Hoje acordei pensando na genialidade dos inventores. Não
daqueles que fizeram grandes invenções, que mudaram a história da humanidade,
mas dos inventores das pequenas coisas, tão banais que nem ao menos notamos a
sua importância em nossa vida, mas ao mesmo tempo, não conseguiríamos viver sem
elas.
Inventos que convivem conosco diariamente, nos são uteis,
mas que não são valorizados devidamente. Falo por exemplo, do “pregador de
roupas”...(por que será que tenho tamanha fixação por pregadores de roupas?...talvez
eu deva analisar isso mais profundamente...).
Bem, o pregador de roupas já deve ter sido muito
valorizado, na época de sua criação. Imagino as lavadeiras, lavando diversas
roupas à mão, e depois colocando-as para secar em uma corda esticada ao sol...
depois de uma ventania, a surpresa de ver as roupas espalhadas ao chão, sujas
de terra, de barro, e então, as lavadeiras novamente acocoradas, lavando as
mesmas roupas...até que um dia, finalmente, alguém deu a solução para aquele problema...
com dois toquinhos de madeira, um pedacinho de arame, eis que surge o primeiro
pregador de roupas.
Então, anos e anos depois, descobrimos que o mesmo
pregador também serve para fechar embalagens de alimentos, fazer artesanato...
Após a grande invenção,quase nada mudou... fizemos pregadores de plástico,
pregadores decorados, pregadores específicos para fechar pacotes de bolacha...
mas todos eles ainda são os mesmos pregadores... é a evolução dos toquinhos de madeira, sem
muita inovação.
Outro invento sensacional, e que facilita muito a nossa
vida, é o “abridor de latas”... Aliás, eu me pergunto: O que veio primeiro: A
lata ou o abridor?
Lógico que não faz sentido nenhum, criar um abridor para
um objeto que nem existia ainda, mas por outro lado, quem foi o maluco que
criou uma embalagem de alimentos, a prova de ratos e insetos, resistente para o
transporte, segura, inviolável, e que a dona de casa certamente gastava um
tempo enorme para conseguir abrir? Ela provavelmente, tentava de todas as formas
possíveis e imagináveis: com faca, martelo, machado... (talvez se já tivessem
inventado o maçarico...).
Acredito que a criação das latas foi uma jogada de
marketing, pra valorizar a criação do abridor... Provavelmente, o mesmo
inventor criou as duas coisas... mas ele quis valorizar o abridor, então lançou
a “lata” no mercado... Uma inovação nas embalagens!... As pessoas ficaram
admiradas, e começaram a comprar os produtos enlatados, que tinham maior
durabilidade por estarem protegidos hermeticamente naquela embalagem... Só
depois de verem as despensas abarrotadas de latinhas empilhadas, é que ela se
deram conta da dificuldade de abrir uma lata.
Veio então, depois de algum tempo, o mesmo inventor,
trazendo a solução para aquele problema: O abridor de latas. As pessoas
pagariam qualquer preço para adquirir aquela maravilha. Era o fim de todos os
seus problemas.
Esse é “o segredo” das grandes invenções. Você tem que
solucionar um problema!
Eu queria ser uma grande inventora, e quem sabe, viver da
renda obtida pela venda de meu pequeno-grande invento. Mas como posso focar nos
problemas, se os livros de auto-ajuda me dizem para não valorizar os problemas?
Como posso me concentrar nas dificuldades, em uma época em que somos
diagnosticados conforme nosso comportamento? Se eu focar nos problemas, e por
um momento parecer triste, já serei tachada de pessimista, depressiva. Se por
outro lado, estiver confiante, contente, dirão que é a fase de euforia, de um
possível transtorno bipolar.
Eu só queria inventar algo, que aproximasse as pessoas na
medida exata, para que elas não julgassem os outros por seu comportamento.
Ficassem próximas o suficiente para conversarem abertamente, e se não
concordassem em alguma questão, pudessem instantâneamente buscar a opinião de
outros amigos, que concordassem com elas. Algo que reunisse a família em um
mesmo ambiente, mas onde cada um pudesse escolher qual assunto quer conversar,
cada um pudesse falar e ser ouvido. Queria inventar um mundo novo, uma terceira
dimensão, onde você entra quando quiser, e sai quando te der vontade.
Mas até isso já inventaram!
E sentados na sala de estar, eu e meus familiares
conversamos entre nós e com o mundo, reunidos (ou desunidos) em nossa terceira
dimensão. Essa fantástica invenção (?) chamada: Facebook!
Sou sua fã né!! Sensacional
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