quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Um novo eu

Acho que perdi o juízo.
Já era hora.
Imaginei ser possível voar...
E voei.
Parti sem olhar pra trás. 
Sem levar as dores do passado
Sem medo do futuro
Simplesmente parti
Caminhei até o fim da rua e virei em uma esquina qualquer.
Depois segui andando sem rumo, sem destino, sem planos.
Abandonei a ansiedade de uma vez por todas
Dizem que enlouqueci
Mas agora me sinto sã.
Talvez tenha mesmo perdido o juízo, mas nunca mais perdi o sono.
Durmo todas as noites o sono dos bons. 
Tenho sonhos doces e recheados, salpicados com açúcar de confeiteiro.
Sigo a direção que quero sem depender de mais ninguém.
Estou egoísta... Mas estou feliz.
Amo incondicionalmente a pessoa que me tornei.
Sorrio para o mundo, cumprimento os estranhos, canto pela rua nas manhãs de sol e nas tardes chuvosas.
Algumas vezes, caminho por ruelas escuras durante a madrugada.
Não existe perigo quando te vêem como alguém que perdeu o juízo.
Admiro as estrelas nas noites claras.
Vivo intensamente cada momento. 
Estou viva, vivendo o agora.
Carrego comigo, somente a certeza, que o juízo não me servia...
Era um sapato apertado, entortando meu dedo mindinho.
Ficava linda com ele, mas meu sorriso não era tão sincero.
Sorria linda, escondendo uma dor..
Hoje caminho tranqüila. Sem dor, sem juízo, sem sapatos apertados...
Caminho sorrindo até o fim dessa rua, ou até a próxima esquina.

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