domingo, 14 de maio de 2017

O vento

O vento passa apressado, carrega folhas, derruba vasos...

Espalha a pilha de papéis que estava sobre a mesa.

O vento bate portas, como um filho aborrecido.

E segue em frente, correndo como correm os animais da savana ao fugir dos predadores.

Ou talvez o vento, seja o predador.

Vem com violência, derrubando galhos ou árvores inteiras.

Levanta a poeira, tira tudo do lugar e de repente vai embora. Deixando para trás os rastros do estrago que fez.

O vento...

Esse vento que alguns adoram e outros abominam, vem e vai sem razão nem porque.

Ou razão ele tem, mas não conta.

Passa depressa porque tem pressa.

Vai voando, ventar outras ventanias.

Não olha para trás, o vento, porque o passado passou. Se foi.

E tudo se acalma. Os pássaros voam novamente, as sementes se espalharam pelo mundo, e vão brotar em outras bandas.

Nenhuma brisa. Nenhuma saudade do que era ventania.

Tudo calmo, podemos seguir...




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