quarta-feira, 3 de maio de 2017

A chama apagou

Os sorrisos luminosos se foram.

Opacidade onde antes havia o brilho do olhar.

A luta tornou-se um fardo pesado.

O amargor do bombom. A dor. A incerteza.

De repente, todas as vitórias perdem seu valor.

Nuvens negras cobrem os raios de sol.

Nenhum lugar é capaz de suprir o desejo de estar em lugar nenhum.

O poço é tão fundo que não há gota de água que possa alcança-lo. Nem mesmo as lágrimas de olhos áridos, ressecados de tanto chorar.

Cortinas cerradas. Chamadas perdidas. E a porta trancada pela eternidade do agora.

O tempo se arrasta...

Nada passa. E a sensação de vazio preenche todo seu ser.

A chama apagou, mas a vela continua de pé.

Sem pressa, sem prece, sem sedução.

Apagada a vela é apenas cera. E o homem é apenas pó.

Que a chama retorne. E queime. E possa de novo arder.

Que voltem os sorrisos, as alegrias, o brilho dos olhos e o doce sabor dos bombons.

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