sábado, 3 de novembro de 2018

Desabafo do dia

Minha rede social é aqui.

É aqui que encontrará as evidências de minha vida.

Sem fotos, sem imagens, só palavras.

Mas palavras podem revelar mais do que milhares de postagens momentâneas.

O instante é agora. O momento que escrevo e revelo o que existe em minha mente. Confusão. Mil conselhos que não consigo acatar.

Luzes acesas. Sol. O mesmo astro que brilha a milhares de quilômetros daqui, mas é incapaz de iluminar uma parte de mim.

Se eu pudesse enxergar o que está oculto. Se houvesse transparência, diálogo, confissões.... Talvez assim, mesmo com lágrimas, poderia diluir as preocupações.

Porque a mente é traiçoeira. E se não sabe, cria uma história, foge do contexto, se derrama em textos com ou sem sentido.

Como um cego, tento tatear, seguir o caminho. Mas não sou cega e meus olhos não estão vendados.

Podemos debater as questões, nos consolar ou nos enganar mutuamente. Podemos nos aproximar ainda que milhas e milhas nos separem. Ou podemos ficar assim...

Tentamos preencher os vazios. Muita coisa cabe no vazio, mas nesse caso, nada se encaixa* (*um pequeno plágio do que li outro dia)

E é mesmo assim... Cinco mil peças nesse quebra-cabeça, mas nenhuma tem o formato que falta. Isso parte o coração.

Talvez eu devesse escrever um diário. Afinal, nem todo dia eu me sinto assim. (Quem eu quero enganar? Eu mesma ou vocês?)

Não fuja. Enfrente.

Saia da caverna ou me liberte dela.

Talvez seja a gangorra novamente (não consigo pensar em outra figura), talvez você esteja no alto e pra isso, eu precise ficar em baixo. Embaixo.

Talvez eu deva ser base pra você voar.

Talvez...

Posso ser fundação. O apoio.

Posso estar só choramingando como sempre fiz. Atormentada por pesadelos e excesso de silêncio.

Qual o sentido de tudo, se é que há algum sentido?

Por ora é isso.

E isso basta.

Não quero te fazer chorar. Também não quero chorar.

Vou fazer um Sucrilhos e buscar um sorriso. Vou para a praia ler um livro, ou ficar e assistir um filme triste.

Vou aguardar. Quem sabe?

Estarei aqui.

Santos, 03/11/2017

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