sábado, 16 de dezembro de 2017

Remédios e tudo mais

Três remédios antes do café da manhã.

Será excesso de idade? Ou falta qualidade na vida?

Congestionamento, preocupação, trabalho de mais e lazer de menos.

Poucas horas de sono, milhões de coisas na cabeça. Cabeça cheia, barriga vazia.

Enquanto a vida passa corrida, a borboleta segue lenta.

O estômago se agita, acidifica. Tensão, ansiedade.

Borbulha o vulcão. Cospe lava.

E os sapos engolidos entalam na garganta.

Se não há amídala, inflamam todo o canal.

Ardor e dor.

E também tem saudade. Com gosto de chocolate demais... Que é bom, mas faz mal.

Saudade que chega de mansinho de vez em quando. E escorre silenciosa no canto do olho.

Saudade de poder proteger do mundo, a criança. E de tê-la nos braços.

Tudo isso e um pouco mais.

Remédios.

Remédios pra tudo, estômago, cabeça, garganta, e até pra borboleta.

Pra saudade, telefone. Que apita, não toca. Sinaliza a mensagem ou fica mudo e calado. Impossível saber o que se passa na outra ponta do continente.

Sob a mesma lua, sob o mesmo céu, torço em silêncio pra que tudo esteja bem. Tudo vai ficar bem.

É preciso acordar e dormir. Mas não dormir tanto assim.

Buscar a felicidade a todos momento. Seu colar de diamantes. Meu colar de diamantes. A luz do sol, que vai voltar amanhã.

Ficaremos bem. Estamos bem. É bem assim.


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