segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Eleições 2018

Sobre as eleições, tem algo que quero dizer: Eu não tenho culpa!

Não tenho culpa se um candidato defende um lado enquanto o outro defende outro.

Não tenho culpa se eles se atacam, e se acusam, e trazem à tona toda a sujeira que ambos escondiam no tapete, ou acende holofotes sobre suas idéias e seus ideais duvidosos.

Não tenho culpa se eles tem amigos bandidos ou se seus amigos são todos santos. (Nem eu mesma tenho todos os amigos santos)

Não tenho culpa se algum deles guarda dinheiro na cueca, ou se a cueca é tão suja que é melhor nem comentar.

Não tenho culpa se eles lavam a roupa suja no horário nobre ou se fazem promessas diversas que provavelmente nem vão cumprir.

Mas principalmente, não tenho culpa por não acreditar em milagres políticos, ou em heróis que salvam a nação das mazelas que vivemos. (E estou muito ciente que minhas mazelas nem se comparam com a maioria do nosso povo)

Quem sou eu pra falar sobre mazelas, não é?

Alguém que não tem culpa.

Ou talvez... Pensando bem...

Talvez eu seja culpada.

Culpada por não vestir a camisa de nenhum partido.

Culpada por não acreditar em milagres políticos ou porque não me envolvi nesse meio para tentar realizar milagres.

Culpada porque não tento convencer ninguém de que minhas ideias e meu ponto de vista estão certos, enquanto o dos outros está errado.

Culpada por não bradar sobre a história de outrora, ou a história recente, apontando os erros cometidos.

Culpada por não acreditar que os políticos vão nos salvar de toda essa sujeira que não cabe mais sob o tapete.

Culpada pela minha desesperança em acreditar que um único homem, ocupando um único cargo, será capaz de mudar todo o Brasil, ou mudar os interesses (egoístas) dos brasileiros.

Sou culpada por não defender esse ou aquele, não discutir, não escolher ou revelar de que "lado" estou. E se estou em cima de um muro de dúvidas e lamentações.

Sou culpada, e extremamente culpada, por querer estar do lado de meus amigos, independente de suas escolhas e convicções, porque sei respeitar suas crenças, sejam elas quais forem (não só as políticas) e sei que não vale à pena brigar ou me afastar de quem eu amo, por nenhuma razão... Nem mesmo na hora de escolher qual é o nosso super herói preferido ou qual o vilão que queremos punir.

Pode ser que eu não tenha culpa nenhuma ou que eu seja a principal culpada...

Mas antes que me julguem, me condenem e me ataquem violentamente com olhares e palavras, só queria dizer que eu realmente espero que todos estejam certos em suas defesas, e que independente do resultado final, tenhamos um santo-herói eleito no próximo domingo.

Espero que todos estejam certos para que todos saiam ganhando.

E como dizia Gandhi, espero a não-violência.

Espero o amor comovente de Madre Teresa de Calcutá.

Espero a fé de todas as religiões e o respeito de cada um de nós.

Às vezes se ganha, às vezes se perde. Segue o jogo.

Por tudo que passamos até agora, nessa disputa que afastou amigos, parentes, casais. Nessa disputa que nos faz esquecer que amamos uns aos outros apesar de todas as nossa diferenças (e alguma vezes, principalmente por elas). Desejo que possamos nos reunir novamente, para rir, conversar, debater de maneira saudável e se necessário, combater o mal que nenhum herói combate por nós. Pensar no próximo e ajudar a construir um amanhã melhor.

Desejo que haja respeito, e amor, acima de tudo.

Somos um só povo, um só Brasil. Não importa a cor de nossa pele, nossa religião, nossas opções, nossos amores, nosso time de futebol, nossa bandeira política.

Essa é a nossa terra, vamos plantar nela a semente da PAZ.

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