quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Tudo passa... Até a raiva.

Não guardo mágoa, não guardo rancor.
Não costumo alimentar o monstro da... Enquanto ele é bem pequeno, pois sei que ele cresce rápido e logo se transforma em um dragão, capaz de cuspir fogo para todos  os lados à qualquer leve desavença.
A vantagem de esquecer o que te chateia por meia hora, ou hora e meia, é que você está sempre dando uma segunda chance...ou, mais que isso. Você está se dando a oportunidade de mais um café, um bate-papo amigável, novas risadas, novos abraços.
O que passou passou... E foi embora para sempre, como o sabor delicioso do primeiro pedaço de chocolate, ou o gosto amargo de um gole de leite estragado... 
Se estamos com frio, um casaco resolve. Se temos calor, um ducha fria resolve. Se algo incomodou, não valorizar a situação também resolve. Melhor é olhar o lado bom é pronto. Tudo passa....

Mas um dia desses, em um momento de desagrado, eu tomei uma decisão:
Pegar um caderninho e chamá-lo de RANCOR.
Escrever nele todas as coisas que me chatearam, para evitar que acontecesse de novo. Colocar nomes e situações, pois se minha memória tentasse esquecer, meu RANCOR estaria ali comigo para me lembrar.
A técnica seria similar ao caderninho da felicidade, que eu tinha há alguns anos... Mas esse era o oposto. O caderninho do mal.
Fiquei imaginando formas de escrever em código, para que só eu soubesse o que, ou quem feriu. Não queria que as pessoas tivessem acesso às minhas informações.
E então, enquanto matutava sobre meu caderninho, e ele ia ficando cada vez mais pesado, me distraí por um instante e pensei em uma coisa boa, que aconteceu na mesma situação... E pensei outras coisas boas. E escrevi sobre elas, e isso também foi crescendo, mas não era um dragão cuspidor de fogo.

Era amor e gratidão!

Assim, quando acabei de escrever, já havia esquecido a mágoa e o rancor... Por que será que eu estava brava?
Já não sei...
Que bom que não escrevi sobre isso.
É bem melhor andar leve, tranqüila e feliz, do que carregar um caderninho pesado e arrastar um dragão imenso por aí...
Adeus RANCOR! 
Pensando bem, não tem espaço em minha vida para você. Quero uma vida leve, um sorriso fácil, muitos abraços e novas oportunidades de recomeçar, deixando o passado passar e colecionando momentos felizes.

Um comentário:

  1. Acho que é bem assim comigo também .... escolho ser feliz ... a raiva e o rancor pertencem a minha memória curta .... Um beijo enorme de quem te admira muito.

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