sábado, 29 de dezembro de 2018

Desde criança



Porque EU AMO ELEFANTE, desde criança.
E tem muitas características que eu carrego em mim, desde criança.

E eu já mudei muito, muitas vezes, interna e externamente, desde criança...

Principalmente no meu jeito de ser.

Eu já amei a lua mais que tudo, e já amei as estrelas ( que ainda brilham no teto do meu quarto), e esse amor permanece, mas é o SOL que brilha em meu coração agora.

Mas enfim, voltando aos elefantes...

Desde de criança.

Desde bem pequena eu admiro esses enormes paquidermes.

Sinto que temos uma conexão, e que, quando eu ia (ou vou) ao zoológico*.. (que é o lugar mais perto que eu posso ver um ao vivo), se eu pensar bem forte, ele me  escuta.

Loucura? Não sei.

Mas se eu acredito, ele me escuta.

E assim, ele sabe o quanto eu o amo.

Não sei explicar o que me faz admirá-los tanto. Simplesmente não sei...

Posso dizer mil coisas, reais ou imaginárias (como nossa conversa), mas nada vai explicar completamente.

Assim é o amor.

E meu amor é real, é seguro... Amo, mesmo a distância.

Amo.

Sinto vontade de ficar frente a frente com um elefante, abraçá-lo, encostar minha testa em sua testa, para uma conversa mais íntima.

Sinto falta de nossas conversas.

Faz tanto tempo...

Mas não importa o tempo que passe, meu amor só cresce... É um amor de criança, da criança que carrego em mim, desde criança.

Beijos 🐘 🐘 🐘

*Obs.: Tenho minha própria teoria quanto aos zoológicos. Uns dizem que é prisão, uns não pensam sobre isso, ou não se importam. Não vou discutir sobre isso. Se os zoológicos não existissem... Ou quando deixarem de existir... Mas por enquanto, esse é o mundo que vivemos. Certo ou errado, é com os erros que aprendemos.

Obs. 2: Essa semana o Japão liberou a pesca (ou caça) às baleias... Depois de 30 anos de proibição. E ai, o que estamos fazendo contra isso?

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Minha biblioteca

Quando minha filha era pequena, ela dizia que tinha uma biblioteca na nossa casa.

Chique, não é?

Na verdade, a "biblioteca" era a cantoneira do guarda roupas, repleta de livros, que eu comprei, ganhei, herdei, resgatei, li, reli, não li, separei por título, por autor, por tamanho...

Livros que vem e vão, e que entre as idas e as vindas, se acumulam pela casa.

Já emprestei, já presenteei, já doei pra biblioteca de verdade, a pública, mas eles continuam por aqui, em todos os cantos do meu lar.

Na mesa de cabeceira duas pilhas. A de livros lidos durante o ano e a de livros iniciados e abandonados no meio do caminho... Aguardando uma segunda chance.

Tantas histórias, tantas memórias... O exemplo fez nascer em minha criança, uma pequena leitora, com seus livrinhos infantis em seu próprio quarto. Orgulho de mãe.

Esses já seguiram seu rumo para outros lares.

Hoje, dividimos as páginas, compartilhamos os textos...

Falta prateleira para nosso acervo.

Falta ler tanta coisa.

Não me desfaço dos que ainda não li, nem dos favoritos. Eu empresto, e se ele não volta, acabo comprando outro para reler mais uma vez.

Gostaria de ter uma biblioteca. E ver meus livros sendo lidos por centenas de pessoas... Viajando e fazendo o leitor viajar.

Livros foram feitos para isso, entreter o leitor.

Leia mais.
Leia muito.
Leia sempre.


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Silêncio

O facho de luz não consegue cortar a escuridão.

O universo é breu.

Um grito calado que ninguém pode ouvir.

Olhos fechados não escondem o que não se quer enxergar.

No mundo paralelo tudo vai bem.

Brotam flores, brotam sorrisos na aridez.

Lágrimas, já não brotam mais.

Ficaram no passado, encaixotadas como as lembranças de um tempo que se foi.

Costumávamos nos lambuzar de sorvetes. Prazeres diversos. Deliciosos sabores.

Cores de todas as cores.

Canções e danças.

O toque e o barulho do mar.

O presente, passado, passou.

No fim do espetáculo as luzes se apagam. Ruidosos espectadores se vão.

Fica o silêncio, a escuridão, o vazio.

O desejo do desejo. O grito calado. A lágrima seca. O passo imóvel.

Na balança, a busca do equilíbrio.

No universo, o alinhamento dos astros.

A certeza que tudo está bem, mesmo não estando.

É assim que deve ser.

A luz, ainda acessa, não pode cortar a escuridão.

Mas a chama se mantém.

As escolhas, as possibilidades, o desejo.

A fagulha sempre pode causar um grande incêndio.

Iluminar os horizontes, soar, aquecer... Destruir.

Para fazer brotar uma nova floresta.

E começar tudo de novo.