domingo, 18 de junho de 2017

Criança é tudo de bom.

Gente miúda sabe tudo.

Se diverte com nada ou com quase todas as coisas.

Não conta o tempo, não tem segredos, cai e levanta com a mesma energia de antes do tombo.

Gente miúda não olha as horas. Vive o momento. Te ama ou te odeia em um segundo. E não tem medo de demonstrar sentimentos.

Gente miúda ri sem pressa. Abraça sem cerimônia. Segue em frente sem olhar pra trás.

Pequenos gênios.

Chegam ao mundo puros,  sonhadores, criativos, sem medo, fortes. Miúdos no tamanho, gigantes na alegria de viver.

Depois crescem, podados, com alguém "ensinando" o certo e o errado. Ensinando a contar o tempo, a ansiar pelo futuro e sentir falta do passado. Crescem apressados, tentando alcançar o amanhã.

Perdem a miudeza, a pureza, a inocência, a alegria, a confiança na entrega.

Desconfiados, pensam mil vezes antes de agir, e se arrependem do que não fizeram.

Ou agem impulsivamente e se arrependem também.

Porque vivendo no mundo das mil e uma possibilidades, se esquecem de aproveitar os momentos únicos e infinitos do agora.

Talvez por isso, eu goste tanto de gente miúda. Pequenas fadas e gnomos. Duendes das florestas. Vagalumes que iluminam a noite como estrelas. Asas de beija-flor, que não param e por isso tem seu encanto.

Gente que nasce pra ser feliz. Por que ninguém ensinou a sofrer, ainda...

Gente miúda me seduz. E faz despertar a mesma alegria do momento. O poderoso agora. Sem hora pra acabar.

E sorrimos juntos, rimos à toa...

É inevitável crescer, mas é possível manter o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios, o coração repleto de inocência e amor. É possível manter a alma leve, ainda que as cargas da vida se tornem pesadas.

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