terça-feira, 30 de maio de 2017

Sem limites para sonhar.



Quantos tons de azul tem o infinito?

Quantos infinitos são realmente reais?

Quanto tempo a onda leva pra esculpir uma rocha?

E por que os vulcões adormecem depois de um curto período de atividade?

Quantos terremotos são necessários pra encaixar perfeitamente as placas tectônicas?

Ou será mesmo que elas devem se encaixar?

O movimento dos ventos, o curso dos rios, nunca param...

Por que será que pensamos que somos mais sábios que a natureza?

Por que pedimos para as crianças se sentarem quietas?

O mundo é inquieto.

Como minha alma...

O desejo de transformação é mais que um desejo. É a natureza que habita dentro de alguns.

Observo cada passante, cada gesto, cada angústia...

É preciso libertar as angústias. Libertar a lava quente que arde as entranhas.

É preciso insistir, como o mar. Avançar, recuar, mas nunca estagnar.

Se revoltar as vezes, e derruba as muretas, invadir as vias, mostrar a tudo e a todos, que nada pode barrar as forças da natureza.

Da minha também não.

Cada um escolhe o tamanho de seu mundo e o meu é infinito.

Sem cercas, sem barreiras, sem limites impostos.

Tremo por dentro, num abalo de larga escala, a cada vez que sinto peças se encaixando em um quebra-cabeça estático.

Um quadro, pendurado na parede.

A moldura não se ajusta à minhas formas em constante transformação.

Então, recorro ao azul. Do mar, do céu, dos olhos, do infinito.

Lá, posso enxergar que não é necessário estar certo ou errado.

Só é necessário estar inteiro.




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