domingo, 20 de setembro de 2015

DESISTIR (TAMBÉM) É PRECISO!

Ao contrário do que muitos dizem, desistir não significa fracassar.

É preciso coragem para desistir, e quando o fizer, caminhe de cabeça erguida.

Muitas pessoas pensam que é sinal de fraqueza quando se desiste de alguma coisa, mas observando os atletas, podemos ver que algumas vezes é necessário parar, antes do fim da prova, pois seu corpo não é capaz de atender às suas vontades. Nessas horas, desistir é vencer!

Vencer sua mente, que pede algo que pode trazer prejuízos que o corpo não será capaz de recuperar depois. E mesmo que o desafio faça com que o atleta viva sempre no limite... algumas vezes o limite pode ser perigoso para sua saúde.

Somos todos competitivos? Devemos sempre insistir e vencer?

Acho que não!

Quantas vezes nós vimos pessoas infelizes, insistindo em um relacionamento que já se mostrava em ruínas? Quantas mulheres, sofrendo de violência doméstica, sem desistir de seu próprio agressor?

Ou ainda, aquelas com paixões doentias, idealizando em um homem, o príncipe encantado que querem para si? E sofrem... Sem olhar ao redor, sem se dar a oportunidade de conhecer outras pessoas, melhores até do que o falso príncipe, que nada mais é do que um ser humano cheio de qualidades e defeitos.

É preciso desistir de tudo aquilo pelo que não vale à pena lutar. E assim, se libertar para buscar novos sonhos, fazer novos planos...

Quantos jovens, desistem dos cursos universitários e começam em outro, onde vão se sentir realmente realizados, enquanto outros jovens, seguem adiante, esperando o momento mágico em que aquele curso passará a fazer sentido em sua vida. Mas o "momento mágico" pode nunca chegar.

Desistir é encerrar uma história, para começar muitas outras...

Não podemos paralisar, com medo do que os outros vão pensar ou dizer.

Cada um sabe o tamanho de sua dor, quando o sapato está apertado demais.

E qual o problema de descalçar esse sapato e caminhar com os pés no chão durante algum tempo? O que importa o que os outros vão pensar?

Se já não há ânimo ou motivo para essa luta, baixe as armas e siga em paz!


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

#conectados.com

Pela manhã checa as redes sociais antes mesmo de lavar o rosto. Sabe de cor o que vai encontrar, pois não muda quase nada entre meia noite e seis da manhã.

Mas ela checa mesmo assim. Já virou hábito.

Vai para o trabalho. Liga o computador para verificar seus emails. Lê as notícias do dia. Em três sites diferentes, para ter certeza que não perdeu nada.

Abre uma notícia sobre um artista de TV, e outra e mais outra. Pesquisa um site de decoração, um de viagens, um de alimentação saudável.

Se perde na internet por horas, dias, semanas. O tempo passa num borrão, e já não consegue enxergar o que aconteceu com as horas de seu dia.

Hora de ir pra casa. Checa mais uma vez as redes sociais... Já fez isso muitas vezes durante o dia. Teria sido mais interessante passar o dia deitado em outro tipo de rede, à sombra de uma árvore frondosa.

Durante o trajeto para casa, responde às conversas no telefone celular.

Não, desculpe, agora ele se chama smart fone.

O aparelho ainda permite fazer ligações. Mas ninguém as faz.

Ninguém conversa mais. Nem ao vivo, nem ao telefone. As pessoas agora, mandam mensagens.

E esperam furiosas quando as respostas não vem imediatamente.

Pelo menos elas estão escrevendo e lendo... Quem dera! Os textos são escritos em uma língua nova, cheia de abreviações e erros bizarros.

Algumas pessoas, com preguiça, ou por estarem dirigindo já nem escrevem. Gravam áudios. É como conversar, mas só um fala. E o outro só escuta. São pequenos monólogos. Não existe troca. Eu digo. Você diz. Eu contínuo. Você continua. E no fim um tchau. Um emoticon (aqueles desenhos fofofos...ou não tão fofos depois da atualização do aplicativo).

Algumas vezes nem isso. Só o silêncio.

E o silêncio é fim da conversa.

Voltemos aos sites, às redes sociais, ao túnel do tempo que nos faz perder o presente e seguir direto pra lugar nenhum.

Conectados. Sempre conectados. Queira o destino, que a bateria não acabe no meio do caminho. Que a gente não esqueça esse aparelhinho em casa, e muito menos que um bandido armado tente roubá-lo de nós.

A gente pode se arriscar, dizendo que está sem celular. Quem iria acreditar?

O ladrão, impiedoso, certamente vai nos revistar. E vai achar. E se dermos sorte, vai embora feliz sem nos fazer mal.

Como se houvesse coisa pior do que levar nosso celular, com todos os contatos, as fotos, as músicas...

Nossa vida toda nesse pequeno aparelho...

Será mesmo? Não seria a vida, mais importante do que qualquer outra coisa?




quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Uma foto, uma idéia, uma decisão.

De brincadeira peguei uns chapéus pra tirar umas fotos com eles....

Queria renovar a foto do blog e já que tinha renovado a cor dos cabelos, pensei em fazer fotos especiais, por isso os chapéus.

Adorei o resultado e imediatamente troquei a foto do blog, escolhi uma outra para o perfil do face e sorri satisfeita: missão cumprida com sucesso.

Alguns dias depois, ainda admirando o resultado, comentei com uma amiga:

Adoro chapéus! - e me dei conta: Eu sempre adorei chapéus. Chapéus, gorros e até alguns bonés.

Então, por que eu não uso?

Sempre vou à praia de boné. Algumas vezes uso gorro em dias muito frios. Levo meu chapeuzinho preferido (esse do blog) em todas as viagens que fiz, desde que o comprei. E Adoro usá-lo. Mas no dia-a-dia, não uso.

Eles ficam guardados eternamente, esperando um momento especial...

Mas o momento especial é agora! Já!

A gente deixa de fazer as coisas que gosta por motivos idiotas...

Usar chapéu? Ninguém usa chapéu!

Onde vou usar? Combina com o que?

Oras.... Combina comigo!

Vou tentar deixar de ser boba, e passar a usar meu chapéus (os dois que possuo), e quem sabe, comprar mais alguns... Ou experimentar nas lojas até escolher um novo "favorito".

Chega de me preocupar com o que os outros vão pensar.

Vou tirar os " grilos" da cabeça, e colocar os chapéus. Até porque, melhor andar com chapéu por aí, do que com um grilo na cabeça.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Inconformado ou Indiferente

Quem é mais contente,
o inconformado ou o indiferente?

Quem suporta tanta dor?

Quem é capaz de acreditar, que tudo ainda, vai melhorar?

Que consegue manter os olhos abertos e os sonhos vivos?

Quem é mais demente,
o inconformado ou o indiferente?

Quem acredita na mudança?

Quem ainda tem esperança?

Serão os delírios que nos fazem continuar?

Quem é mais gente,
o inconformado ou o indiferente?

Quem fecha os olhos pros meninos do sinal?

Quem abre o vidro pra comprar um doce (ou dar um sorriso) pro inocente ou marginal?

Quem sobe o morro ou se esconde nas montanhas?

Quem doa um quilo de feijão ou vai embora, de avião?

Quem é que mente,
o inconformado ou o indiferente?

Será possível manter-se sempre alerta ou eternamente alienado?

Será possível mudar ou fugir da realidade ao seu lado?

O que faz da gente, inconformado ou indiferente?

A gente sente...
A gente sofre...
A gente age ou a gente foge...

A gente desliga a tv ou troca de canal
A gente muda o caminho para evitar aquele sinal
A gente luta, a gente vence, ou se da mal

Será que temos escolhas?
Inconformados...
Indiferentes...

Somos simplesmente: Gente



segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Fama ou anonimato?

Um brinde ao anonimato!

À possibilidade de tomar café da manhã em uma padaria sem ser importunado pelos clientes e funcionários do local.

Feliz é aquele que possui o dom da invisibilidade quando ela lhe convém.

O ser humano não sabe conviver com a fama dos famosos. A exposição pública não faz da pessoa seu amigo íntimo, colega de classe ou inimigo número 1.

Aquele ser, que escolheu uma profissão, e por mero acaso (e não só competência) se tornou famoso, pode ter escolhido tomar seu desjejum matinal fora de casa porque acabou o pão ou o pó de café... Mas ele não escolheu se sentar em uma mesa, e ser interrompido por pessoas que acham que podem dar palpite sobre como ele executa seu trabalho.

Não importa qual seja sua profissão, é sempre desagradável ficar ouvindo provocações infantis enquanto aguarda o seu pedido.

Aliás, é muito injusto quando dizemos que as provocações são infantis. Crianças, na maioria das vezes, sentam uma ao lado da outra e brincam, sem pensar em problemas, sem provocar confusões. São os adultos, imaturos, que lançam indiretas como se fossem flechas afiadas, tentando ferir seu alvo indefeso.

Quem nos dá o direito de atacar ou invadir a privacidade de uma pessoas "famosa"?

Se o sucesso e a fama trazem benefícios, podemos dizer que eles trazem malefícios também.

A solidão torna-se um luxo permitido apenas entre quatro paredes. E não falo sobre a solidão solitária, aquela em que sentimos falta de alguém. Falo sobre aquela solidão gostosa, quando podemos caminhar na praia em nossa própria companhia, conversando com nossos pensamentos ou quem sabe, com Deus.

Só os anônimos são contemplados com esses momentos de intimidade com o universo.

Aos famosos, não é permitido sequer um encontro a sós, com sua xícara de café.

Uma foto, um autógrafo, um elogio ou uma crítica. Qualquer pessoa se acha no direito de interromper seus pensamentos. E se eles não responderem seus apelos com simpatia e boa vontade, ainda serão criticados fervorosamente.

Fama ou anonimato?

O sucesso depende mesmo dessa exposição gigantesca?

Se eles dependem da fama para ter o reconhecimento de seu trabalho, estarão sujeitos às mazelas quem vem junto com cada uma das profissões.

E enquanto meu sucesso não vem... enquanto sou apenas mais uma na multidão... ergo levemente minha xícara de café e faço um brinde silencioso ao anonimato.

Eu tomo meu café da manhã em paz!