terça-feira, 10 de julho de 2012

Os grandes gênios



Hoje acordei pensando na genialidade dos inventores. Não daqueles que fizeram grandes invenções, que mudaram a história da humanidade, mas dos inventores das pequenas coisas, tão banais que nem ao menos notamos a sua importância em nossa vida, mas ao mesmo tempo, não conseguiríamos viver sem elas.

Inventos que convivem conosco diariamente, nos são uteis, mas que não são valorizados devidamente. Falo por exemplo, do “pregador de roupas”...(por que será que tenho tamanha fixação por pregadores de roupas?...talvez eu deva analisar isso mais profundamente...).
Bem, o pregador de roupas já deve ter sido muito valorizado, na época de sua criação. Imagino as lavadeiras, lavando diversas roupas à mão, e depois colocando-as para secar em uma corda esticada ao sol... depois de uma ventania, a surpresa de ver as roupas espalhadas ao chão, sujas de terra, de barro, e então, as lavadeiras novamente acocoradas, lavando as mesmas roupas...até que um dia, finalmente, alguém deu a solução para aquele problema... com dois toquinhos de madeira, um pedacinho de arame, eis que surge o primeiro pregador de roupas.

Então, anos e anos depois, descobrimos que o mesmo pregador também serve para fechar embalagens de alimentos, fazer artesanato... Após a grande invenção,quase nada mudou... fizemos pregadores de plástico, pregadores decorados, pregadores específicos para fechar pacotes de bolacha... mas todos eles ainda são os mesmos pregadores... é  a evolução dos toquinhos de madeira, sem muita inovação.

Outro invento sensacional, e que facilita muito a nossa vida, é o “abridor de latas”... Aliás, eu me pergunto: O que veio primeiro: A lata ou o abridor?

Lógico que não faz sentido nenhum, criar um abridor para um objeto que nem existia ainda, mas por outro lado, quem foi o maluco que criou uma embalagem de alimentos, a prova de ratos e insetos, resistente para o transporte, segura, inviolável, e que a dona de casa certamente gastava um tempo enorme para conseguir abrir? Ela provavelmente, tentava de todas as formas possíveis e imagináveis: com faca, martelo, machado... (talvez se já tivessem inventado o maçarico...).

Acredito que a criação das latas foi uma jogada de marketing, pra valorizar a criação do abridor... Provavelmente, o mesmo inventor criou as duas coisas... mas ele quis valorizar o abridor, então lançou a “lata” no mercado... Uma inovação nas embalagens!... As pessoas ficaram admiradas, e começaram a comprar os produtos enlatados, que tinham maior durabilidade por estarem protegidos hermeticamente naquela embalagem... Só depois de verem as despensas abarrotadas de latinhas empilhadas, é que ela se deram conta da dificuldade de abrir uma lata.

Veio então, depois de algum tempo, o mesmo inventor, trazendo a solução para aquele problema: O abridor de latas. As pessoas pagariam qualquer preço para adquirir aquela maravilha. Era o fim de todos os seus problemas.

Esse é “o segredo” das grandes invenções. Você tem que solucionar um problema!
Eu queria ser uma grande inventora, e quem sabe, viver da renda obtida pela venda de meu pequeno-grande invento. Mas como posso focar nos problemas, se os livros de auto-ajuda me dizem para não valorizar os problemas? Como posso me concentrar nas dificuldades, em uma época em que somos diagnosticados conforme nosso comportamento? Se eu focar nos problemas, e por um momento parecer triste, já serei tachada de pessimista, depressiva. Se por outro lado, estiver confiante, contente, dirão que é a fase de euforia, de um possível transtorno bipolar.

Eu só queria inventar algo, que aproximasse as pessoas na medida exata, para que elas não julgassem os outros por seu comportamento. Ficassem próximas o suficiente para conversarem abertamente, e se não concordassem em alguma questão, pudessem instantâneamente buscar a opinião de outros amigos, que concordassem com elas. Algo que reunisse a família em um mesmo ambiente, mas onde cada um pudesse escolher qual assunto quer conversar, cada um pudesse falar e ser ouvido. Queria inventar um mundo novo, uma terceira dimensão, onde você entra quando quiser, e sai quando te der vontade.

Mas até isso já inventaram!

E sentados na sala de estar, eu e meus familiares conversamos entre nós e com o mundo, reunidos (ou desunidos) em nossa terceira dimensão. Essa fantástica invenção (?) chamada: Facebook!

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