segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Os exemplos estão em toda parte

"Sempre há o que fazer.
Sempre é possível se reinventar e descobrir um novo eu."

Mais do que uma sentença otimista, essa frase representa que antes do verdadeiro ponto final, ainda há espaço para começar muitos novos parágrafos.

Quem te limita é você mesmo. Talvez também a saúde, ou melhor, a falta dela, mas em muitos casos, mesmo quando falta saúde, mesmo quando a vida dá uma cambalhota e cai em uma posição estranha, com as pernas pro ar e o pescoço pendendo pro lado de lá, ainda assim, as pessoas se mostram capazes de criar um novo mundo, que se adapte melhor ao que ela é agora.

Não há razão para sentar no sofá e esperar o tempo passar enquanto assiste a péssimos programas de grandes redes de comunicação.

Na verdade, esses programas só existem porque eles perceberam em nós essa fraqueza. Essa preguiça de abandonar os nãos e buscar outros Sims.

É hora de abandonar o conforto da poltrona e saltar no vazio. Entre o pânico e a adrenalina, você vai notar que o paraquedas esteve o tempo todo com você.

Você vai acionar o mecanismo e relaxar, observando o mundo por um novo ângulo.

Nunca desista. Comece outra vez

Levante-se e ande!!!

Esse é o milagre: Levante-se e ande!!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sem perder a inocência

Me perguntaram, em um post na internet, o que eu diria pra criança que fui um dia.

Apesar de meus quarenta e poucos anos, não foi necessária uma longa viagem no tempo para responder essa pergunta.

"Ainda carrego em mim a criança que fui um dia.
De vez em quando conversamos sobre a vida.

Ela me conta das dificuldades que passou e das preocupações que traz consigo.

Eu conto a ela dos sonhos que temos, e de nossa vontade de realiza-los.

Ela sabe que alguns serão difíceis de alcançar, mas me deixa sonhar com eles mesmo assim.

A criança que vive em mim admira a inocência de meus projetos idealizados. Ela me estimula.

E mesmo que eu venha a fracassar algumas vezes, não tenho medo de arriscar.

Pois sei, que a criança que vive em mim já passou por muitas desilusões, e estará sempre ao meu lado, para me consolar nas derrotas ou para comemorarmos juntas cada vitória..."

É importante que você nunca deixa sozinha a criança que foi um dia.

Ela não merece ficar presa ao passado.

Se você nunca pensou sobre isso, vá lá, pegue em sua mão, e carregue-a com você.

Ela pode ser só uma criança, mas é sábia, e te ajudará a não perder a inocência. Te ajudará a acreditar que tudo é possível e que mesmo nos dias de chuva, dá para se divertir.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Eu sou eu. Você é você.

Talvez eu não te conheça.

Conheça apenas a versão de você que eu criei pra mim.

É que te vejo a tanto tempo, que pensei que olhando de fora, poderia te enxergar por dentro.

Que ilusão a minha.

Tive a  prepotência de achar que seria capaz de conhecer alguém, tão bem quanto a mim mesma...

Logo eu, que estou sempre tentando me conhecer um pouco mais.

E nem sempre consigo.

Eu queria que você pudesse se ver com meus olhos. E me conhecer também.

Ver meu eu interior.

Pois não sei se você vê a força que eu tento ter, ou a fragilidade que não consigo esconder.

Algumas vezes eu penso que somos iguais, imaginando conhecer uma a outra, mas sem nos entendermos de verdade.

Ou somos completamente diferentes, e em algum momento entre o amanhecer e o por do sol, passamos a nos repelir.

Nossos laços são fortes, são invisíveis, elásticos, são certos e eternos.

Não importa o tempo ou a distância, serei sempre sua e você será sempre uma parte de mim.

Aprenderei a controlar meus medos, e assistir seus tombos.

Você aprenderá a cair e a levantar.

Estarei aqui pra te dar a mão... Torcendo pra que tudo dê certo, mesmo que isso signifique que você não vai precisar dela.

Talvez eu realmente não te conheça. Mas aguardo ansiosa que você se apresente pra mim. E me mostre como você agiria se você estivesse no seu lugar.

Quais serão suas decisões, quando eu não estiver interferindo e decidindo por você?

Então, nunca se esqueça. As suas experiências serão só suas.
E meu coração será sempre seu.
Meu colo te pertence também.

Caminhe a sua estrada.
Eu já caminhei um trecho da minha.
Nossas estradas se cruzarão muitas vezes.
Vai ser bom reencontrar você e saber que ainda posso te conhecer um pouco mais.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Um breve momento e nada mais

Último dia do ano.

Chove lá fora.

Sentada na sala ao lado de meu pai, escrevo, enquanto assistimos juntos a um programa de TV.

A vida é simples assim.

Nem ele nem eu temos queixas a fazer.

O barulho da chuva, uma mosca que vai e vem, um comentário ou outro sobre o programa.... O mundo nos preenche.

Temos tudo, não exigimos nada, estamos calmos, tranquilos.

Talvez ambos tenhamos 80 anos. Algumas coisas escapam de nossas memórias, nos confundimos...

Agora ele cochila.

Eu escrevo.

Estamos em silêncio e silêncio é bom.

As pessoas estão acostumadas com o ruído. Falam mais que o necessário. Reclamam. Ligam rádio, tv, computador, tudo ao mesmo tempo.

E aumentam o volume para encobrir o barulho da chuva. É como um trovão no meio da sala.

E nós, eu e meu pai, em silêncio, ouvindo o mundo e assistindo a TV.

Meus pensamentos vagueiam da cabeça pro papel. Os dele, não sei. Vagueiam apenas, entre um cochilo e um despertar. Vão e vêm, como a mosca, voando por aí.

E a vida segue. O ano acaba. E tudo recomeça depois.