quarta-feira, 18 de julho de 2018

Saudade

Saudade me consome.

Enfraquece minhas defesas. Gripe. Enxaqueca. Bruxismo. Gemidos noturnos. Frio. Calor. Tristeza.

Saudade dói.

E a dor é mais profunda por sentir que o tempo passa e estamos perdendo tempo. Uma semana. Um dia. Uma hora. Uns minutos de bate-papo.

Não. Nós não temos todo o tempo do mundo.

Ele é finito. Se esgota. Um dia finda.

Eu não sei quando. Você também não. Mas sinto a urgência de não perder um segundo sequer.

Sou assim. Sempre fui.

Saudade arde.

Sinto que está aqui, e por todo lugar. Sinto que me sufoca.

Me consola saber que está tudo bem. (Será mesmo?)

Na verdade, estamos bem.

Vou fingir que é isso.

Ou talvez seja só uma gripe e noites mal dormidas.

Vou me falar agora.

Posso repetir respostas feitas ou criar histórias de minha própria autoria.

"O boliche foi divertido. Consegui fazer um strike! - Nao gosto de usar os sapatos do local, mas parece que eles dão sorte. - Essa semana foi ótima... Ou foi um tédio mas encerrou com aquele strike. Também sinto saudades. Amo vocês. Até sábado que vem"

Obrigada pelas notícias! Amamos você também.

Santos, 22 de outubro de 2017

(Obs.: A dor inspira os poetas)

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