domingo, 19 de julho de 2020

Sobre escrever: 

Escrever é uma atividade solitária, mas não é necessário estar sozinho para escrever.

Muitas pessoas tem seus rituais de escrita, praticam, revisam, exercitam, estudam, escrevem diariamente, alimentam seus blogs, publicam livros.

Já eu, gosto muito de escrever, desde muito pequena, mas não me dedico tanto a essa arte quanto gostaria. Me cobro por isso. Me cobro, me culpo e continuo repetindo o mesmo padrão.

 Escrevo quando estou "inspirada", ou quando o "sentimento transborda", como costumo dizer.

Muitas vezes o texto vem pronto, outras ele fica martelando em uma única tecla na minha cabeça e eu preciso parar pra descobrir como dar continuidade àquilo que quer surgir.

Tenho textos encomendados por mim, arquivados nas gavetas da mente, esperando o momento de criação e, por outro lado, conheço vários gatilhos que me ajudam a escrever sem esforço, como quem se sente hipnotizado ou está psicografando uma mensagem do além. (Hahahah.... Não reparem nas comparações... Escritores são naturalmente criativos)

 Escritores. Escritora.

 O que faz uma pessoa ser considerada escritora?

 Me considero "meio" escritora, mas também posso ser só alguém alfabetizado que consegue pensar fora da "caixa"... Da caixa encefálica....hahahah.

 Meus pensamentos vão pro papel, pro blog, pras redes... E se antes eu tinha muita vergonha de deixar que as pessoas lessem o que eu escrevia, hoje eu escrevo despreocupada, porque sei que a maioria das pessoas tem preguiça de ler.

 Por isso reafirmo: escrever é uma atividade solitária.

Porém, algumas vezes eu recebo uma mensagem, ou alguém comenta sobre o que escrevi, e então eu percebo que não estou sozinha nessa arte. Se tenho leitores, talvez eu seja escritora. Talvez os meus pensamentos divirtam outras mentes, ou façam sentido para outros seres pensantes (e alfabetizados).

E ainda que o sentimento que me motivou não seja exatamente igual ao sentimento que a leitura despertou, sinto que devo me cobrar mais um pouco.

Sem pressão ou com muita intensidade.

Porque se me faz bem escrever, e se pelo menos uma pessoa se sente bem ao ler, significa que eu devo terminar meus projetos iniciados, desarquivar os textos engavetados, terminar os contos e contar novas histórias.

 Escrever mais (e melhor). Sempre!

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Energizando o planeta

Esses dias estava pensando...
Não é só um vírus que está adoecendo o mundo...

Imaginem a quantidade de energia "ruim" que está circulando também : pessimismo, medo, desespero, tristeza, solidão, desconfiança, raiva e insatisfação, discordância de tantas coisas, preocupações diversas, angústias, incertezas.

Toda essa energia (tão invisível quanto o vírus) está causando ainda mais doenças nas pessoas. Doenças físicas e psicológicas. Enfraquecendo nosso sistema imunológico. Enfraquecendo nosso ânimo e nossa força.

E como combater isso?
Pode parecer loucura, idiotice ou fantasia, mas não custa tentar.

Podemos tentar vibrar uma energia melhor em cada um de nós, para que ela se junte à outras boas energias e cause uma grande onda positiva, reequilibrando uma balança que está muito pesada negativamente (algumas pessoas tem a sensibilidade de perceber isso)

1. Vamos nos esforçar para recuperar a esperança (e fé) de que isso tudo vai passar (tem que sentir isso, não só falar da boca pra fora).

2. Vamos recuperar a "paz" de estar dentro de casa. (Ela não é nossa prisão, ela é nossa FORTALEZA, e aqui, estamos seguros)

3. Vamos oferecer qualquer tipo de ajuda àqueles que estão em situação pior que a nossa, seja ela na forma de alimentos, da contratação de um serviço, da compra em um comerciante local, seja ela na forma de uma conversa, uma vídeo chamada, ou sei lá (sejamos criativos)

4. E já que falei em criatividade, sejamos criativos e produtivos em nossa fortaleza também. Vamos criar algo, embelezar a casa, cozinhar e apreciar os sabores, os cheiros que se espalham, a benção de ter comida na mesa.

5. Vamos comemorar diariamente, EU DISSE DIARIAMENTE, a nossa saúde, a saúde das pessoas queridas, a vida daqueles que se recuperaram, a plantinha que nasceu no vaso, o sol que brilha no céu, os sorrisos que podemos dar aos que estão perto, as amizades que resistem à qualquer distância, tudo de bom que temos ao nosso redor.

6. Vamos rezar, meditar, fazer silêncio por alguns minutos e pensar em coisas positivas, pedir a cura, a iluminação aos cientistas que buscam uma vacina, força e coragem aos profissionais que precisam sair de suas casas, especialmente àqueles que estão mais próximos dos doentes e que todos os dias são testados em suas forças.

7. Vamos sorrir, ainda que pareça difícil.. sorrir pro espelho, para as pessoas que moram com você, para rostos também mascarados que passam no corredor do supermercado. Não nos custa olhar nos olhos e sorrir. (Essas pessoas também precisam de energias positivas ou talvez de um sorriso coberto que vem de um desconhecido)

Enfim, vou parando por aqui, mas gostaria de reforçar:

Vamos emanar boas energias!

Vamos ser o sol que brilha em nosso pequeno universo, para ver desabrochar toda a beleza que existe ao nosso redor.

Conto com sua ajuda! Conte comigo para o que precisar.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Reflexão do dia... Que dia é hoje, heim?

Teremos que sobreviver ao vírus,
À crise,
Alguns, à fome,
Ao desespero e à desesperança.
Teremos que sobreviver à saudade, à solidão e talvez à ausência de nomes conhecidos, de pessoas queridas.
Teremos que sobreviver à quarentena, ao isolamento, às mudanças que virão depois.
Teremos que sobreviver ao desconhecido, ao mundo novo.
Teremos que sobreviver ao que está lá fora, mas acima de tudo, teremos que sobreviver ao que está aqui dentro...
Sobreviver à nós mesmos.
Ao nosso auto conhecimento, às nossas angústias, à sensibilidade aflorada.
Teremos que sobreviver à nossa mente, nossos cantos obscuros, às caixas lacradas.
Teremos que sobreviver.
E manter a nossa sanidade. De alguma forma...
Teremos que sobreviver aos dias ruins, e nos esforçar para que eles sejam seguidos de dias bons.
Teremos que lutar todos os dias, para vencer essa guerra e manter os sorrisos nos rostos, ainda que cobertos por máscaras, ainda que umedecidos por lágrimas*. (*Algumas)
Teremos que reaprender.
Reaprender tanta coisa... E eu não quero escrever sobre elas agora.
Porque hoje, hoje eu preciso me distrair. Não pensar em nada, pintar, dormir, ouvir músicas, me recolher em meu pequeno mundinho, e simplesmente sobreviver.
Sobreviver e manter a fé que logo teremos nosso mundo de volta e reencontraremos todos aqueles que também conseguiram sobreviver.

(Aguardando o abraço de todos vocês 😘😘)

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Nada a dizer...



Ah... Não tenho nada pra dizer.
Saí.
Saí pq tinha que pegar um documento no trabalho da filha.
Saí, e já que saí, vim voltando pelo caminho mais longo, mas que tem a melhor vista.
E já que a vista é sempre linda por essas bandas, parei.
Parei pra bater uma foto.
Uma foto da praia e do mar que me fazem tanta falta.
Mas consciente de que meu lugar é em casa, voltei.
Fiz o retorno e vi um velho conhecido: Anchieta.
Não a estrada, nem o padre, mas a estátua de Anchieta. E esse, esse também já foi o "meu lugar".
Então, em homenagem à outros tempos, parei. Desci. Tirei uma foto. (Foram 2 na verdade). Voltei.
Voltei pro carro, pro presente, pra casa... Fiz tudo que precisava fazer na rua e voltei pra onde devo ficar.

Não tenho nada pra dizer.
Tenho medo. Tenho mesmo. E mesmo com máscara, álcool em gel, cuidados cuidadosos, sei que existem muitos riscos.
Mas... Já foi. Já fui. Já voltei.
Quis ficar mais. Quis esperar o por do sol. Quis renovar meu bronzeado de camiseta... Quis... Kisses.

Tô quietinha aqui. Quase 3 horas da manhã e eu aqui.
Sem dormir.
Não vou dizer mais nada.
Só: Boa noite!

Hora de dormir. De sonhar...
Quem sabe no sonho eu consigo sentar na minha cadeira de praia, na "minha praia", sentir o calor do sol no meu corpo, a brisa no rosto, as ondas nos pés. Assistir mais um por do sol...
Sonhar...

Quem sabe?

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Você já escreveu Hoje?

Mais um hoje começa.

Cheio de notícias de ontem.

Cheio de incertezas do amanhã.

Preencho os pulmões com o ar puro do meu lar, doce lar.

Mais um hoje. Um presente!

Os olhos se abriram como o raiar de um novo dia.

Aves cantam no céu.

Sussurro canções para as angústias da alma.


Admiro os raios de sol que invadem minha sala.

Agradeço pela segurança, pelo alimento, pela saúde da família e dos amigos.

Olho ao redor.

Me pergunto e me respondo como no desenho infantil:

"Já sei o que vamos fazer hoje!"


Planejo só o próximo passo, subo apenas um degrau.

Um degrau de cada vez...

Não leio livros (me falta concentração), mas leio entrelinhas em frases soltas na internet.

Ofereço minhas palavras, minhas orações, meus abraços virtuais com o mesmo aconchego dos abraços reais.


Alguns dias também estou mais carente.

Carente da energia agradável e da estranha paz que venho carregando em meu coração.

A ansiedade, velha companheira de longa data, partiu sem deixar bilhete de adeus.

Com a quarentena, com o vírus, com situações que aconteceram junto nessa época tão estranha, aprendi a dar conta só do agora. E isso me basta.


Sei que vivo em situação privilegiada diante de tanta gente que vive na angústia da incerteza. Talvez seja mais fácil pra mim.

Ou talvez, não seja fácil pra ninguém. Cada um sabe de seus temores e suas dores.


Procuro aprender as lições que vem com as dificuldades. Olho a história e percebo que a humanidade já enfrentou outras guerras. Outras tempestades.

Somos sobreviventes.


Sobreviventes. Aprendendo a sobreviver.

E aprendendo: Sobre "VIVER"




quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Sábia criança


Lembranças do tempo que eu não tinha gastrite 😂

Nem pedras nos rins...

Nem remédios diários pra tomar...

Nem contas pra pagar...💸

Nem preocupações... 😵

Nem ansiedade...

Nem roupa pra lavar...pendurar...dobrar...guardar...

Quando o maior dos problemas era o bloco de lição de férias (que eu fazia no primeiro dia pra me livrar)

Ou as recuperações no fim do ano, quando eu estudava muito pra atingir as notas que eu não alcancei por preguiça durante o ano todo...

Tempo em que as férias duravam uma eternidade e a escola era só meio período...
Acordar cedo tbm era uma luta, mas sempre dava pra tirar um cochilo no fim da tarde (ahhh... Isso eu ainda faço!)

A gente não se preocupava com o passado, nem com o presente, nem com o futuro.

E nem imaginava cada passo desse longoooo caminho.

Na praia, "água no umbigo, sinal de perigo"...
Por isso meu pai só deixava a gente chegar com água na altura do joelho...
E por isso que eu fico no raso até hoje 😂😂😂😂😂

Essa menininha aprendeu muitas lições. Nos sorrisos e nas lágrimas.

Eu respeito muito a sua história!

Ela sempre me ensina os melhores caminhos.

(Mesmo que eu não consiga evitar a ansiedade, a gastrite e as contas)

Para cálculos renais, a solução é simples - Beber muita água

#crianca #tranquilidade
#preocupação #infancia #velhainfancia #inocencia
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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Autobiografia: Autoconhecimento

Aprendi com o sol,
que é necessário luz para iluminar os caminhos.

Aprendi com o mar,
que a água acalma, lava o corpo, a alma,
que as ondas não se cansam de ir e vir, recuando quando precisam, avançando quando necessário.

Aprendi que a paciência é essencial e que ansiedade se cura com água de côco na beira da praia.

Aprendi com os livros,
que preciso escrever minhas próprias histórias, transbordar sentimentos, espalhar emoções.

Aprendi com os erros e com os acertos.

Aprendi a buscar o que desejo,
mas também aprendi a valorizar o que possuo.

Aprendi a ganhar e perder, a lutar ou desistir, a me permitir.

Aprendi a ouvir os outros e a mim mesma. Principalmente a mim mesma.

Aprendi a traçar limites, traçar retas e curvas, desenhar horizontes.

E sigo aprendendo...

Sigo encarando a vida - olhos nos olhos, como deve ser - deixando ela me conduzir.

Guiada pelos ventos, pelas correntes...

Sigo em direção ao brilho do olhar