A cidade passa depressa pelas janelas do ônibus. Perdida em meus pensamentos sinto uma lágrima discreta escapar pelo canto do olho e escorrer por minha face.
Houve um tempo em que eu poderia fugir de todas as dores e de todos os problemas.
Existe um espaço em minha mente para onde eu fugia quando me sentia (quase) despedaçada.
Mas esse lugar não existe mais.
Dessa vez, o estrago foi tão grande que não abalou apenas minhas estruturas externas, roubou minha alegria, sequestrou minha paz.
Dessa vez, a dor invadiu todo meu ser e derrubou as fronteiras entre meu mundo secreto e o mundo real.
Meu nome é Alice. E não por mera coincidência, criei dentro de mim um lugar chamado: País das Maravilhas.
Lá, onde não existe nenhum tipo de sofrimento, me deitava em na relva e observava o voo dos pássaros.
Nesse jardim os pássaros não cantam, pois é o silêncio que cobre, como uma manta quente, todo o lugar.
Não há pensamentos ruidosos tentando entender fatos inexplicáveis.
Um vazio supremo, repleto de imagens que vem e vão como as casas que vejo pela janela do ônibus.
Talvez esse lugar tranquilo seja a intimidade de minha alma, onde nenhuma tragédia ou felicidade podem me atingir. Ou não podiam.
Tento, desesperadamente, voltar ao meu outro país.
Fugir da realidade só com o poder da concentração (ou da meditação,talvez), mas não consigo achar o caminho.
Sinto-me perdida dentro de meu próprio eu.
Eu fracassei.
Fracassei e quanto mais analiso esse fracasso, mas fracassos descubro em meu caminho.
Não segui os planos que tracei. Não conquistei as vitórias que desejei. Não sei qual o caminho que estou seguindo e nem se quero seguir por essa estrada.
Estou perdida, seguindo em frente, assim como o ônibus.
Seguindo uma rota, uma reta, uma curva.
O ônibus para em um cruzamento e olho ansiosa para as demais opções: uma rua arborizada, uma avenida movimentada, recheada de estabelecimentos comerciais... Mas eu e o ônibus seguimos em frente, sem mudar de direção.
Será o medo ou o comodismo que me paralisa?
Sigo, dessa vez, desviando os olhos da janela para observar aqueles que me acompanham.
Quantos estarão perdidos em seus pensamentos?
Você sabe qual o significado de uma "Página em Branco"? Ela é a oportunidade de começar a escrever uma nova história. Escreva sua própria história, preencha páginas em branco. Essas são as minhas páginas. Se você gostar, compartilhe com os amigos.
segunda-feira, 20 de março de 2017
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Malabaristas
Vejo meninos no semáforo, lançando ao vento bolas gastas de tênis....Ou laranjas....Ou limões.
Eles se empilham em malabarismos circenses em busca de um trocado.
Me pergunto: Quanto tempo eles se dedicaram a aprender tais artes?
E por que não dedicaram esse mesmo tempo às ciências, à matemática, à nossa tão esquecida língua portuguesa?
Por que não estão nas salas de aula, aprendendo uma infinidade de assuntos, e se preparando para os desafios futuros?
Eu mesma respondo:
A sala de aula não oferece um trocado. Uma moeda. O resultado imediato para aquele esforço de aprender malabarismos.
Nossos pequenos artistas circenses tem pressa.
Eles vivem o hoje, como se não houvesse amanhã.
E não há.
Não para eles.
Amanhã eles ainda estarão nesse mesmo cruzamento. E no outro dia também... No natal...
A encruzilhada é mais do que o território de seu ganha pão. Ela é o símbolo de sua situação atual. Mas eles só vêem um caminho...
Eles deram as costas para a outra via.
Talvez, se os meninos do sinal pudessem se equilibrar entre os estudos e os trocados.
Se pudessem aprender com o mesmo esforço, lançar laranjas e escrever uma nova história.
Talvez no natal de algum ano, eles estivessem lançando ao vento, um chapéu de formatura.
Qual o futuro dos meninos, que em troca de algumas moedas, lançam ao vento suas chances de ter uma vida melhor?
Eles se empilham em malabarismos circenses em busca de um trocado.
Me pergunto: Quanto tempo eles se dedicaram a aprender tais artes?
E por que não dedicaram esse mesmo tempo às ciências, à matemática, à nossa tão esquecida língua portuguesa?
Por que não estão nas salas de aula, aprendendo uma infinidade de assuntos, e se preparando para os desafios futuros?
Eu mesma respondo:
A sala de aula não oferece um trocado. Uma moeda. O resultado imediato para aquele esforço de aprender malabarismos.
Nossos pequenos artistas circenses tem pressa.
Eles vivem o hoje, como se não houvesse amanhã.
E não há.
Não para eles.
Amanhã eles ainda estarão nesse mesmo cruzamento. E no outro dia também... No natal...
A encruzilhada é mais do que o território de seu ganha pão. Ela é o símbolo de sua situação atual. Mas eles só vêem um caminho...
Eles deram as costas para a outra via.
Talvez, se os meninos do sinal pudessem se equilibrar entre os estudos e os trocados.
Se pudessem aprender com o mesmo esforço, lançar laranjas e escrever uma nova história.
Talvez no natal de algum ano, eles estivessem lançando ao vento, um chapéu de formatura.
Qual o futuro dos meninos, que em troca de algumas moedas, lançam ao vento suas chances de ter uma vida melhor?
A dança da fênix
Renasço todos os dias quando acordo na mesma rotina de sempre, mas consigo enxergar cada dia como um dia único.
Renasço todos os dias quando treino meu olhar para enxergar a beleza das cores em um dia de sol, ou apreciar o cheiro da chuva e a felicidade das plantas dançando na suave brisa do vento.
Renasço quando reúno amigos e familiares para conversar de assuntos sérios, ou rir de bobagens.
Renasço a cada abraço apertado, carinhoso e reconfortante, onde a troca de energias recarrega nossas baterias.
Renasço em um banho de chuveiro, quando deixo a água lavar as impurezas e as preocupações.
Renasço todos os dias observando a pureza das crianças, seus sorrisos fáceis e o brilho no olhar.
Renasço ao escutar histórias e absorver a sabedoria dos idosos.
Renasço em meu trabalho, quando me dedico a tudo que acredito que pode dar certo, e busco resultados para cada novo desafio.
Renasço quando abandono as tarefas do lar e passo horas admirando a natureza na beira da praia
Mas também renasço quando depois de uma longa faxina, admiro a beleza da casa que me abriga.
Renasço ouvindo minha música preferida, meu hino, ou outras músicas que me fazem recordar de pessoas, momentos, saudades
Renasço quando cuido de mim mesma e o recebo elogios carinhosos de quem notou esse cuidado
Renasço quando desabafo em um ombro amigo, e renasço muito mais forte, quando sou o ombro e posso acolher alguém que necessita
Renasço nas vitórias, ou no reerguer depois dos tombos.
Renasço quando pesquiso e aprendo coisas novas
Renasço cada vez que sou capaz de ajudar o próximo, mesmo que sem esperança de gratidão.
Quando percebo que um pequeno gesto pode fazer uma grande diferença pra alguém. E quando eu faço esse gesto.
A felicidade está ao nosso redor. Nos pequenos detalhes.
Senti-la, depende também de nós.
(Releitura do texto de Plano Neruda - livro: A dança da paz - ver nos comentários)
Por: Helena Sá
Renasço todos os dias quando treino meu olhar para enxergar a beleza das cores em um dia de sol, ou apreciar o cheiro da chuva e a felicidade das plantas dançando na suave brisa do vento.
Renasço quando reúno amigos e familiares para conversar de assuntos sérios, ou rir de bobagens.
Renasço a cada abraço apertado, carinhoso e reconfortante, onde a troca de energias recarrega nossas baterias.
Renasço em um banho de chuveiro, quando deixo a água lavar as impurezas e as preocupações.
Renasço todos os dias observando a pureza das crianças, seus sorrisos fáceis e o brilho no olhar.
Renasço ao escutar histórias e absorver a sabedoria dos idosos.
Renasço em meu trabalho, quando me dedico a tudo que acredito que pode dar certo, e busco resultados para cada novo desafio.
Renasço quando abandono as tarefas do lar e passo horas admirando a natureza na beira da praia
Mas também renasço quando depois de uma longa faxina, admiro a beleza da casa que me abriga.
Renasço ouvindo minha música preferida, meu hino, ou outras músicas que me fazem recordar de pessoas, momentos, saudades
Renasço quando cuido de mim mesma e o recebo elogios carinhosos de quem notou esse cuidado
Renasço quando desabafo em um ombro amigo, e renasço muito mais forte, quando sou o ombro e posso acolher alguém que necessita
Renasço nas vitórias, ou no reerguer depois dos tombos.
Renasço quando pesquiso e aprendo coisas novas
Renasço cada vez que sou capaz de ajudar o próximo, mesmo que sem esperança de gratidão.
Quando percebo que um pequeno gesto pode fazer uma grande diferença pra alguém. E quando eu faço esse gesto.
A felicidade está ao nosso redor. Nos pequenos detalhes.
Senti-la, depende também de nós.
(Releitura do texto de Plano Neruda - livro: A dança da paz - ver nos comentários)
Por: Helena Sá
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Os exemplos estão em toda parte
"Sempre há o que fazer.
Sempre é possível se reinventar e descobrir um novo eu."
Mais do que uma sentença otimista, essa frase representa que antes do verdadeiro ponto final, ainda há espaço para começar muitos novos parágrafos.
Quem te limita é você mesmo. Talvez também a saúde, ou melhor, a falta dela, mas em muitos casos, mesmo quando falta saúde, mesmo quando a vida dá uma cambalhota e cai em uma posição estranha, com as pernas pro ar e o pescoço pendendo pro lado de lá, ainda assim, as pessoas se mostram capazes de criar um novo mundo, que se adapte melhor ao que ela é agora.
Não há razão para sentar no sofá e esperar o tempo passar enquanto assiste a péssimos programas de grandes redes de comunicação.
Na verdade, esses programas só existem porque eles perceberam em nós essa fraqueza. Essa preguiça de abandonar os nãos e buscar outros Sims.
É hora de abandonar o conforto da poltrona e saltar no vazio. Entre o pânico e a adrenalina, você vai notar que o paraquedas esteve o tempo todo com você.
Você vai acionar o mecanismo e relaxar, observando o mundo por um novo ângulo.
Nunca desista. Comece outra vez
Levante-se e ande!!!
Esse é o milagre: Levante-se e ande!!!
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Sem perder a inocência
Me perguntaram, em um post na internet, o que eu diria pra criança que fui um dia.
Apesar de meus quarenta e poucos anos, não foi necessária uma longa viagem no tempo para responder essa pergunta.
"Ainda carrego em mim a criança que fui um dia.
De vez em quando conversamos sobre a vida.
Ela me conta das dificuldades que passou e das preocupações que traz consigo.
Eu conto a ela dos sonhos que temos, e de nossa vontade de realiza-los.
Ela sabe que alguns serão difíceis de alcançar, mas me deixa sonhar com eles mesmo assim.
A criança que vive em mim admira a inocência de meus projetos idealizados. Ela me estimula.
E mesmo que eu venha a fracassar algumas vezes, não tenho medo de arriscar.
Pois sei, que a criança que vive em mim já passou por muitas desilusões, e estará sempre ao meu lado, para me consolar nas derrotas ou para comemorarmos juntas cada vitória..."
É importante que você nunca deixa sozinha a criança que foi um dia.
Ela não merece ficar presa ao passado.
Se você nunca pensou sobre isso, vá lá, pegue em sua mão, e carregue-a com você.
Ela pode ser só uma criança, mas é sábia, e te ajudará a não perder a inocência. Te ajudará a acreditar que tudo é possível e que mesmo nos dias de chuva, dá para se divertir.
Apesar de meus quarenta e poucos anos, não foi necessária uma longa viagem no tempo para responder essa pergunta.
"Ainda carrego em mim a criança que fui um dia.
De vez em quando conversamos sobre a vida.
Ela me conta das dificuldades que passou e das preocupações que traz consigo.
Eu conto a ela dos sonhos que temos, e de nossa vontade de realiza-los.
Ela sabe que alguns serão difíceis de alcançar, mas me deixa sonhar com eles mesmo assim.
A criança que vive em mim admira a inocência de meus projetos idealizados. Ela me estimula.
E mesmo que eu venha a fracassar algumas vezes, não tenho medo de arriscar.
Pois sei, que a criança que vive em mim já passou por muitas desilusões, e estará sempre ao meu lado, para me consolar nas derrotas ou para comemorarmos juntas cada vitória..."
É importante que você nunca deixa sozinha a criança que foi um dia.
Ela não merece ficar presa ao passado.
Se você nunca pensou sobre isso, vá lá, pegue em sua mão, e carregue-a com você.
Ela pode ser só uma criança, mas é sábia, e te ajudará a não perder a inocência. Te ajudará a acreditar que tudo é possível e que mesmo nos dias de chuva, dá para se divertir.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2017
Eu sou eu. Você é você.
Talvez eu não te conheça.
Conheça apenas a versão de você que eu criei pra mim.
É que te vejo a tanto tempo, que pensei que olhando de fora, poderia te enxergar por dentro.
Que ilusão a minha.
Tive a prepotência de achar que seria capaz de conhecer alguém, tão bem quanto a mim mesma...
Logo eu, que estou sempre tentando me conhecer um pouco mais.
E nem sempre consigo.
Eu queria que você pudesse se ver com meus olhos. E me conhecer também.
Ver meu eu interior.
Pois não sei se você vê a força que eu tento ter, ou a fragilidade que não consigo esconder.
Algumas vezes eu penso que somos iguais, imaginando conhecer uma a outra, mas sem nos entendermos de verdade.
Ou somos completamente diferentes, e em algum momento entre o amanhecer e o por do sol, passamos a nos repelir.
Nossos laços são fortes, são invisíveis, elásticos, são certos e eternos.
Não importa o tempo ou a distância, serei sempre sua e você será sempre uma parte de mim.
Aprenderei a controlar meus medos, e assistir seus tombos.
Você aprenderá a cair e a levantar.
Estarei aqui pra te dar a mão... Torcendo pra que tudo dê certo, mesmo que isso signifique que você não vai precisar dela.
Talvez eu realmente não te conheça. Mas aguardo ansiosa que você se apresente pra mim. E me mostre como você agiria se você estivesse no seu lugar.
Quais serão suas decisões, quando eu não estiver interferindo e decidindo por você?
Então, nunca se esqueça. As suas experiências serão só suas.
E meu coração será sempre seu.
Meu colo te pertence também.
Caminhe a sua estrada.
Eu já caminhei um trecho da minha.
Nossas estradas se cruzarão muitas vezes.
Vai ser bom reencontrar você e saber que ainda posso te conhecer um pouco mais.
Conheça apenas a versão de você que eu criei pra mim.
É que te vejo a tanto tempo, que pensei que olhando de fora, poderia te enxergar por dentro.
Que ilusão a minha.
Tive a prepotência de achar que seria capaz de conhecer alguém, tão bem quanto a mim mesma...
Logo eu, que estou sempre tentando me conhecer um pouco mais.
E nem sempre consigo.
Eu queria que você pudesse se ver com meus olhos. E me conhecer também.
Ver meu eu interior.
Pois não sei se você vê a força que eu tento ter, ou a fragilidade que não consigo esconder.
Algumas vezes eu penso que somos iguais, imaginando conhecer uma a outra, mas sem nos entendermos de verdade.
Ou somos completamente diferentes, e em algum momento entre o amanhecer e o por do sol, passamos a nos repelir.
Nossos laços são fortes, são invisíveis, elásticos, são certos e eternos.
Não importa o tempo ou a distância, serei sempre sua e você será sempre uma parte de mim.
Aprenderei a controlar meus medos, e assistir seus tombos.
Você aprenderá a cair e a levantar.
Estarei aqui pra te dar a mão... Torcendo pra que tudo dê certo, mesmo que isso signifique que você não vai precisar dela.
Talvez eu realmente não te conheça. Mas aguardo ansiosa que você se apresente pra mim. E me mostre como você agiria se você estivesse no seu lugar.
Quais serão suas decisões, quando eu não estiver interferindo e decidindo por você?
Então, nunca se esqueça. As suas experiências serão só suas.
E meu coração será sempre seu.
Meu colo te pertence também.
Caminhe a sua estrada.
Eu já caminhei um trecho da minha.
Nossas estradas se cruzarão muitas vezes.
Vai ser bom reencontrar você e saber que ainda posso te conhecer um pouco mais.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Um breve momento e nada mais
Último dia do ano.
Chove lá fora.
Sentada na sala ao lado de meu pai, escrevo, enquanto assistimos juntos a um programa de TV.
A vida é simples assim.
Nem ele nem eu temos queixas a fazer.
O barulho da chuva, uma mosca que vai e vem, um comentário ou outro sobre o programa.... O mundo nos preenche.
Temos tudo, não exigimos nada, estamos calmos, tranquilos.
Talvez ambos tenhamos 80 anos. Algumas coisas escapam de nossas memórias, nos confundimos...
Agora ele cochila.
Eu escrevo.
Estamos em silêncio e silêncio é bom.
As pessoas estão acostumadas com o ruído. Falam mais que o necessário. Reclamam. Ligam rádio, tv, computador, tudo ao mesmo tempo.
E aumentam o volume para encobrir o barulho da chuva. É como um trovão no meio da sala.
E nós, eu e meu pai, em silêncio, ouvindo o mundo e assistindo a TV.
Meus pensamentos vagueiam da cabeça pro papel. Os dele, não sei. Vagueiam apenas, entre um cochilo e um despertar. Vão e vêm, como a mosca, voando por aí.
E a vida segue. O ano acaba. E tudo recomeça depois.
Chove lá fora.
Sentada na sala ao lado de meu pai, escrevo, enquanto assistimos juntos a um programa de TV.
A vida é simples assim.
Nem ele nem eu temos queixas a fazer.
O barulho da chuva, uma mosca que vai e vem, um comentário ou outro sobre o programa.... O mundo nos preenche.
Temos tudo, não exigimos nada, estamos calmos, tranquilos.
Talvez ambos tenhamos 80 anos. Algumas coisas escapam de nossas memórias, nos confundimos...
Agora ele cochila.
Eu escrevo.
Estamos em silêncio e silêncio é bom.
As pessoas estão acostumadas com o ruído. Falam mais que o necessário. Reclamam. Ligam rádio, tv, computador, tudo ao mesmo tempo.
E aumentam o volume para encobrir o barulho da chuva. É como um trovão no meio da sala.
E nós, eu e meu pai, em silêncio, ouvindo o mundo e assistindo a TV.
Meus pensamentos vagueiam da cabeça pro papel. Os dele, não sei. Vagueiam apenas, entre um cochilo e um despertar. Vão e vêm, como a mosca, voando por aí.
E a vida segue. O ano acaba. E tudo recomeça depois.
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