Três remédios antes do café da manhã.
Será excesso de idade? Ou falta qualidade na vida?
Congestionamento, preocupação, trabalho de mais e lazer de menos.
Poucas horas de sono, milhões de coisas na cabeça. Cabeça cheia, barriga vazia.
Enquanto a vida passa corrida, a borboleta segue lenta.
O estômago se agita, acidifica. Tensão, ansiedade.
Borbulha o vulcão. Cospe lava.
E os sapos engolidos entalam na garganta.
Se não há amídala, inflamam todo o canal.
Ardor e dor.
E também tem saudade. Com gosto de chocolate demais... Que é bom, mas faz mal.
Saudade que chega de mansinho de vez em quando. E escorre silenciosa no canto do olho.
Saudade de poder proteger do mundo, a criança. E de tê-la nos braços.
Tudo isso e um pouco mais.
Remédios.
Remédios pra tudo, estômago, cabeça, garganta, e até pra borboleta.
Pra saudade, telefone. Que apita, não toca. Sinaliza a mensagem ou fica mudo e calado. Impossível saber o que se passa na outra ponta do continente.
Sob a mesma lua, sob o mesmo céu, torço em silêncio pra que tudo esteja bem. Tudo vai ficar bem.
É preciso acordar e dormir. Mas não dormir tanto assim.
Buscar a felicidade a todos momento. Seu colar de diamantes. Meu colar de diamantes. A luz do sol, que vai voltar amanhã.
Ficaremos bem. Estamos bem. É bem assim.
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