sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ler e escrever

Não sei quando aprendi a escrever... não me lembro de quem me ensinou a ler... mas sei da importância que esse aprendizado tem em minha vida.

Não falo apenas da professora que me alfabetizou. Falo de todos os que me influenciaram positivamente, na criação desse hábito tão prazeroso. Todos os professores, meus pais, meus irmãos e amigos. Falo do Maurício de Souza, com os milhares de gibis da Turma da Mônica, que sempre devorei (e que leio até hoje). Falo das editoras, e especialmente dos livros de crônicas da série "Para gostar de ler"

Saber ler é muito mais do que unir sílabas e reconhecer palavras. Saber ler é interpretar textos, embarcar nas histórias, visualizar as cenas e os personagens.

Certamente, gostar de ler, colaborou para que eu gostasse de escrever.

Desde muito pequena, escrevia redações, poemas, pensamentos... As "páginas em branco" foram preenchidas vorazmente em momentos de alegria e de tristeza.

Muitos textos foram guardados, muitos textos foram perdidos. Palavras voaram ao vento. Outras ficaram guardadas pra sempre em minha memória. Todas elas fazem parte de minha história.

Quando mais nova, tinha vergonha de mostrar o que tinha escrito. Imaginava que ninguém iria querer ler aquilo que escrevia. Hoje, esse pensamento mudou.

Mesmo sabendo que tudo que escrevo representa o meu ponto de vista, em um determinado momento. E que muitos podem discordar, assim como eu mesma posso mudar de opinião algum tempo depois, ainda assim, sinto prazer em contar minhas histórias. Prazer em proporcionar uma leitura divertida àqueles que também gostam de ler.

Hoje, sou uma leitora muito mais crítica, porque tento aprender com os grandes autores.

Hoje, sou uma escritora muito mais consciente, da responsabilidade de quem publica, de alguma forma, os seus textos.

Ler, escrever, reler, reescrever... esses são os prazeres que compartilho com vocês, desejando que cada um, sinta o mesmo amor que sinto pelas palavras, pelas histórias.

Se o exemplo influencia novos leitores, sejam o exemplo para todas as crianças. Leiam para elas. Leiam junto com elas. Mostrem que o mundo dos livros é um mundo de infinitas possibilidades.

Ler e escrever não tem contra-indicações!

Leia muito! Leia tudo! Leia sempre!

E escreva quando sentir vontade. Registre sua própria história. Seja o autor de sua biografia!

Temos muitas "páginas em branco" para preencher!!!


quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Felicidade e chocolate!!!

Algumas vezes eu preciso de uma barra de felicidade.

Algumas vezes, de felicidade em confeitos.

Tem dias que pedem um sorvete com cobertura de felicidade... ou um delicioso bolo de felicidade...

Esse tipo de felicidade pode vir em várias embalagens e formatos diferentes, pode ter um sabor doce ou amargo, pode ser branca, crocante ou recheada.

A felicidade embalada, está disponível em docerias e prateleiras de supermercado. E me dá um imenso prazer.

Pobres daqueles que são alérgicos à felicidade industrializada!

Conheço muitas pessoas viciadas nesse tipo de felicidade, mas esse não é o meu caso!

Vivo muto bem, e até por um longo tempo, sem precisar da felicidade artificial.

Eu não me alimento de felicidade quando estou em uma praia, curtindo o sol e a brisa do mar, quando estou ouvindo o som das ondas arrebentando. Nesses momentos, a felicidade brota em meu coração.

Não necessito dessa felicidade quando estou viajando e conhecendo novas paisagens.

Eu transbordo felicidade pelos olhos e pelos lábios, quando estou papeando com meus amigos e parentes.

Nem por um milésimo de segundo, eu penso em bombons de felicidade momentânea, quando estou ao lado de meu amor, vivendo as sensações de um beijo, um abraço, um amor consolidado ao longo dos anos...

A felicidade produzida em nossa vida nos pequenos e grandes momentos, é infinitamente mais doce do que a felicidade com sabor de chocolate. (E essa, não engorda, não dá espinhas e nem alergia)

Porém, alguma vezes, sentimos necessidade de uma dose extra, e instantânea de felicidade! E mergulhamos nos prazeres proporcionados por uma caixa de bombons.

É uma ilusão doce e passageira... são pequenos pedaços de prazer...

Eu gosto de chocolate! Mas prefiro a verdadeira felicidade!

A verdadeira felicidade também é feita de pequenos momentos.

Ninguém a encontra, se passar a vida em busca da felicidade.

A felicidade é um quebra-cabeça de milhares de peças!

 E ao longo da vida, devemos perceber e guardar com cuidado cada pequenina peça que encontramos durante cada um de nossos dias. Todas as peças são importantes para montarmos nosso imenso painel!

Viva todos os momentos de sua vida com atenção, e encontre seus pedacinhos de felicidade.

Não substitua momentos de alegria por barras de chocolate (ou por qualquer outro vicio que te dê um prazer limitado).

Espero que esse doce alimento, produzido a partir do cacau, seja só mais um alimento para satisfazer o seu paladar.

E que você saiba identificar as gotas de felicidade a cada dia, para que elas possam alimentar a sua alma!

Felicidades para todos vocês!!!

"Pessoas felizes não perturbam os outros*" - (*frase modificada para manter o bom nível desse blog) - autor desconhecido.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

O fim de uma jornada - Nelson Mandela (18/07/18 - 05/12/13)

Nunca a morte fez tanto sentido para mim, quanto agora, na despedida de Nelson Mandela.

A morte é realmente o fim de uma jornada. O início da vida eterna.

Enquanto diversas pessoas lamentam, nas conversas e nas redes sociais, e se dizem tristes pelo falecimento de Mandela, eu só lamento que não tenhamos mais pessoas como ele, para nos servir de exemplo.

Esse senhor, de 95 anos, cumpriu sua missão. Talvez, tenha cumprido mais do que sua missão.

Ele enfrentou batalhas pacíficas e armadas sem nunca perder a doçura do olhar. Ele adquiriu conhecimento e lutou por aquilo que acreditava, mesmo que vivesse em um país onde era considerado menos importante, devido a cor de sua pele.

Ele foi um estudante, um presidiário, um presidente... E sua voz foi ouvida por todas as nações.

Nelson Mandela lutou contra o Apartheid... uma luta tão importante para toda uma nação (não só a Africana, mas a mundial), e eu só fui me dar conta dessa importância, muitos anos depois de ter saído das carteiras desconfortáveis da escola, quando esse tema era matéria de prova, e eu mal conseguia lembrar como se escrevia essa palavra.

Em 95 anos de vida, ele sofreu, ele se revoltou e ele foi  racional. Ele utilizou seu tempo no isolamento da prisão, não só para quebrar pedras e dormir. Ele leu, ele estudou o comportamento das pessoas e talvez, o seu próprio comportamento.

Madiba poderia não ter saído vivo do cárcere, ainda assim, teria realizado mais coisas do que a maioria de nós sonhará realizar.

Mas ele sobreviveu. Ele foi libertado e seguiu lutando com novas armas. Muitos se calaram para ouvir o que ele tinha a dizer. E então, ouviram preciosas lições.

O Prêmio Nobel da Paz ainda é pouco, perto de suas conquistas. Perto dos benefícios a milhares e milhares de pessoas.

A morte, nesse momento, talvez tenha sido seu maior prêmio. Pois agora, ele conquistou a maior das liberdades. Mandela não está mais preso em um corpo cansado de tantas batalhas. Não está mais preso em uma cama, ou aprisionado a uma sequência de medicamentos.

Hoje, ele é livre! Sua imortalidade segue nos livros de história, nos filmes, nas reportagens, na internet... Seu pensamento sensato ainda será ouvido de muitas formas...

Essa jornada foi cumprida, com dor e louvor... Agora é chegada a hora de descansar.

Viva Nelson Mandela! Viva agora, sua vida eterna!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tenho sim, muitos sonhos!!!!

Não quero ficar "a ver navios", enquanto trafego para lá e para cá na Avenida Perimetral, no repetitivo trajeto entre minha casa e meu trabalho.

Quero embarcar nesse sonho, navegar nessa aventura, ver a paisagem a partir da proa. Quero acenar e lançar beijos de despedidas para todos os rostos anônimos que se despedem de seus conhecido, ali, da Ponta da Praia.

Quero me aventurar pelos sete mares... ou por um pequeno trecho desse maravilhoso oceano, e sentir a sensação dos descobridores quando avistaram a nossa terra pela primeiríssima vez.

Tenho sonhos imensos, e um grande desejo de realizá-los, assim como os homens que partiam nas embarcações rumo ao desconhecido.

Quero ouvir as crianças cantando no Coral de Natal em Curitiba, quero me emocionar, e chorar cascatas de lágrimas em um Show ao Vivo do Roberto Carlos...

Quero mergulhar em Fernando de Noronha, e caminhar lentamente pelas galerias do Museu do Louvre - em Paris.

Também quero conhecer os museus da cidade de São Paulo, tão perto e tão distante.

Quero viajar de trem pela primeira vez, e descobrir as sensações que esse meio de transporte tão antigo, pode me proporcionar.

Quero aprender história nas cidades mineiras, e admirar as obras do Aleijadinho.

Quero sobrevoar o Plano Piloto de Brasília e depois conhecer de perto os projetos de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Quero ir a tantos lugares... conhecer o Pantanal, esquiar em Bariloche, assistir ao réveillon em Copacabana...

Quero aprender muitas línguas (para conversar em minhas muitas viagens), Italiano, Francês, Espanhol...e quero melhorar muito meu inglês.

Quero escrever um livro (ou vários livros), perder 5 quilos, mostrar o mundo para minha filha...

Quero sentar no sofá e não fazer absolutamente nada, ou redecorar minha casa com as milhares de idéias que carrego em minha cabeça.

Quero me banhar com sais perfumados em uma banheira de hidromassagem... ou apenas ter uma banheira comum, e algumas massagens a cada mês.

Desejo com tanta urgência, cada uma dessas coisas, e desejo muitas outras mais...

Não faço questão de ganhar na mega sena, não preciso ser milionária, nem ter um carrão ou uma mansão...

Mas quero poder realizar todos os meus sonhos, antes que eles fiquem empoeirados ou esquecidos em um canto perdido de minha memória.

Tenho sim, muitos sonhos. Tenho muitas vontades. Tenho uma mochila nas costas e estou sempre pronta para partir.

Sim, são todos sonhos... são simplesmente os "meus" sonhos... E quem sabe um dia, se tornem realidade!!!


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Qual é o seu nome?

Quem sou eu? Quem é você?

Quantas vezes nos falamos?

Nessa vida corrida, convivemos diariamente com dezenas de pessoas que não conhecemos. E quando alguém te pergunta: Quem é aquela moça, quem é aquele rapaz?

Você responde: É a moça da papelaria. o dono do restaurante por quilo. Conheço de vista, não lembro de onde.

Existem tantas pessoas sem nome em nosso dia-a-dia, tantos rostos ou mãos que nos serviram.

Também nós, somos seres sem identidade para muitas outras pessoas.

Porém, algumas vezes, olhamos nos olhos dos garçons ao pedir, por favor, por mais um refrigerante. E agradecemos com sinceridade pelo atendimento de nossa solicitação.

Alguns de nós, sabem identificar aqueles que o cercam. E quando se trata bem, aqueles que já se acostumaram a ser invisíveis, com certeza, você também será bem tratado.

Todos gostam de gentileza e reconhecimento.

E quando você chama o porteiro pelo nome, o garçom pelo nome, o feirante pelo nome, essas pessoas sentem que são parte de sua vida. Elas ganham a identidade que  lhes foi roubada quando assumiram uma função. Elas deixam de ser apenas "uma vendedora" para se tornarem "Paula, a vendedora".

Todos nós recebemos um nome ao nascermos, todos nós somos parte de uma sociedade. É óbvio que queremos ser alguém. Queremos ser nós mesmos.

Trataremos bem, todos aqueles que nos tratarem com respeito, com dignidade. E se queremos ser tratados assim, é assim que devemos agir.

É nesse desprendimento de fazer o bem ao outro, que conquistaremos aquilo que todos desejam: Gotas de felicidade!

Devemos sempre distribuir gentilezas e sorrisos, devemos dar abraços apertados, olhar nos olhos, desejar um sincero "bom dia" aos vizinhos no elevador, ao porteiro, ao lixeiro de minha rua (já falei dele antes)

Da próxima vez que você encontrar aquele rosto sem nome, que já faz parte de sua vida, faça aquela pergunta tão simples, que dá identidade àqueles que nos cercam. Pergunte: Qual é o seu nome? E agradeça especificamente à ela ou ele, por fazer parte de seu dia-a-dia.

E observe, o brilho dos olhos da pessoa, ao desejar-lhe: Boa tarde, Luiz!!!! (ou Maria, Aparecida, Orlando, Cláudia, João...)

Boa noite leitor, que ainda não sei o nome...

Então, me diga: Qual é o seu nome?

Vida virtual

Quase ninguém gosta de falar sobre  o inevitável. 

A maioria de nós, não se prepara para o fim de todos os fins.

Um dia, a indesejada das gentes, vai bater à nossa porta, trazendo a notícia que ninguém quer ouvir. Nos entregando nossa passagem só de ida pro além.

Mas, e então... o que virá?

Quem vai cuidar das minhas coisas quando eu não estiver mais aqui?

Quem vai se preocupar em guardar meus segredos?

Quem vai alimentar meu blog?

Quem vai encerrar minhas contas nas redes sociais? E será mesmo que eu quero que elas sejam encerradas?

Talvez eu queira continuar existindo... talvez alguém devesse me manter viva com os aparelhos de nossa tecnologia... Posso deixar minhas senhas anotadas em um papelzinho no fundo da gaveta, e uma relação de tudo aquilo que quero que façam por mim, quando eu mesma não puder mais fazer.

Mas quem disse que eu quero me preparar? 

Quem sabe se eu não deixar nada pronto, consiga atrasar o destino, ganhar mais uns dias, uns meses, uns anos... E eu ainda tenho tanto pra fazer...

Vou deixando tudo como está, e mantendo minha intimidade e meus mistérios... vou guardando meus e-mails e minhas senhas nas gavetas de minha frágil memória...

Vou vivendo minha vida real e virtual, esperando que o tempo ainda me dê muito tempo...

E se mesmo em meu despreparo, algo vier a me acontecer, ficarei pairando como um fantasma nas páginas do facebook... E os desavisados me desejarão feliz aniversário todos os anos... me desejarão felicidades e muitos anos de vida.

Me juntarei a outros diversos fantasmas que pairam nas redes sociais.

E meus textos envelhecerão nas páginas, não mais em branco, de meu blog. Nas páginas amareladas e esquecidas dentro dessa rede mundial de computadores.

Nesse mundo virtual, ninguém nunca se vai, a vida nunca termina... 

Nunca entendi como funciona o armazenamento de dados no mundo da informática, mas fico imaginando quantas vidas virtuais permanecerão depois que seus protagonistas se forem...

Quem sabe um dia, teremos que fazer o recadastramento de nossos e-mails, de nossas contas no Twitter, no falecido orkut, no facebook... e aqueles que saírem para viajar, ou que estiverem desconectados por alguns dias, serão excluídos para sempre de suas vidas virtuais. Perderão todos os seus dados, suas fotos, seus milhares de amigos conectados exclusivamente por telas de bate-papo...

Se sentirão sua falta? Você nunca irá saber, pois você estará ausente,

Talvez perca para sempre o contato com aqueles que você nunca vê pessoalmente, mas acredita que fazem parte de sua vida.

Você pode ter sua vida, sem sua vida virtual?

Você pode ter sua vida virtual sem sua vida?

A resposta é sempre sim. Viveremos eternamente na memória daqueles que nos amaram. Viveremos em nossas caixas de mensagens, em nossa sociedade virtual. 

Viveremos, ainda que não possamos atualizar nossos status, nem postar nossas fotos.

De algum outro lugar, curtiremos as postagens de nossos entes queridos. Mas permaneceremos calados, espiando sorrateiramente o que se passa aqui e ali.

Hoje vejo as fotos sorridentes daqueles que já partiram e fico pensando sobre o ponto final...

Hoje, o ponto final não encerra mais uma vida!

A vida é encerrada com reticências... e continua infinitamente no outro mundo. No mundo virtual!


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Meus cabelos querem viajar


Você sabe qual é uma das primeiras coisas que reparo em minhas fotos de viagem?

Além da paisagem, é claro, sempre reparo em meus cabelos! Meus cabelos ficam lindos quando viajo. A textura, o brilho, a cor, o caimento... Cada onda de meu cabelo parece perfeita! Cheguei à conclusão que meu cabelo fica lindo quando viajo porque meu cabelo também A-DO-RA viajar!

Há muito tempo descobri que os cabelos tem vida própria. Os meus, demonstram meus sentimentos, meu humor, minha saúde... Aliás, não existe ninguém que consiga estar doente ou triste, com o cabelo luminoso e radiante.

Todas as mulheres sabem do que estou falando. Em alguns dias, você lava e escova os cabelos e eles ficam maravilhosos. Em outras vezes, você lava e escova os cabelos e eles ficam totalmente arrepiados, como se você tivesse tomado um choque elétrico ou sido atingida por um raio.

Eu sempre deixei meu cabelo ser o que tem vontade, seja uma juba de leão ou um comercial de condicionador. Uma das minhas manias é nunca fazer escova depois de cortar o cabelo no salão de beleza. Somente dessa maneira, consigo enxergar o meu novo corte, exatamente como ele será na manhã seguinte. Sei que pode parecer maluquice, mas meu cabelo tem que ter liberdade de expressão!

Confesso, que quando ele abusa da liberdade, sou obrigada a prendê-lo em um coque ou um rabo de cavalo. Afinal, tem dias que ele fica muito agitado.

Algumas poucas vezes, pensei em fazer um alisamento, um relaxamento, um sei-lá-o-que, e aderir a moda dos cabelos escorridos que tantas mulheres usam hoje em dia. Mas desisto, quando penso que meus cabelos ficarão aprisionados em um único penteado, dia e noite, noite e dia.

Pensando bem, meus cabelos alisados, seriam como um rosto repleto de botox: Todas as emoções escondidas em uma única face.

Sempre tive muito amor pelo meu cabelo, nem liso nem cacheado, nem crespo nem escorrido, em um tom de loiro nem tão loiro, mas mais claro que o castanho. Quando quis que ele ficasse liso, deixei-o liso, quando quis fazer permanente, ele aceitou o permanente. Da primeira vez ficou lindo! Da segunda, ele exagerou...

Já fiz luzes, já deixei crescer, já cortei curtinho... já amei, já odiei... mas sempre respeitei o meu cabelo e ele me respeitou.

Às vezes percebo que meu cabelo anda estressado... anda cansado, abatido... Meus cabelos precisam de férias! E nas férias eles querem viajar. Querem viajar para qualquer lugar onde possam recarregar suas energias e ficar novamente reluzentes. Eles querem ser fotografados em pontos turísticos, em praias paradisíacas, em cidades históricas, soltos ao vento ou presos em uma trança embutida.

Meus cabelos querem viajar, e sussurram isso aos meus ouvidos!

Para onde devo levá-los na próxima vez?

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

(Divagando...) Pessoas são complicadas!

Eu sei que essa afirmação não é segredo para ninguém...

Por outro lado, toda vez que alguém diz isso, está se referindo às outras pessoas, nunca a si mesmo.

Nós temos o hábito de (quase) sempre acusar os outros de fazerem aquilo que nos incomoda. E assim como as crianças pequenas, agirmos como se o universo girasse em torno de nós mesmos.

As pessoas são complicadas! 

Quando não se valorizam, dizemos que sofrem de falta de amor próprio. Quando se valorizam demais, sofrem de excesso de auto-estima... ou "são metidas" mesmo!!

Onde está o equilíbrio? Onde estão os equilibrados?

Quem gosta  de tudo organizado sofre de T.O.C. Os agitados tem deficit de atenção...

É impossível compreender o outro, quando mal conseguimos compreender a nós mesmos!

Talvez o grande problema seja o fato de buscarmos uma razão para tudo, tentarmos antever o futuro, procurarmos as soluções para problemas que nem sequer surgiram.

Tentamos ter o controle desse trem desgovernado que é a nossa vida. Estamos emaranhados em uma teia tão complexa, que situações que ocorrem do outro lado do planeta podem interferir no meu dia-a-dia.

Mas se agirmos sem essa preocupação constante (de controlar o nosso tempo e espaço) seremos considerados irresponsáveis!!!

QUEM FOI QUE DISSE QUE "EU" SOU RESPONSÁVEL POR TUDO QUE ACONTECE AO MEU REDOR?????? 

Resposta: Eu mesma!!! Eu, e essa minha mania de achar que sou o centro de algum universo... 

Eu não sou o centro de nada, nem do meu próprio universo!!!

Eu estou na coordenada de  Latitude: 23º 57' 39" S e Longitude: 46º 20' 01" W... e isso pode ser à frente de alguém, à esquerda daquela árvore, à direita do gato preguiçoso, deitado ao meu lado nesse sofá... Por que seria eu, o centro desse meu universo?

Complicado, não?

Acho que em nossas vida, nos colocamos na posição de destaque para comprovarmos o quanto somos importantes (para os outros ou para nós mesmos)... e ao mesmo tempo, são as outras pessoas que estão no centro, quando este se torna o alvo de uma acusação: Quem foi que largou a toalha em cima da cama? Quem é o culpado em um acidente de trânsito? Quem pegou o papel que "eu deixei aqui"?

As posições se alteram de acordo com o que for conveniente... 

Nossas mentes maquiavélicas traçam um roteiro a ser seguido. Ninguém mais conhece o roteiro. Cada um tem seu próprio roteiro.

E ainda queremos que tudo seja exatamente do jeito que nós decidimos... Nós quem? Cada roteiro tem um único autor... então tudo tem que ser do jeito que "EU" decidi... Que "EU"? Eu ou você? Ou ele? Ou ela?

Esqueça... Não dá para chegar a qualquer conclusão. Estamos lidando com pessoas, e como eu disse no princípio, pessoas são complicadas!

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Cicatrizes na montanha


Cicatrizes nos remetem a momentos passados...

Algumas feridas nunca serão totalmente curadas! É necessário cuidar para que não infeccionem novamente.

Cada um de nós, conhece a história de cada cicatriz que possui.

Mas hoje, não estou falando de minhas próprias cicatrizes. As cicatrizes que me remeteram ao passado foram vistas do carro, quando seguia para mais um dia de trabalho.

Falo de novas cicatrizes que estão surgindo nas escarpas da Serra do Mar, na Baixada Santista.

Olhando mais uma vez, para as marcas dos deslizamentos de terra, que causam marcas profundas no verde da montanha, lembrei-me de um passado não tão distante, quando via a serra repleta de fissuras. Naquela época muito se falava da poluição, e dos danos que a "chuva ácida" causava à flora e à fauna da região.

O pólo industrial fervilhava rumo ao desenvolvimento. Milhares de trabalhadores ganhavam seu sustento labutando nas industrias de Cubatão. As luzes das fábricas e a fumaça das chaminés era observada dia e noite, em uma rotina sem começo e sem fim. Os efeitos da poluição era vistos nas estrias da vegetação da serra e os desmoronamentos de terra eram bastante frequentes.

Até que um dia, saiu no Jornal Nacional: A Serra do Mar ameaçava cair.

Para uma criança de doze anos, esse alerta soou como o anúncio do fim do mundo... ou ao menos, o fim de seu mundo. Era uma época de muita inocência, uma época em que eu acreditava literalmente em cada palavra dos noticiários. Assustada com as notícias, escrevi um poema*, quase uma oração, pedindo para que Deus nos salvasse dos estragos que nós mesmos causamos.

Esse momento foi também o despertar para uma preocupação real com o meio ambiente. E nesse despertar, eu não estava sozinha. O Brasil e o mundo ficaram em estado de alerta. Foram criadas leis ambientais, estabelecidos limites e iniciada uma ampla fiscalização.

Em Cubatão, foi inaugurada a principal Agência de Controle Ambiental do Estado de São Paulo - a CETESB. Filtros foram instalados, processos de produção aperfeiçoados, e depois de muitas mudanças, e muito trabalho, a cidade conseguiu se recuperar. As mudas, lançadas de helicóptero nas escarpas da serra, ajudaram a natureza a se regenerar e a vida seguiu seu rumo, sem a Serra do Mar sobre nossas cabeças...

Mas já a algum tempo, tenho observado novas cicatrizes ferindo a mata. Será mesmo que é culpa das chuvas dos últimos tempo? Será que os deslizamentos fazem parte de um processo natural, que ocorre de tempos em tempos?

Talvez sim, talvez não...

O que importa, é que eles estão ali, para nos alertar que, assim como os seres humanos, a natureza é frágil, e necessita de atenção continua. Precisamos permanecer atentos para não cometermos os mesmo erros do passado. Precisamos ficar sempre alertas para identificarmos cada alteração que causamos em nosso ambiente, e evitar que essas alterações se tornem uma ferida dolorosa demais.

Segue abaixo, o poema escrito em 1985:

"Senhor, ajudai Cubatão e seus moradores"

Senhor, 
Ajudai essa terra,
Segurai essa serra
Ajudai Cubatão!

Senhor,
Moradores pobres aqui tem,
Aqui vive o homem, a mulher e seu neném,
Se a serra cair eles morrerão, e outros também.

Senhor,
Moradores ricos existem aqui também,
e nessa riqueza existe uma família do bem
Se eles morrerem vai acabar também esse bem

Senhor,
Os ladrões que aqui tem, 
Não podem morrer
Pois no fundo de seu coração tem um pouco de bem.

Senhor,
Agradecemos e sabemos
Que vais segurar essa serra,
Que vais ajudar Cubatão, a nossa terra!

Ano: 1985

domingo, 20 de outubro de 2013

O trabalho da Rosana Valle

Toda semana me pego pensando sobre o trabalho da Rosana Valle.

Jornalista, apresentadora e também escritora, com uma coluna na AT Revista, Rosana conquistou um emprego que une várias atividades de que gosto muito. Ela viaja, conhece novos lugares, escreve e conta histórias.

Fico imaginando o prazer de ter um trabalho assim, onde a rotina do dia-a-dia é marcada pelas surpresas de novas aventuras, novas paisagens, novos sabores.

Lógico que eu também sei, que até mesmo nesse trabalho devem haver momentos em que ela gostaria de não viajar, ficar em casa com a família à enfrentar a estrada em um dia de chuva. Ter a liberdade de ir à padaria de bermudas e chinelo, sem se preocupar com a própria imagem, e podendo de misturar a multidão.

Em alguns dias, ela pode estar sem inspiração para escrever ou preparar suas matérias, e como todo trabalhador comum, tem que se esforçar para cumprir suas obrigações pois tem prazos expirando, e um chefe a obedecer.

Mesmo assim, gostaria de trabalhar como a Rosana, e acrescentar histórias a minha própria história. Ampliar meus horizontes infinitamente, e mostrar meu sorriso na foto da página de uma revista.

Não sinto inveja! A inveja paralisa as pessoas...

Admiro todas as vantagens desse trabalho, enquanto me preparo para um dia, conquistar um que me dê o mesmo prazer.

Por ora, vou aperfeiçoando meus textos, exercitando o dom de escrever e observando o mundo ao meu redor, para contar minhas próprias histórias e alimentar meu blog.

Assim, estarei sempre pronta para novas aventuras, e um dia, irei autografar meu próprio livro, feliz e realizada com o fruto de meu trabalho e de minha determinação.

Maria Helena Pereira de Sá
helena73sa.blogspot.com.br

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Síndrome do espermatozoide


Vocês sabem qual é a diferença de um homem dirigindo e uma mulher?

Não me venham com piadas de que mulheres são barbeiras...

A diferença é que os homens sofrem da "Síndrome do espermatozoide"

Descobri isso, analisando a maneira como meu marido e os apressadinhos da minha família dirigem.

Na maior parte das vezes os homens, quando estão ao volante de um carro, se transformam em um ser que já foi retratado até mesmo nos desenhos de Walt Disney: "O Pateta louco".

Para aqueles que nunca viram esse desenho, vai uma explicação: O Pateta é um cara tranquilo, brincalhão, divertido, porém quando assume o volante de um veículo, fica automaticamente transtornado, nervoso, competitivo...

Sim, homens são competitivos!

Mas a situação fica muito pior quando estão dentro de um carro.

Todos os outros veículos da rua são adversários. Todos estão contra o "Sr. Motorista" ou "Sr. Piloto", como eles gostam de se considerar.

Seja numa via monitorada com radares, na saída do semáforo fechado... eles estão sempre tentado passar a frente dos outros carros, ultrapassar, alcançar o próximo, chegar primeiro... acelerando, acelerando, acelerando.

Durante muito tempo, tive que avisar ao meu marido que não existe linha de chegada. Que não há um troféu de primeiro lugar, nem um pódio onde ele vai estourar a "champagne".

Até que um dia, cheguei a conclusão que essa atitude faz parte da memória de suas células. Assim como o espermatozoide vencedor, aquele que se transformou no meu marido, ele, e os outros homens, acreditam que tem que correr muito para chegar na frente.

Não há nenhum óvulo esperando para ser fecundado! Mas a memória celular dos homens não sabe disso.

Assim, eles continuam dirigindo apressadamente, colocando em risco as suas vidas e as vidas de outras pessoas. Brigando e se estressando. Praticando o que eu chamo de : direção ofensiva (o contrário da direção defensiva - aquela que evita acidentes).

Não sei qual é a solução para motoristas com essa Síndrome! Nada é capaz de detê-los. Multas, cassação da habilitação...

Pensando bem, é melhor que eles aprendam a dirigir corretamente, antes que um acidente consiga detê-los.

Obs.: Talvez existam homens que não se transformem no Pateta Louco quando estão dirigindo, não se sintam ofendidos... esse texto é baseado na experiência pessoal de alguém que não se sente confortável viajando de carona com um espermatozoide motorizado.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Minha filha tem 13 anos

Sempre que digo a idade de minha filha, as pessoas me perguntam:

Já chegou àquela fase da adolescência?

Sei bem, que o que querem saber é se a linda e doce menina, educada com tanto amor, já se transformou naquele ser rebelde, temido por todos os jovens pais, quando seus filhos se tornam "tennagers"* (*adolescentes - tradução espontânea: a idade dos dez: dez + um, dez + dois... dez + cinco... e por aí vai).

Vale lembrar, que nem toda criança se torna um ser monstruoso quando atinge certa idade. Eu mesma, não fui uma adolescente rebelde, também conhecida como aborrescente nos dias de hoje. Pelo menos eu acho que não... (Talvez eu devesse perguntar aos meus pais, para ter um outro ponto de vista sobre aquela época)

Mas, mesmo considerando que não seja justo eu analisar minha própria adolescência, continuo afirmando que muitas pessoas passam por essa fase tranquilamente.

Me tornei "tia" aos 13 anos, e tenho mais de uma dezena de sobrinhos. Cada um tem sua singularidade, cada um teve um tipo de criação, com problemas ou não. Estudando em escolas diferentes, umas públicas,  outras particulares. Vários já deixaram a adolescência... uns com tormentas no decorrer do período, outros sob o céu claro e ensolarado de um dia de primavera.

Minha filha, aos 13, demonstra sinais de menina que já não é tão menina. Sinais de alguém que experimenta tomar suas próprias decisões, mesmo que dependa da autorização dos pais. Alguém que almeja dar pequenos "voos solo", que curte a solidão de seu quarto à estar na sala repleta de parentes, que escolhe a companhia das amigas, mesmo que tenha que acordar uma hora mais cedo para assistir uma aula de reforço na escola, de uma matéria que só tira notas altas.

E quando pela manhã, ela se arruma sozinha (sem precisar que a mãe encontre seu par de tênis embaixo da mesa da sala, ou busque sua toalha para que possa sair do banho... sem que ninguém precise apressá-la para não perder a hora), e vai até o meu quarto me dar um beijo de bom dia, e dizer que já está saindo, nesse momento eu percebo que meu pequeno pássaro está aprendendo a voar.

Minha filha está chegando a adolescência. Sem brigas, sem gritos, sem portas sendo batidas. Algumas vezes me sinto carente de sua antiga dependência, mas sei que meu papel é ensiná-la a ser ela mesma, deixá-la escolher seus caminhos com orientação, mas com independência. Um dia ela será adulta, fará suas próprias escolhas, tomará decisões baseadas naquilo que eu ensinei... ou no que deixei de ensinar. Mas esses serão seus valores.

Minha adolescente não é mais uma menina. Mas sempre será minha filha.

Espero que essa fase, em que mais uma vez, o cordão que nos une será novamente cortado, e só restarão os laços (não tão) invisíveis do nosso amor, seja um período muito tranquilo, em que cada uma de nós respeite o espaço e a opinião da outra. Porque minha bebê, minha menina, minha adolescente, um dia se tornará mulher... e mesmo que tenha sua própria família, sua profissão, seus amigos, ainda seremos muito mais do que mãe e filha. Seremos sempre nossas melhores amigas.

Bjs Mel... Te amo hoje e sempre!!!


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Eu escolho a PAZ

Não quero lutar em guerras que não são minhas,

Não quero me aborrecer com problemas que não são meus,

Não vou me envolver em desentendimentos entre pessoas que escolheram brigar.

Eu escolho a PAZ!!

Escolho o lugar tranquilo, o ambiente agradável, os jantares repletos de sorrisos e gargalhadas.

Não quero ver caras feias nem ouvir queixas intermináveis. Todos nós temos problemas, mas cada um escolhe quanto espaço os problemas vão ocupar no seu dia-a-dia.

Eu escolho as músicas tranquilas às discussões.

Escolho o silêncio da sala de estar...

O calor do abraço amigo, sem interesses, sem amarguras.

Eu escolho a PAZ em todos os meus dias, em todos os lugares.

Não me tragam recados de desafetos, não me venham com ironias, me contando sobre assuntos que não estou interessada em ouvir.

Levem suas maledicências para longe daqui.

Escolhi manter meu ambiente limpo, meu horizonte claro... assim, somente boas energias irão pairar ao meu redor.

Minha luz interior ira afastar suas nuvens de tormentas.

Eu escolho a PAZ. E a paz trará um brilho suave e acolhedor para minha vida.

domingo, 29 de setembro de 2013

Memórias de uma desmemoriada...

Tem gente que tem deficiência visual, tem gente que tem deficiência física... e tem gente, assim como eu, que tem deficiência de memória.

O que muitas vezes vira piada nas reuniões de família, gera momentos desagradáveis na maior parte das vezes.

Sim, eu confesso que mereço um Oscar na arte de representação, quando algumas pessoas vem falar comigo, e eu consigo manter uma conversa agradável, sem nem fazer ideia de onde o meu "velho amigo" me conhece.

Entretanto, algumas pessoas tem o péssimo habito de desafiar a minha péssima memória, começando a conversa com um: 'Você se lembra de mim?"

Gostaria de ser honesta o suficiente para simplesmente dizer: "Não, me desculpe, não me lembro de você. Mas não se magoe, não é nada pessoal. Na verdade não me lembro de quase ninguém que não vejo há mais de vinte anos... em alguns casos, não me lembro nem das pessoas que falaram comigo a cinco minutos atrás, no caixa do supermercado ou no balcão da farmácia."

Mas a situação fica ainda mais constrangedora, quando a pessoa fala o meu nome, pergunta de meus irmãos (também pelo nome), manda lembrança para os meus pais...

A sensação que tenho, é que aquele ser que está diante de mim, participou ativamente de minha vida, em algum momento em que eu estava em coma, ou algo parecido... talvez eu não estivesse presente em minha vida naquele momento. Talvez eu tenha cerca de 90 anos, e minha memória já esteja falhando...

Mas se eu for pensar friamente, os idosos geralmente esquecem os fatos recentes, e lembram-se perfeitamente de sua adolescência ou infância... isso me dá alguma esperança.

Essa semana, passei por duas situações que comprovam que meu caso é grave... gravíssimo....kkkkk:
Levei minha filha em um consultório médico, a atendente perguntou se era a primeira consulta e eu confirmei. Ao digitar o nome, ela verificou que já tínhamos estado lá. Mesmo que eu tivesse duvidado, ela tinha todos os dados do meu endereço e telefone antigos. Eu perguntei quando foi a última vez que estive lá: 10 anos e 3 meses atrás. Isso me dá uma pista sobre o prazo de validade de minhas lembranças.

Hoje, um conhecido me reconheceu, me chamou pelo nome, falou sobre minha família... e eu tentava buscar nos arquivos empoeirados do meu cérebro, qualquer pista que o identificasse. Nada! Ele falou seu nome, o nome do prédio onde morava... Seu rosto era familiar, mas ainda não sei se era por reconhecimento ou se era um artifício da minha mente para tentar justificar o fato de ele me conhecer e eu não...ou talvez... ou sim.

Já estou quase acostumada com situações assim. Não são agradáveis, não são confortáveis... mas acontecem. Acontecem com mais frequência do que eu gostaria.

Enfim, como não conheço nenhum remédio milagroso para memória, e não posso fazer uma viagem de volta para o passado, para relembrar tudo que já esqueci... Peço a todos os amigos e conhecidos, que me reconhecerem e não forem reconhecidos, que me perdoem por minha "deficiência", e quem sabe, me contem histórias de nosso passado em comum, não só para que eu me lembre de vocês, mas para que eu tenha certeza de que vivi (em plena consciência) em uma época que não consegui reter na memória.

Beijos a todos...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Em busca de um objetivo...

Tentar alcançar um objetivo, pode não ser tarefa fácil nos dias de hoje, mas pior do que isso é não ter objetivo nenhum.

Milhares de vezes, as pessoas apostam todas as sua fichas em um único número, e enquanto a roleta roda, ficam tentando, desesperadas, obrigar a bolinha a parar no número que elas escolheram. 

Obviamente que é impossível definir em que número a bolinha vai parar... 

Principalmente porque estamos falando do "Jogo da Vida", onde não existem cartas marcadas, dados viciados e roletas fraudulentas. 

O que ocorre, é que o objetivo não é conquistado e a pessoa sofre... Algumas, sofrem muito mesmo.

Mas mesmo assim, ficam insistindo naquele objetivo, tropeçando no caminho entre dores e lágrimas, ainda tentando conquistar aquilo que idealizaram.

Por mais duro que seja, em algum momento, é necessário mudar o foco, virar a página, seguir por outro caminho...

Mas existem pessoas que não conseguem dar um passo adiante, e quando finalmente desistem do plano inicial, seguem sem rumo, navegando à margem do percurso, acompanhando a vida daqueles que seguiram por um caminho semelhante ao de seu antigo ideal. E seguem sofrendo, pois a paisagem que admiram é justamente aquela que não se encontra em sua janela.

O que muitos não sabem, talvez por ilusão, ou imaturidade, é que é necessário mudar de foco muitas vezes ao longo da vida. É necessário ter muitos objetivos, para não se sentir derrotado quando um deles não é alcançado. É necessário experimentar o novo e olhar em outras direções. 

Mesmo que o por-do-sol seja sempre no oeste, cada dia é um novo espetáculo, com novas nuvens no cenário, um cume de montanha, o topo de um prédio ou um mergulho no oceano. O horizonte está sempre a nossa frente, mas depende de onde estamos, para que o cenário seja mais belo ou não.

Sonhar é preciso!!! Você pode ter a cabeça nas nuvens, desde que mantenha os pés no chão.

Assista à um lindo por-do-sol, enquanto pensa em quais são os seus objetivos. Analise sua própria vida, e verifique se você está caminhando pela estrada certa. E se o seu caminho está cheio de pedras, mude o foco, mude a direção... olhe a paisagem!!! Muitas vezes, aquilo que você mais quer não está disponível nessa longa estrada... mas pode estar te esperando em uma curva de um novo caminho.


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Amigos

Você pode encontrar um amigo em qualquer lugar.

- em sua família,
- na escola,
- no trabalho,
- pelos caminhos da vida,
- em seu relacionamento...

Amigos são os bens mais preciosos que você irá acumular ao longo de sua existência.

Foi com eles que você riu à toa, na hora de dormir, quando toda a turma acampou em sua casa para uma festa do pijama.

Vocês já riram muitas vezes!

Juntos, vocês também choraram às mágoas, as dores de um amor que não vingou, a raiva depois das brigas na adolescência, as perdas.

Eles escutaram tudo que você tinha a dizer quando precisava desabafar. Te deram conselhos bons ou maus... mandaram você calar a boca, enquanto você dizia besteiras, impulsionada por esse ou aquele momento. E mesmo assim vocês continuaram amigos.

Algumas vezes os amigos brigam, outras, se socorrem.

Eles falam por você, tudo aquilo que você tem vontade, mas não pode dizer em determinadas circunstâncias.

Os amigos se completam, se complementam. São parecidos e diferentes entre si.

Mas nada importa.

O que importa é que são eles que te apoiam durante a caminhada, sem querer nada em troca, mas sabendo que em algum momento, você estará lá para apoia-los também.

Pois cada um de nós é uma pedra preciosa, e unidos formamos um tesouro.

"É feliz, quem tem amigos"

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Quem tem as respostas?

O silêncio me atormenta.

É na ausência de palavras que minha mente grita, declarando todas as suas angustias.
As lembranças e os desagrados me assombram, me arrepiam e reviram minhas entranhas.

O silencio liberta os discursos que eu deveria fazer para mim mesma,
Alertando-me que nem sempre o que importa é o mais importante
E fico buscando respostas para as perguntas que não tenho coragem de fazer

Existe uma guerra ruidosa entre a razão e a razão
E o certo e o errado se confundem, justificando suas ações ou a falta de ação.
Não há para onde fugir...

A música alta no rádio talvez consiga embalar os pensamentos
Mudar o foco desse debate, sintonizar as emoções
Talvez cantando alto, eu possa espantar meus males

Mas... até quando?

Até quando podemos adiar nossas próprias indagações?

(Série: rascunhos não publicados)

Desabafo,,, desespero...

Sim, eu tenho medo do incerto!!!
Tenho medo de tudo que foge ao nosso controle...
Medo de errar, medo das consequências...

Mas principalmente, eu tenho medo de quem nos tornamos, quando, de uma forma ou de outra, reagimos aos fatos de nossas próprias vidas.

Eu me lembro bem de como eu era aos 12 anos... de como eu era aos 20 anos... de como eu era aos 25,26 anos... E posso afirmar com toda certeza que eu mudei!!!

Eu não sou mais a menina tímida.

Não sou a moça sonhadora, e nem a pessoa que existia por alguns meses quando tudo era cinza... (graças à Deus eu deixei de ser aquela pessoa)

Mas, até que ponto essas mudanças foram resultado de minhas ações, ou simplesmente o reflexo das ondas da vida?

Até que ponto eu decidi me tornar a pessoa que sou hoje?

E pior que isso, em quem eu me tornarei daqui a alguns anos, se as frustrações que vivo em alguns momentos, fizerem eu parar de lutar... e simplesmente passar a aceitar que a vida é assim... que as pessoas são assim... que já que não adianta nada a gente se preocupar, melhor seria se conformar. Aceitar.

Eu não consigo me ver como alguém que simplesmente aceita. Alguém que se cala e abaixa a cabeça.

Eu sei... Tem muitas coisas que todos nós aceitamos, que nos calamos. E mesmo assim, várias vezes eu sofro calada por fazer isso.

Eu continuo sendo a mesma menina mimada que quer que as coisas sejam do jeito dela. E que as pessoas entendam, e que queiram fazer algo também.

Mas... será mesmo que eu posso ser de outro jeito?

Caminhando tropega pela corda bamba, já fiquei muitas vezes pendurada a ponto de cair. E eu sei o por que...

Eu me recuso a não olhar pra baixo...pra frente...pro alto. Me recuso a seguir sem sonhos, sem planos, sem intenção.

Está me faltando gás... E eu não quero ser um balão que não voa. Eu não vou gostar de mim. Ninguém vai!!!

(Série: rascunhos não publicados)

Coma profundo...

Aqui, nesse desgoverno, temos todos os tipos de funcionários:

Funcionários fantasmas, funcionários (sem) padrão, funcionários invisíveis...

Todos matam seu tempo em frente a uma tela de computador.

Não importa qual a sua capacidade intelectual,
 todos estão em coma profundo,
e  foi decretada a morte cerebral.

Mas já não a chance de transplante porque seus corações pararam de bater.
O sangue que antes corria em suas veias, já não corre mais,
Está parado no congestionamento causado por decretos e manifestações.

Já não há nada para fazer, já não há nada para querer... só temos tempo a perder.

O corpo, cansado da luta, se cansa agora, de tanto descanso...
E cansa da estagnação.

Houve um tempo, em que o tempo era pouco para tantas idéias, tantos projetos...
Houve um tempo de planos traçados, mas esse tempo ficou pra trás.

Nada...

E a vida segue pela janela,
as pessoas continuam passando como uma imagem de vídeo acelerada,
enquanto você assiste, sentado na poltrona da sala de estar.

Já é hora de se levantar, de agir, de esquecer as desculpas e voltar a viver.
Ser parte de sua própria vida, ser seu próprio governante.

É hora de seguir em frente.

(Série: rascunhos não publicados)

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Abduzidos...

Quando era mais jovem, sempre ouvi dizer que algumas vezes, as pessoas saiam para comprar cigarro e nunca mais voltavam.

Depois, vieram as histórias de abdução... sequestrados por um disco voador.

E agora, são contos de falsos sequestros...

O que motiva uma pessoa a agir dessa forma?

Vários de nós, já tiveram vontade de sumir... fugir para um outro lugar, começar do zero novamente... Mas será que isso é possível?

Não! É impossível fugir de sua própria vida! E mesmo que você se afaste da família, dos amigos, do trabalho, dos problemas, você ainda carregará toda sua história, em sua mente, por toda sua vida.

Largar tudo, na esperança de um novo recomeço, é mais do que desespero. É covardia, desonestidade.

É ser desonesto com todos os que o cercam, e covarde, por não expor seus sentimentos.

Abandonar todos na angustia e no sofrimento é egoismo.

Não creio que a grande motivação dos falsos sequestros noticiados recentemente, seja a extorsão do dinheiro dos familiares.

Acredito que essas pessoas tentaram fugir de si mesmas.

Agora, sempre, em todos os momentos, precisamos ficar atentos às coisas boas que nos cercam, aos pequeninos momentos felizes que existem entre o derramar de uma lágrima e o próximo soluço.

A vida é repleta de bençãos! Precisamos aprender a recebê-las, a dar valor aos sorrisos, aos abraços, aos amigos sinceros...

Precisamos preencher o nosso coração e a nossa mente com as boas coisas do dia-a-dia, para não deixarmos espaço para a angustia...

Pois eu repito: É impossível fugir de si mesmo!!!

Texto de Mel Sá - 12 anos

MAIS UM DE MEUS TEXTOS - By Mel Sá

Porque?
porque as coisas ruins acontecem?
e porque com quem não merece?
essa é a pergunta que sempre nos fazemos.
queria poder voltar no tempo e mudar alguma coisa.
as vezes foi para nosso próprio bem , mas nem sempre conseguimos entender que bem é esse.
se eu tivesse uma máquina do tempo , faria varias mudanças , não só para mim , mas para o bem de outras pessoas também.
saiba que se eu pudesse eu mudaria , mas como não posso , prometo tentar ajudar em tudo que for preciso.
prometo estar sempre ao seu lado quando precisar.
prometo fazer o impossível por você.
conte comigo pra tudo.
amo todos vocês

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Doar e receber

Existe um prazer infinito em doar...

Em fazer algo especial para alguém...

O prazer de fazer brotar a alegria no coração de um amigo ou de um desconhecido...

Ou de fazer brotar uma lágrima de emoção...

Mas mesmo em ações de doação, percebemos que nem todas as pessoas estão preparadas para sentir esse prazer.

Muitas, só conseguem pensar em seu próprio (e pequeno) universo... O dos parentes, amigos e vizinhos.

Por outro lado, aqueles que experimentam o gesto de doar de verdade... 

De fazer o bem, sem olhar a quem.... 

Esses, recebem sinceros sorrisos de gratidão...

Vêem os olhos do outro se iluminarem com um presente que jamais imaginaram receber...

E algumas vezes, um abraço repleto de amor.

Doar é uma emoção reservada para poucos... Os privilegiados!!

E enquanto a grande maioria, fica na busca desesperada de receber cada dia mais...

São os que doam, os que se sentem mais repletos e satisfeitos ao fim do dia.



Ação do coração 2013

O AMOR está nos pequenos gestos:

No "Bom Dia",
No sorriso,
Nos abraços apertados,
Na palavra amiga,
Na atenção,
No carinho,
No "estar junto" nas horas difíceis,
No encontro com amigos,
E em toda ação feita com o
CORAÇÃO

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Um longo dia...

Tem dia que custa a passar...

Tem horas que tudo que a gente quer é um pouco de paz e sossego.

Quer caminhar na praia de pés descalços, em um final de tarde, sentindo a brisa no rosto e assistindo o fantástico espetáculo do pôr do sol. Mas o dia demora a passar...

A gente se mexe e remexe na cadeira, abre um livro, fecha a agenda, muda de site, sai do facebook, tenta ler um projeto de 180 páginas (que terá que ler mais cedo ou mais tarde)... mas sua cabeça está longe, esperando a bendita hora de ir pra casa, e o dia não quer colaborar.

O dia se arrasta lentamente, como se estivesse rastejando em um campo minado.

Sim é verdade. Hoje o dia está minado! Você já tentou se esquivar do stress, já fechou a porta para o mundo lá fora, já se refugiou nos fones de ouvido, já tomou um chá de hortelã...porque o de camomila é sempre o primeiro a acabar... e o dia custa a passar.

A cada minuto se checa o relógio, e mesmo certa de que o tempo não para, você se pergunta como ainda não é meio dia?

Os números do relógio digital, no canto da tela do computador, te provocam, passando lentamente, com um sorrisinho no canto dos lábios, mostrando que o tempo é senhor do tempo... e mesmo que você espere por um momento certo, ou por um certo momento... o tempo passa a seu tempo, e pra você, ele custa a passar.

Às vezes é cansativo esperar... Esperar por algo que você não tem nem a certeza de que vai conquistar. Esperar que a vida siga um roteiro lógico que se encaixe em seus planos, e combine com suas aspirações... Você sabe bem, como é cansativo esperar.

Seus anseios devoram o pacote de bolachas e você aguarda mudanças na esperança de que amanhã seja um dia muito melhor... Mas amanhã está tão distante... e o dia... o dia... o dia... ahhhh!!!!!!!!!!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Texto de Mel Sá (12 anos) - (Minha filha!!!)

"ESPERO QUE TODOS LEIAM

Hoje eu vi a coisa mais bonita que se pode ver
uma pessoa que não tem nada, cuidando de um animal tao bem quanto a pessoa mais rica do mundo
isso me fez parar para pensar, uma pessoa sem nada, tendo que batalhar pelo próprio alimento, cuidando de mais de um cachorro com alegria (os cachorros estavam até de roupa)
OK , eu sei que o cachorro não era aquele que come a ração mais cara , ou aquele que tem roupas de marca , ou até aquele que dorme em camas de pena de ganso francês embaixo de um teto quentinho , mas eu sei que aquele cachorro tem o que muitos outros nunca tiveram : amor, carinho e atenção
enquanto eu passava pelo homem que não deixava nenhum de seus cachorros para trás, eu percebi que não importa se você é rico ou pobre, gordo ou magro , bonito ou feio , o animal não liga para essas coisas, tudo que o animal quer é que você o ame e cuide dele e em troca ele te dará sua companhia , seu amor
por isso eu dou parabéns ao homem dos cachorros e a todos que amam e cuidam bem de seus animais"

"Todos sabem o quanto amo ser mãe...Sempre comento que a Mel é meu pequeno milagre. Que a conhece, sabe o quanto é doce e meiga. Quem não a conhece, passará a conhecê-la um pouquinho, através de suas palavras...#Orgulho de ser sua mãe#"

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Um pouco de T.O.C. não faz mal à ninguém!


Sei que o assunto é sério e que o Transtorno Obsessivo Compusivo, mais conhecido como T.O.C., influencia negativamente a vida de milhares de pessoas. Mas como todo louco tem uma justificativa para sua loucura, eu também tenho as minhas.           
            
           Várias pessoas do meu círculo de amigos, conhecem minhas “pequenas manias”, que podem ou não ser consideradas T.O.C.s, uma vez que eu não vejo nenhuma influência negativa das mesmas em minha vida ou em meu cotidiano.
            
           Os psicólogos de plantão podem analisá-las, e definir qual o grau de comprometimento de meus TOCs. E se for o caso, indicar um tratamento, ou uma internação, já que o ditado diz que o pior cego é aquele que não quer ver... e talvez, além do TOC, eu esteja apresentando um certo grau de cegueira por não ter procurado tratamento até agora.
            
           A verdade é que eu assumo minhas manias (ou TOCs), não porque tenha orgulho delas, mas por saber que, uma vez que isso não interfere em minha vida... (não muito, né?) o melhor a fazer é me divertir com isso.
           
           Bem, vamos ao confessionário:
            
           O fato de eu arrumar os pregadores do varal, e algumas vezes contá-los, para conferir se ninguém tirou nenhum do lugar, e de arrumar os bombons na caixa antes de serví-los às visitas, ou de começar a comê-los, não significa absolutamente, que eu tenha um problema psicológico.
Gostaria de deixar claro que eu não conto ou arrumo meus pregadores todos os dias (só algumas das vezes, quando penduro ou tiro as roupas do varal). O fato de não ter mais faxineira, também ajuda muito, já que só eu e meu marido mexemos nos pregadores, e ele não é nem louco de tirar algum do varal para fechar o pacote de bolachas porque sabe o quanto essa simples atitude é arriscada para sua própria integridade física... rs (brincadeirinha...kkkk – ou não!)

 Em relação à caixa de bombons, vale salientar que eu consigo pegar um bombom da caixa desarrumada e comê-lo. Eu não gosto de fazer isso, mas eu consigo. Muitas vezes, quando eu não tenho um certo nível de intimidade com quem me oferece os bombons, eu nem peço para organizar a caixa. Graças à Deus, meus bons amigos, àqueles que conhecem minhas manias, me oferecem a caixa pra organizar, antes de me oferecer um bombom.

De qualquer forma, e repetindo o que já disse anteriormente, eu tenho explicações para minhas loucuras:

EU SOU UMA PESSOA ORGANIZADA!
E apesar de meu guarda-roupas estar mais desarrumado do que o da minha filha (se é que isso é possível), eu gosto das coisas em seus devidos lugares, pois organização facilita a vida das pessoas!

Quanto tempo você gastaria procurando uma colherzinha de café na gaveta da cozinha, se todos os talheres estivessem soterrando a pobrezinha desorganizadamente? Por que o escorredor de talheres da pia teria três divisões, se não fosse para separar facas, garfos e colheres?
Não consigo considerar que minhas “pequenas manias” sejam algo prejudicial, se elas são apenas reflexo de uma ânsia de organização.

Dessa forma, considero que “Um pouco de TOC não faz mal à ninguém”.

Como as pessoas conseguem entrar em um banheiro pela manhã, e não se incomodar com os três pares de sapato espalhados pelo chão? Por que é tão difícil colocar os tênis e chinelos pareados lado-a-lado no cantinho da parede, ou no vão embaixo da bancada da pia?

Como podem ver, esse texto é quase um desabafo... e gostaria mesmo, que alguém pudesse responder à essas perguntas, ou pelo menos me dar uma dica de “Como aflorar um TOC em outras pessoas?

Como tentativa experimental do que considero a solução desse problema, resolvi há alguns dias, parar de organizar os pares de sapato jogados no chão do banheiro... e ontem, fiz algo ainda “pior”: Coloquei o meu par de sapatos espalhado bem no meio do caminho entre a porta e o vaso sanitário.

A experiência foi mal sucedida. Pela manhã, meu sapato estava jogado um pouco pro lado... provavelmente foi chutado sem a menor cerimônia. Assim, tomei uma decisão ainda mais drástica, e coloquei mais dois pares, aleatoriamente espalhados... e assim vou fazer nos próximos dias, até tirar todos os sapatos da sapateira (um de cada vez) ou até que meu querido, amado e bagunceiro marido, aprenda a colocar os sapatos dele no lugar... ou ao menos, pareados or-ga-ni-za-da-men-te no cantinho da parede!!!!!

Se funcionar, eu aviso vocês.
Abraços à todos... e por favor: Não me internem!!! (Ainda...)



sexta-feira, 10 de maio de 2013

A IMPORTÂNCIA DE LUTAR

Não basta passar a vida reclamando dos problemas.

Não adianta se sentir derrotado cada vez que as coisas não saem como o previsto.

De nada vale, aceitar calado quando alguém ou alguma coisa afeta sua vida negativamente.

Já dizia uma grande amiga: Se alguém pisar no seu pé, GRITE! Pois a pessoa pode não perceber, e ficar estacionada em cima de seus pobres dedos esmigalhados, por muito tempo, conversando tranquilamente, enquanto você sofre calado.

A vida nem sempre é fácil, nem sempre é simples, e não vem com Manual de Instruções... (Mesmo que viesse, a maioria das pessoas não lê os manuais).

Portanto, saiba que é importante lutar, para conquistar vitórias, para exigir respeito, para fazer valer a sua vontade. Todos nós um dia, já fomos mais guerreiros do que hoje. É claro que você não lembra, mas quando era um bebê, você berrava bravamente toda vez que tinha fome, sede, frio. Você usava a força de seus pulmões para reclamar de uma fralda suja, de uma dor de barriga, ou simplesmente, para conquistar o delicioso colo de sua mãe, e poder dormir sossegado em seus braços.

Mas as pessoas crescem, e perdem esse instinto de luta. Ou o que é ainda pior, o confundem com a violência, a revolta, os brados vazios... e atiram pedras nas vidraças, somente para mostrar sua insatisfação, sem nem mesmo saber quem estão atingindo.

Eu insisto: É importante lutar! Mas há que se ter um objetivo. Uma estratégia. Há que se unir a todos aqueles que buscam um mesmo resultado. E já que somos seres pensantes, não custa lembrar, que temos que usar a nossa inteligência à nosso favor.

Temos que GRITAR, para que aqueles que estão pisando em nosso pé (ou em nossas cabeças), nos ouçam! Temos que dar um passo de cada vez, mas sem desviar do objetivo, e temos que estar atentos durante toda a caminhada. Os nossos inimigos irão tentar nos confundir. Irão tentar nos desunir, nos enfraquecer.

Não podemos desanimar... lembre-se: Você era apenas um bebê e se tivesse desistido de sua luta, não estaria aqui nesse momento.

Todos os dias, cada um de nós, enfrenta uma série de desafios. Todos os dias somos testados, em nossa coragem, em nossa paciência, em nossa perseverança. Todos os dias uma nova luta surge em nosso caminho, em nosso horizonte... E não importa qual é o tipo de batalha que você terá que enfrentar: LUTE!!!

Sua vida depende disso. Sua dignidade depende disso. Sua felicidade depende disso.

Nesse exato momento, eu, assim como milhares de pessoas, tenho amigos lutando em alguma batalha: uns lutam pela saúde, outros pela paz em seu lar. Uns lutam para sustentar a família e por um emprego digno, outros por melhores salários e respeito a sua categoria. Todos lutam por uma vida plena!

Não deixe de lutar. Pare de reclamar dos problemas e vá buscar as soluções. E quando alguma batalha for perdida, tenha orgulho de ter tentado todas as possibilidades. Tenha orgulho de se fazer ouvir, e de resgatar dentro de você mesmo, aquele bebê que tinha seus objetivos e lutava por eles, mesmo que todos o julgasse fraco e indefeso.

Você já venceu muitas guerras, você mostrou que sabe ser forte e conquistar o que quer. Então, LUTE. E vamos juntos, comemorar as nossas vitórias!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Good news !!!

Vocês já repararam que a maior parte das notícias que lemos em jornais e assistimos na TV são notícias ruins?
Como se já não bastasse nossas próprias crises pessoais, ainda somos bombardeados pelas crise do Brasil e do mundo... Violência, tragédias, protestos, epidemias... são tantas más notícias, que no fim do noticiário, as pessoas entram em depressão.

Façamos um exercício simples: Vamos pegar dois cadernos e colar em suas páginas as notícias recortadas do jornal durante 30 dias.
No primeiro caderno vamos colar só as boas notícias e no segundo, as más. No final do mês, qual será o caderno que está mais cheio? E o mais vazio?

Tem dias que a gente já acorda assim, meio mau humorado... dias em que não dormimos bem e nem aquele delicioso banho matinal foi capaz de lavar a nossa alma...

Algumas vezes, somos salvos pelas canções que tocam no rádio*... como a que eu ouvi essa manhã, talvez mais velha do que eu***, mas que me fez cantar alto, e decidir mudar o astral do meu dia (após outra noite mal dormida).

A música é, definitivamente,  a melhor forma de regular o nosso humor. Se estamos tristes, podemos ouvir músicas de fossa, e cultivar esse sentimento, ou... podemos ouvir músicas animadas**, e esquecer nossa tristeza... E se estamos felizes... música animada só vai acentuar nossa animação.

Mas, voltando às notícias... fui ler o jornal, não qualquer jornal, porque hoje não estou a fim de fazer tudo sempre igual... decidi treinar o inglês e ler o New York Times. E o que encontrei? Bad news...

Fiquei pensando que os jornais (e seus sites) deveriam ter um espaço dedicado as "Good News". Algo assim: Hoje amanheceu um lindo dia de sol. O clima está agradável e seco e vai continuar assim nos próximos dias. Mas se você gosta de chuva, não se aborreça, uma frente fria chegará no dia 5, trazendo nuvens de chuva para a região. (Essa eu ouvi no rádio, mas estou transcrevendo em minhas palavras, no clima Good News).

Boas notícias deveriam fazer parte das manchetes de primeira página, mas não é o que acontece... Talvez por isso as pessoas busquem refúgio (ou mesmo uma fuga da realidade) nas páginas das redes sociais. Lá é bem mais fácil encontrar coisas boas, lindas mensagens, ou simplesmente excluir ou ocultar as más notícias... os aborrecimentos...

Quantas vezes eu mesma já não fiz isso... Se alguma coisa em meu facebook começa a me trazer mais aborrecimento do que satisfação, eu edito a página para não ter que ver mais... (E me pergunto se já não está na hora de abandonar as redes sociais) Mas no fim, continuo lá... talvez não com tanta frequência quanto antes.

De qualquer forma, todos esses  questionamentos, e toda essa ânsia por nosso próprio bem estar, só reforçam a importância que o projeto "Compromisso com a felicidade" (também conhecido como Colar de Diamantes) tem em minha vida, e na vida daqueles que o conhecem e levam a sério. Registrando nossos bons momentos, temos a nossa própria página de Good News, para ler e reler quantas vezes tivermos vontade.

Desejo a todos, um lindo dia... repleto de boas notícias!!!!

Maria Helena Pereira de Sá

*Obs.: Para aqueles que ficaram curiosos, a música que alegrou meu dia dizia:
"Eu quero ter um milhão de amigos e bem mais forte poder cantar..." - Eu quero apenas - Roberto Carlos

Eu não tenho um milhão de amigos.
Mas tenho tantos... tão queridos... os de perto ou de longe...
E eu AMO tanto os meus amigos... que só a existência deles, já vale mais do que qualquer prêmio de mega sena...

**Obs: Música para animar o dia (meu hino): Mais uma vez - Renato Russo

***Obs.: A música "Eu quero apenas" é de 1974. Não confirmo nem nego se ela é ou não mais velha do que eu...kkkk

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Linda lua (em 24/04/2013)

Olha a lua lá no céu !!!

A lua brincando de se esconder...

Foi pra trás daquele morro...
Apareceu,
Se escondeu atrás do prédio...

Eu sigo procurando a lua,
eu viro na próxima rua...
e olho de novo pro céu...

Olha lá que linda lua!

Ela olha séria pra mim
E eu sorrio pra ela.

A lua me acompanha por todo o caminho,
e quando chego em casa, está lá em minha janela.

Olha a lua lá no céu!!!
Que linda lua...

A lua está a me observar... e eu estou admirando a lua...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A VIDA É FEITA DE ESCOLHAS...


Sim, a vida é feita de escolhas, mas nem sempre as escolhas são fáceis...

Você pode escolher ficar calado (e engolir o sapo), ou falar o que pensa e perder o amigo...
Você pode escolher engolir o sapo e ter uma indigestão, ou ficar aliviado porque falou o que teve vontade...

Você pode escolher enxergar a verdade ou fingir que não está vendo o que precisa ser mudado...
Porque você também pode escolher a opção de aceitar que as coisas são como são, e parar de se estressar com o que acontece a sua volta...

Tem muitas coisas que a gente pode escolher...

Todos os dias temos escolhas a fazer... Escolhemos cada passo de nossa caminhada, e os caminhos que seguiremos...

Todos os dias eu passo pela situação de escolher um caminho:

Sigo pela estrada congestionada, podendo ficar parada por horas no trânsito e correndo o risco de ser assaltada, ou escolho a rota alternativa onde também corro o risco de ser assaltada ?

Sempre escolho a opção que me leva para casa... e coloco nas mãos de Deus a minha segurança...

Legalmente, temos o direito de ir e vir, mas na prática esse direito depende de nossas escolhas (principalmente em época de safra, quando as estradas que levam ao porto de Santos ficam totalmente congestionadas).

E mesmo se escolhemos o caminho errado (?), ainda podemos decidir entre ficar parado e talvez ser assaltado por bandidos, ou ir pelo acostamento e ser assaltado através de uma multa.

Mas será que existe caminho certo e errado? Será que cada caminho não servirá para moldar o ser humano que seremos no futuro?

A pessoa que sou hoje, se formou a partir das experiências que vivi. Fáceis ou difíceis, corretas ou não, foram essas experiências que me tornaram essa "eu". Não seria a mesma se tivesse mudado um milímetro da minha rota. Não seria a mesma se tivesse deixado de fazer uma série de coisas, ou tivesse feito outras tantas que não fiz.

Certamente, eu não estaria onde estou, não seria quem eu sou... dessa forma, chego a pensar que não existe certo ou errado... Existem caminhos diferentes com resultados diferentes... esses sim, melhores ou piores do que outros. Mesmo que as vezes, os caminhos "certos" não nos levem ao melhor resultado, e os "errados" sirvam de lição, para errar somente uma única vez...

Enfim, são tantas escolhas, que nem por essas linhas sei qual o caminho a seguir...

Assim, vou parar por aqui, admirar a paisagem, respirar profundamente antes do próximo passo (ou do próximo texto)... pois uma pausa no caminho também pode ser uma excelente escolha.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Paciência é uma virtude!!!


"Paciência é uma virtude"

Um ditado tão antigo, quanto verdadeiro!

Mas afinal, o que é virtude?

Segundo o site: www.significados.com.br, temos a seguinte definição: (Trechos do texto)

Virtude é uma qualidade moral particular (...).  Virtude é a disposição de um indivíduo de praticar o bem; e não é apenas uma característica, trata-se de uma verdadeira inclinação (...)
Em geral, na linguagem cotidiana, a virtude é usado para nomear as qualidades gerais de qualquer pessoa. Aristóteles conceitua virtude dividindo-a em duas: virtude intelectual e virtude moral. Virtude intelectual é aquela que nasce e progride graças aos resultados da aprendizagem e da educação, e a virtude moral, que não é gerada em nós por natureza, é o resultado do hábito que nos torna capazes de praticar atos justos. Para Aristóteles, não existem virtudes inatas, todas se adquirem pela repetição dos atos, que gera o costume, a esses atos, para gerarem as virtudes, não devem desviar-se nem por defeito, nem por excesso, pois a virtude consiste na justa medida, longe dos dois extremos. "

Assim, analisando a definição acima, e segundo o próprio Aristóteles, que foi um filósofo grego, muito mais sábio que eu (ou não...kkk)... "As virtudes podem ser adquiridas a partir de treino e repetição".

Bem, assim sendo, qualquer pessoa pode se tornar virtuosa! E são muitas as virtudes que podemos desenvolver: Virtudes Cardeais, que nos ajudam a bem agir, como: Prudência, Justiça, Força e Temperança;   ou virtudes como: a fé, a esperança, a caridade...

Ainda não havia encontrado nenhuma citação sobre a paciência em minhas pesquisas, até que achei a descrição abaixo, no site de uma igreja católica:
Sobre virtudes anexas: (nem sabia que isso existia!)

"A Paciência
A paciência é a virtude que nos leva a saber sofrer: suportar as tristezas e contrariedades da vida, principalmente no nosso relacionamento com o próximo, sabendo que nos espera as alegrias futuras no céu.
Ela pode receber o nome de Longanimidade : é a paciência de esperar o tempo certo para o bem que esperamos. 
Ela será Constância quando nos leva a suportar as dificuldades materiais que ocorrem nas nossas ações. 
Quando há um medo do cansaço que virá pela duração da ação boa que praticamos, vencemos este medo pela virtude da Perseverança."

Esclarecidos todos os termos do ditado, o que gostaria de registrar é que, algumas pessoas (como eu) são conhecidas, e até admiradas,  por sua imensa paciência... E por mais que essa virtude tenha sido desenvolvida ao longo de toda a vida, e que o exercício diário só fortaleça essa característica na pessoa... Tenho que admitir, que ainda me espanto com a capacidade das outras pessoas, de conseguir testar todos os limites da paciência de uma pessoa...

Realmente, reforço os ensinamentos de Aristóteles...  - Devemos treinar todas as nossas virtudes!!! Pois quando acaba a paciência, temos que ter Prudência para não atacarmos o outro ser (e não cometermos um ato insano); precisamos ter Força (para calar as palavras agressivas); precisamos ter Fé e Esperança... para acreditar que eles/as estão agindo sem pensar (ou despropositadamente)... E precisamos de muita Caridade, para oferecer mais um pouquinho de nossa Paciência. Assim, agiremos com Justiça e Temperança... e com muita SABEDORIA !!!

Seja paciente... Este é o caminho certo para seguir.

Maria Helena Pereira de Sá

Sites pesquisados para elaboração desse texto:
www.significados.com.br
www.capela.org.br







domingo, 17 de março de 2013

EU ODEIO PERNILONGO !!!!

SIM, EU O-DE-I-O PERNILONGO !!!

E não me fale para passar repelente para me livrar deles. Eu passo repelente de segunda à sexta para me livrar dos desgraçados que voam e residem no meu serviço.
Eu uso calça jeans, mesmo que esteja fazendo 40 graus à sombra... eu passo repelente até no rosto!!! E outro dia, sabe onde um pernilongo me picou??? Na pálpebra.

Eu já tentei repelentes caseiros, incenso e velas de citronela, vitaminas do complexo B, repelentes industrializado, e mesmo assim eles acham um jeitinho de me picar.

Como agora. Em pleno domingo, eu acordo, tomo um banho, visto uma calça (apesar do calor) e venho pra sala de chinelos... Resultado: Em menos de 5 minutos tomei duas picadas no pé!!!

E o pior, não é a coceira insuportável (Já comentei que sou alérgica a picadas de mosquitos?)... O pior é a "neura" de ficar imaginando: Será que era um Aedes Aegypti? Será que ele estava contaminado com o vírus da dengue? Será que esse tipo de dengue eu ainda não tive???

Sim! Eu já tive dengue! Duas vezes para ser mais exata... E da segunda vez, fiquei 3 dias internada no hospital com suspeita de dengue hemorrágica...

SIM!!! EU TENHO PAVOR DE DENGUE!!!

Eu me mudaria tranquilamente para um país não-tropical... mesmo que não fosse abençoado por Deus e bonito por natureza... Eu nem ligo mesmo pra Carnaval... (Chega dessa canção!!)

A verdade é que eu queria morar num lugar onde não houvesse mosquitos, pelo menos não os que se alimentam de sangue humano... Mas especificamente, do meu sangue!!!

Porque será que algumas pessoas são alvo de pernilongos?

Nesse exato momento, estou de calça, meia, tênis e casaco (apesar do calor). E sinceramente, estou pensando em comprar uma burca... O único problema seria, se o maldito mosquito resolvesse voar por baixo da burca...

Melhor comprar uma roupa de mergulho... ou de astronauta!!!! Será que eles tem sistema de refrigeração dentro daquele macacão hermeticamente fechado???

AI, MEUS PÉS ESTÃO COÇANDO!!!..EU ODEIO PERNILONGO !!!!!

(Momento desabafo)
Maria Helena Pereira de Sá

quarta-feira, 6 de março de 2013

Realidade Paralela

22 de fevereiro de 2013 (sexta-feira). "Um temporal inunda a cidade de Cubatão".

No sábado sou transportada para um novo mundo. Um mundo onde as pessoas não se preocupam se as janelas estão abertas quando a chuva chega... porque a água invadem suas casas pelo chão, pelas portas, pelo telhado... vem derrubando paredes e destruindo tudo que encontra pela frente. Um mundo em que não adianta correr para tirar a roupa do varal, pois a água barrenta já está molhando as roupas nos armários...

E as pessoas fogem de suas casas, carregando os filhos nos braços, e procuram um lugar seguro no abrigo público... chegam sem bolsas ou documentos, com as roupas do corpo cobertas de lama... lágrimas nos olhos pela desgraça... ou alívio na alma, por terem sobrevivido...

É difícil reconstruir tudo que se perdeu, o que se construiu durante a vida... mas restou a vida, e a coragem de reconstruir.

E nesse mundo que vivo agora, vejo crianças se divertindo com brinquedos doados... famílias escolhendo roupas e sapatos nas montanhas de peças que centenas ou milhares de pessoas enviaram...

Há dias não vou ao meu local de trabalho... meu trabalho agora é ajudar ! Troquei os projeto, programas e pesquisas, por um trabalho que exige a força dos meus braços, mãos, pernas... Já nem sinto dores musculares ou nas costas... e mesmo ficando em pé por muitas horas do dia, não tenho o direito de sentir cansaço: Porque à noite, tenho minha casa para descansar... minha cama para relaxar. Eu tenho um colchão e travesseiros limpos e secos!!!

Trabalho com uma equipe de muitos rostos, muitos nomes, muitos endereços... Vários estão lá voluntariamente, vários também sofreram perdas na enchente, ou já passavam por dificuldades antes mesmo da chuva chegar. Não temos nomes, não temos preguiça, não temos vaidades... Estamos todos, ajudando desconhecidos... Sentimos que é nosso dever ajudar!

Nunca agradeci tantas vezes por dia, por tudo que tenho... Nunca dei tanto valor às pequenas coisas...

Não tenho razão para reclamar de absolutamente NADA!

E a cada história, a cada conversa, a cada nova doação que temos que desembalar, conferir, registrar... Percebo o quanto as pessoas são boas (mesmo que algumas só despertem nas grandes tragédias).

E nesse mundo onde estou, temos cruzes vermelhas, olhos castanhos, peles claras e morenas, cabelos grisalhos, loiros, castanhos... e somos todos amigos, trabalhando em equipe.

Não sei quanto tempo vai durar toda essa mobilização... Não sei quantas pessoas poderemos ajudar...

Mas sei que quando essa fase passar, VOLTAREI PARA MINHA REALIDADE PARALELA, carregando na alma, uma experiência única (ou talvez não), que certamente me fez crescer e mudar... E me fez enxergar um mundo muito maior. Um mundo com pessoas capazes de torná-lo muito melhor!!!!

Maria Helena Pereira de Sá