O vento passa apressado, carrega folhas, derruba vasos...
Espalha a pilha de papéis que estava sobre a mesa.
O vento bate portas, como um filho aborrecido.
E segue em frente, correndo como correm os animais da savana ao fugir dos predadores.
Ou talvez o vento, seja o predador.
Vem com violência, derrubando galhos ou árvores inteiras.
Levanta a poeira, tira tudo do lugar e de repente vai embora. Deixando para trás os rastros do estrago que fez.
O vento...
Esse vento que alguns adoram e outros abominam, vem e vai sem razão nem porque.
Ou razão ele tem, mas não conta.
Passa depressa porque tem pressa.
Vai voando, ventar outras ventanias.
Não olha para trás, o vento, porque o passado passou. Se foi.
E tudo se acalma. Os pássaros voam novamente, as sementes se espalharam pelo mundo, e vão brotar em outras bandas.
Nenhuma brisa. Nenhuma saudade do que era ventania.
Tudo calmo, podemos seguir...
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