quinta-feira, 20 de julho de 2017

Será que é pra ser assim?

Sou da paz

A guerra ruge por todos os lados enquanto caminho empunhando uma bandeira branca nas mãos.

Sou da paz.

Vejo bombas explodindo e sigo sorrindo, fazendo amigos. (?)

Será?

Por muitos instantes não me incomodo com nada, e vou pacificamente, trilhando os campos minados.

Não tenho armas, não carrego granadas. Posso até explodir por dentro, mas tento controlar os estilhaços.

Algumas vezes fracasso nessa missão.

Sou Francisco. Teresa. Tantos outros os quais admiro.

E simultaneamente, não sou ninguém.

Sou pó. Semente que não vingou.

Sou alguém que chegou aqui sem plano de voo.

Os mapas estavam errados, os projetos falharam. (?)

Será?

Na paz da consciência, acredito que tudo é, por uma razão de ser.

Que sou assim.

Posso mudar, esbravejar, gritar, brigar com o mundo.

Mas se for igual aos demais, não serei mais eu.

Serei só mais um.

E a paz não estará em mim. Mas ela já não está.

Sendo da paz, pertenço a ela. Mas ela não me pertence.

Furtei-me de mim. E deixei de ser quem eu era. Perdi a paz e a tranquilidade.

Onde está a calmaria agora?

Onde estou? Como foi que cheguei aqui?

Devo seguir assim?

A paz se foi.


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