É preciso ser árvore para dar folhas, flores e frutos.
Para dançar com os ventos e abrigar seres de outras espécies
E sendo assim, árvore não és.
É preciso ser rocha para enfrentar a força das águas.
Para uma a uma, construir um castelo.
E sendo assim, rocha não és.
É preciso ser gente para compreender as necessidades do outro.
Para apoiar e cooperar com seus semelhantes.
E sendo assim, gente não és.
O que sois então?
Como podes recostar a cabeça em um travesseiro e dormir o sonho dos justos?
Como não se questionar sobre a própria existência?
Sois brisa talvez, que passa sem grandes movimentos, mas que tem também seu valor.
Quem sou eu, para questionar a existência do outro?
Ponho-me em meu lugar e aceito também, minha insignificante existência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Envie seu comentário para helena73sa@gmail.com ou use esse espaço