Se eu tivesse que roubar a lua, roubaria seu brilho e sensualidade.
Chegaria assim de mansinho, na calada da noite, e me esconderia entre suas planícies e vales.
Saltaria a passos lentos, de cratera em cratera, até roubar todos os seus mistérios.
Me faria minguante, pra me esconder em suas faces escuras e depois, crescente, cheia, furtaria ligeiramente, cada fase, cada fugor.
Aos poucos, não haveria nada no lugar da lua, somente uma doce saudade e o silêncio, dos uivos, agora calados.
Se eu tivesse que roubar a lua, a roubaria da noite pro dia.
E a lua tão linda, jamais se esconderia entre as nuvens do céu.
Sim, sou incapaz de roubar a lua.
Mas se pudesse rouba-la, eu a daria para os poetas...
E mesmo sem lua no céu, a humanidade ainda teria o feitiço da lua. Nos versos dos poemas, na letra das canções.
Mesmo sem lua, eu ainda amaria a lua que conheci um dia... ou em uma noite.
A lua que inspira e encanta. A lua dos poetas. A lua que roubei em segredo, e abracei em silêncio, guardando o momento somente pra mim.
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