa todos os cantos, preenche vazios, esparrama sua bagunça e seus sorrisos mais lindos.

E também cabem as lágrimas. As minhas, as suas, nossas angustias e preocupações.

Aqui dentro (❤️) cabem as alegrias.

Principalmente as alegrias.
O positivo do exame, o primeiro "Oi bebê", o primeiro tudo, e todos os demais momentos.

Aqui dentro (❤️) cabe a ansiedade, que se espalha em todas as células do meu corpo, me fazendo sorrir, chorar, surtar, dormir, acordar e manter um pensamento fixo, quase uma obsessão, por essa pequena libélula que hoje voa em busca de sonhos e aventuras e cresce a cada dia, ainda que eu insista em pensar que será sempre o meu pequeno bebê.

Aqui dentro (❤️) vou contando os dias, as horas, os minutos e segundos...

Vou contando o tempo porque o AMOR que sinto já não cabe mais aqui dentro ❤️❤️❤️...

domingo, 22 de abril de 2018

A pedra

Tinha uma pedra em meu caminho.

Sentei e bebi água esperando ela sair.

Mas a pedra tinha outros planos, e ficou lá, bebendo água, esperando eu desistir.

Assim ficamos nessa valsa estática, nesse jogo de xadrez, esperando um movimento que não se deu.

Eu, a pedra. A pedra e eu.

Uma agonia me consumia mais que a dor.

A espera é lancinante para quem não sabe esperar.

Fui me acostumando com a idéia de conviver com a pedra. Talvez devêssemos sentar e conversar.

A pedra não quer partir. Parto a pedra ou deixo que fique?

Rocha, rochedo, seixo, calhau, pedregulho... PEDRA.

Calculo que seja só um pedrisco. Cristais que se uniram em um só bloco.

Bloqueando meu caminho tranquilo.

Tinha uma pedra. Ainda tem.

Mais um copo, por favor!

Água mole em pedra dura...

Quem sabe ela se vá ainda hoje.

Quem sabe quando a pedra vai sair?




sexta-feira, 13 de abril de 2018

Hipocondríacos

Sempre ouvi dizer que a gente não deve se auto medicar.

Meu paip é médico, por isso nunca tive esse problema. Se aparecesse algum sintoma, minha mãe logo fazia o diagnóstico e nos receitava alguma coisa. Ela não fez medicina, mas casada a tantos anos com um médico, já deve ter se formado por osmose.

O melhor e que nem era preciso ir na farmácia para comprar o medicamento, tínhamos filial da farmácia em casa.

Dos sete filhos dos meus pais, acho que sete são meio hipocondríacos.

Por falar nisso... uma vez uma amiga me perguntou como se chamava a pessoa que tem mania de remédio. Prontamente, e conhecedora do assunto, eu logo respondi: hipocondríaco.

Mas ela questionou: hipocondríaco não é quem tem mania de doenca?

Sem perder a amizade, e com toda delicadeza de uma Ariana eu expliquei: Se a pessoa tem mania de doença e não toma nenhum remédio, ela é CHATA mesmo. (Só quer reclamar!)

Enfim, voltando aos remedios, e às doenças, tentei me auto curar dessa característica quase genética, e deixar de tomar pílulas, xaropes, antialergicos, antibioticos, antiinflamatórios, antiácidos, antihistamínicos e toda a sorte de drogas vendidas legalmente (as ilegais nunca nem provei).

Mas, por um acaso do destino, casei com o Rei das "ites". Bronquite, sinusite, rinite... Enfim, no pacote matrimonial veio a família (pacote padrão), e uma carteirinha de sócio da farmácia, ou quase isso.

Agora, além de filial da farmácia, também temos em casa um drive-thru de medicamentos (fica na mesinha de cabeceira), qualquer tosse ou espirro noturno, o paciente já pode escolher seu "combo" de emergência.

Ainda luto fortemente para não me render à esse mundo, mas confesso que não sou tão forte assim. Pra enxaqueca, escolhi meu próprio remédio. Eu fui ao médico, mas não me adaptei ao que ele receitou.

Já parei com os anti ácidos, pois o gastrologista teve mais sorte com minha aceitação de sua sugestão.

Porém, em algumas situações, não chego a me consultar. Uma gripe no meio da viagem de férias não é motivo para perder horas no hospital (ou alguns minutos, se você estiver com sorte), mais fácil comprar aquele remėdio com efeito incrível em um ou dois dias.

Dessa forma, algumas vezes, sou capaz de notar soluções bem simples para fazer os hipocondríacos consultarem um médico com frequência.

Por questões de segurança, não sei bem se é para evitar que crianças tomem remédios por acidente, ou se algumas pessoas faziam degustação nas farmácias (como fazem em restaurantes por quilo), o fato é que está cada vez mais difícil abrir uma embalagem de medicamento.

Isso me fez pensar, se devo sugerir à indústria farmacêutica e seus representantes, que apaguem todas as informações da bula e da embalagem. Escrevam apenas em letras grande: "Consulte um médico. Ele tem a chave para abrir esse frasco"

Acredito sinceramente que iria funcionar.

Bem, vou encerrando por aqui, o antigripal tem uma cápsula noturna que deve dar um certo soninho, e como eu tomei faz uns 3 minutos e meio, acho que já está fazendo efeito.

Boa noite.
Se espirrar: Saúde!
Pra gripe, sopa quente, descanso e bastante líquido (que também ajuda com as pedras nos rins)

Melhor desligar o celular. Dizem que atrapalha o sono. (Principalmente quando toca o despertador)



quarta-feira, 21 de março de 2018

Eu sou escritora

O que eu posso dizer?

Enquanto milhares de pessoas prestam concursos públicos em busca de estabilidade de emprego, sinto ansia de largar tudo e começar do zero em outro lugar.

Estabilidade não combina com minha alma instável.

Quero me aventurar em novas experiências.

Jornadas com começo, meio, meio, meio, meio... uma caminho contínuo sem data pra acabar.

Ciclos de 4 anos não combinam comigo. Quero ciclos de dois minutos e meio, ou de trinta e poucos anos.

Quero ação e resultado. Quero esforços que valem a pena. A recompensa não é a meta. É a consequência.

Quero escrever minha própria história e assinar páginas que perpetuarão por várias gerações.

Quero uma cadeira e uma farda. Quero contos e prêmios. Lutas e romances.

Quero Santos, Paraty, quero o mundo.

E falar em várias línguas, para vários povos.

O que eu posso dizer?

Nasci para sonhos e letras.

Nasci para preencher páginas em branco.

Maria Helena Pereira de Sá
Autora de blog, sonhadora, escritora, observadora do mundo e de mim mesma.


terça-feira, 20 de março de 2018

Sentada no carro...

Às vezes a gente quer mudar o mundo,
Às vezes só quer mudar uma planta de lugar.

Às vezes se esforça pra fazer A diferença,
Em outras percebe que diferente é se esforçar.

Às vezes a gente se dedica, se preocupa com prazos, se estressa enquanto trata aquela dor no estomago, pula o almoço, se enche de café, do café da manhã até o jantar...

E então se dá conta, que a conta não fecha, os boletos se acumulam junto às despesas da farmácia, e a rotina de trabalho é interrompida por consultas médicas. Talvez seja o leite, fazendo mal à saúde...

De repente, você anseia pela aposentadoria, ou pela infância ocupada, quando tinha aula a meio período, depois dança, música, inglês, e outras coisas que você desistiu de fazer, para acumular depois, no período mais atribulado da vida.

Mas as perguntas que martelam em sua cabeça, junto com a enxaqueca do fim do dia são ...

Quanto custa viver?

Quanto se gasta mudando o mundo ou mudando uma planta de lugar?

Qual o mundo que a gente realmente quer mudar?

Seu José, o pescador de lixo nos manguezais, muda o mundo mais do que eu?

Seu José. Ele tem um objetivo.

E voltando a um passado recente... Qual o objetivo para 2018?

Quanto tempo vou levar pra decidir? Quanto tempo ainda, ficarei sentada no carro, decidindo se escrevo ou se vou trabalhar?

Bom dia!
Que seja Bom!

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Cinza é o dia



Onde estão os azuis e os amarelos?

As brancas nuvens de algodão?

Onde estão os sorrisos?

Onde estamos nós?

Onde?

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Migalhas

Temos fome. Sede. Ânsia de querer um pouco mais. Ou muito mais...

Temos febre. Frio. Delírios noturnos.

Temos migalhas, lançadas esporadicamente, mas que nos fazem sorrir.

Nos lançamos sobre esse pouco como se fosse tudo... E é isso que é.

Famintos, nos contentamos com migalhas. Frases curtas. Conversas pausadas. Breves alôs.

O cobertor curto não aquece nossos corpos carentes.

Os olhos não vêem e o coração sente. Sente ainda mais.

Conscientes, despertos, contamos o tiquetaquear do relógio. E o tempo passa. À seu próprio tempo.

Rápido ou lento, o tempo é o senhor das horas. Dias. Meses.

O pouco que falta ainda parece muito. Mas é menos do que já foi.

A espera é seca como o sertão. Mas chove um pouco aqui, vez ou outra.

Como pombos na imensa praça Veneziana, aguardamos nossas migalhas.

Se isso é tudo. Que seja assim. Ainda que não baste.

Não hoje.


sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Seres de luz

"Tem gente que passa uma coisa boa, não é?

E também tem gente que não..."

Então, vou focar nessa primeira opção.

Gente que transmite uma energia. No olhar, nos sorrisos, nas palavras... e até nos silêncios.

Você se sente melhor só de estar perto. E retribui com seu próprio sorriso, que andava meio esquecido no fundo do armário. Ou espelha o mesmo brilho do olhar.

Algumas pessoas fazem florescer em nós nossa própria primavera.

"Gentileza gera gentileza", já dizia a campanha de marketing. Mas gentileza gera bem mais que isso.

Um sentimento de grupo. De fazer parte da mesma raça humana, lutando as mesmas batalhas, comemorando derrotas e enfrentando vitórias.

Sim, foi isso mesmo que eu quis dizer.

Algumas pessoas transmitem calor nas noites frias e luz na escuridão.

E é tão bom se sentir rodeado de gente assim.

Quem são eles? De onde vem essas vibrações? Será que percebem o bem que trazem em seus corações?

Será que se dão conta da missão de sua jornada?

Seres de luz.

Sozinhos são como estrelas que brilham no firmamento.

Juntos emitem o calor do sol  e iluminam a face da terra.