terça-feira, 10 de julho de 2012

O fim da arte da sedução


Dentre os resultados do comportamento feminino da atualidade, o mais preocupante, é o que vem causando o “Fim da Arte da Sedução”. Enquanto a maioria das mulheres, em seu íntimo, se sente solitária, carente e até mesmo frágil; suas atitudes demonstram o oposto do que sentem, e na busca desesperada por uma companhia, elas se tornam totalmente disponíveis aos homens que encontram nas baladas e barzinhos que frequentam.

Essa disponibilidade feminina, essa pseudo-independência, essa modernidade de comportamento, está causando a extinção de um espécime humano, que fará parte dos estudos históricos nos livros de sociologia das gerações futuras: o galanteador.

Aquele homem que com gestos e palavras, praticava o exercício, ou a “difícil” arte da sedução, aquele que conhecia a dose certa da cantada, sem ser invasivo nem vulgar, aquele que com um simples olhar era capaz de encantar uma mulher; este homem já não existe mais, ou, se existe, está tão intimidado com o comportamento feminino, que tenta se adequar, comportando-se como tantos outros que vemos por aí.

Se essas são as consequências de ser uma mulher moderna, livre, independente, dispenso esses adjetivos…quero ser antiquada. Quero um homem que com um gesto suave afaste o cabelo de meu rosto, simplismente porque ele deseja olhar o meu rosto em sua totalidade. Um homem que me olhe nos olhos e converse por horas e horas, dias, semanas, até ter o direito conquistado, de me roubar um beijo. Quero alguém que me leve para jantar, porque quer desfrutar mais alguns momentos comigo, e que durante o tempo que nos alimentamos, e rimos das piadas um do outro, deseje que esse jantar se demore, pois sabe que depois do jantar teremos apenas a sobremesa e o cafézinho, e iremos, cada um para sua casa, pois sabemos que os momentos íntimos chegarão na hora certa, no momento certo, e que eles não tem que acontecer (necessariamente) no primeiro encontro, pois não queremos queimar etapas, e planejamos ter muitos encontros depois do primeiro.

Sou uma mulher que se alegra em receber flores (ou uma cesta de café-da-manhã), e que percebe a pontinha de inveja* das amigas, por ter um relacionamento com um amante à moda antiga. (*inveja branca – aquela que não quer o mal, mas queria um homem igual)

Definitivamente, não quero ser uma mulher moderna, e ficar falando aos quatro cantos sobre o quão depressa a “fila anda”, ou como eu mesma conquisto os rapazes na balada… Quero ser antiquada e ouvir elogios sinceros, ser tocada com respeito e admiração e sentir que às vezes, um simples aperto de mão pode me deixar arrepiada, quero sorrir timidamente quando percebo em uma conversa qualquer, que meu acompanhante está realmente interessado em mim.

O comportamento humano nos dias de hoje, me causa pesar, pelas gerações futuras, que não conhecerão esse tipo de conquista, não desfrutarão de momentos tão marcantes. Os galanteios, serão vistos em filmes antigos em novelas de época… virarão motivo de piadas por não se adequarem aos relacionamentos relâmpagos e instantâneos, tão rápido e passageiros como uma tempestade de verão. Porém, em seu íntimo, as mulheres continuarão se sentindo solitárias, vazias, carentes… e nas noites frias de inverno, ao assistirem um romance água-com-açucar na TV, desejarão um dia, conhecer um homem que as leve para caminhar na praia no entardecer: de mãos dadas, pés descalços e o coração repleto de amor.

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