domingo, 31 de dezembro de 2017

Be happy

Inside your heart that is a place where happiness live.

You will never find the happiness if you looking for it outside.

I miss people who is far away. But she is inside my heart, so I need to feel happy for it.

There are no distance between my heart and me. And there is a lot of space to love. So I fell happy.

You should try. Look inside and see how many things you have with you. How much love.

You should be happy.

What the eyes can't see the heart can feel. We are close to everyone we want.

Forget the tears, put a big smile in your face, and be happy.

Happiness for you!!! And for me!!!


sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Será?

Em 2018 vou trabalhar menos. Ou me dedicar mais... a uma coisa de cada vez.

Em vez de abraçar o mundo, vou preferir abraçar as pessoas. Por vinte segundos ou mais, pois dizem que é o tempo necessário para trocar energias e se sentir renovado.

Renovar... Talvez esse seja o projeto.

Renovar idéias, renovar o destino, sair do sofá e correr em busca do novo.

As acomodações são boas, mas a espuma está gasta, as molas já não impulsionam pra frente... Nem pra trás, nem pro lado.

Poucas molas, muita amolação.

Os resultados obtidos comprovam que é hora de ajustes de rota.

Não que eu goste de analisar o passado. Já passou. Fim.

Mas ainda que eu não possa mudar o que foi, posso mover o leme agora para mudar o que há por vir. E é necessário olhar para trás, para calcular o grau de inclinação.

Tem muita coisa fora do lugar. E não tem lugar pra boa parte delas.

Tem a saúde gritando. E quando a saúde reclama é porque se exigiu demais do corpo e da mente.

Prefiro tocar viola à carregar piano. (Ainda mais quando o piano nem é meu)

Meu desafio é o novo.

Então... Pode ser a hora de  esvaziar as gavetas, refazer o "projeto", rasgar os papéis  e fazer outras escolhas. Hora de não ter medo e de pensar um pouco além.

O amanhã depende do hoje.

E ainda que eu possa mudar de idéia daqui a quinze minutos....

Agora, eu só quero ir.

(Quem mais deseja construir um mundo novo?)


sábado, 16 de dezembro de 2017

Remédios e tudo mais

Três remédios antes do café da manhã.

Será excesso de idade? Ou falta qualidade na vida?

Congestionamento, preocupação, trabalho de mais e lazer de menos.

Poucas horas de sono, milhões de coisas na cabeça. Cabeça cheia, barriga vazia.

Enquanto a vida passa corrida, a borboleta segue lenta.

O estômago se agita, acidifica. Tensão, ansiedade.

Borbulha o vulcão. Cospe lava.

E os sapos engolidos entalam na garganta.

Se não há amídala, inflamam todo o canal.

Ardor e dor.

E também tem saudade. Com gosto de chocolate demais... Que é bom, mas faz mal.

Saudade que chega de mansinho de vez em quando. E escorre silenciosa no canto do olho.

Saudade de poder proteger do mundo, a criança. E de tê-la nos braços.

Tudo isso e um pouco mais.

Remédios.

Remédios pra tudo, estômago, cabeça, garganta, e até pra borboleta.

Pra saudade, telefone. Que apita, não toca. Sinaliza a mensagem ou fica mudo e calado. Impossível saber o que se passa na outra ponta do continente.

Sob a mesma lua, sob o mesmo céu, torço em silêncio pra que tudo esteja bem. Tudo vai ficar bem.

É preciso acordar e dormir. Mas não dormir tanto assim.

Buscar a felicidade a todos momento. Seu colar de diamantes. Meu colar de diamantes. A luz do sol, que vai voltar amanhã.

Ficaremos bem. Estamos bem. É bem assim.


sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

38 LIVROS

Eu tenho uns 38 livros - Ela disse, orgulhosa de si mesma, revelando seu tesouro.

38 livros!

O número pode ser ínfimo ou pode ser uma quantidade impressionante.

Que jovem, nos dias de hoje, tem livros guardados na prateleira?

Será que todos foram lidos?

Quais serão os 38?

São 38 livros, talvez lidos em uma vida.

Eu tenho livros!

Livros lidos e livros que aguardam ansiosos na mesa de cabeceira.

Tenho livros que se foram e nunca mais voltaram, livros dados, emprestados, doados para a biblioteca.

Tenho livros queridos que são aconchegantes como um casaco velho.

Meu tesouro também!

São 38 ou um pouco mais.

Não tenho livros pra contar. Tenho livros pra ler.

Será?

Ella viajou de volta ao passado,

e encontrou muita luz e poeira, por todo lugar.

Alguns vazios e objetos quebrados.

Ella tentou consertar o que já não servia,

pq tinha o hábito de tentar consertar as coisas.

Poderia deixar pra lá e seguir... mas já estava no passado, e já tinha seguido em frente uma vez.

Ella se perguntou se havia alguma mensagem nessa jornada.

E se perguntou se algum dia sentiria falta do presente também.



sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Como será?

Então ficamos assim...

Não vou dizer nada... E você continuará em silêncio.

Se tivermos oportunidade, podemos conversar por olhares ou por telepatia.

Podemos dialogar em pensamentos e revelar nossos segredos.

Ou os segredos podem continuar ocultos

É, talvez seja melhor calar a voz, e evitar mal entendidos.

Suas palavras podem ecoar em outras vibrações. Meus ouvidos podem criar novas versões.

Deixemos pra lá.

Não precisamos lidar com isso agora... Nem depois.

Podemos ficar assim, não podemos?

E quem sabe um dia, no futuro, a gente possa conversar sobre isso sem rodeios.

Iremos direto ao ponto.

Um ponto tão distante, que não fará diferença se foi bom ou ruim.

Se poderia ter sido.

Mas pensando bem...

Não seria melhor resolver isso agora?

Viver o agora. Abraçar o agora. Se agarrar ao momento.

Mas é assim que ficamos. Parados no tempo. Vendo o tempo passar por nós.

Se você falou, eu entendi tudo errado.

A errada sou eu.

Esqueça. Não dissemos nada e nada diremos.

Então, ficamos assim...

Assim... Sim.

Pensando bem: não ficamos. Ou não pensamos e seguimos um roteiro qualquer.

Vem comigo. Ou não.

Vou contigo. Ou fico.

Então... Que seja!

E assim será.


terça-feira, 7 de novembro de 2017

Quem foi que disse?

Quem foi que disse que eu preciso escolher?

Um partido, um padrão, profissão, uma cor, uma comida favorita...

E quem determinou que uma escolha é uma decisão pra toda vida?

Quem inventou essa história de que o caminho mais curto entre dois pontos é uma linha reta, e portanto, as retas são o melhor caminho?

Quem engessou as opções ou podou drasticamente a oportunidade de mudar de idéia?

De onde vem essa lenda?

Podemos, ou devemos experimentar o todo. Mas só se desejarmos, porque essa também não é uma regra.

Quais são as regras então?

A regra é ser natural.

E eu não disse normal, porque normal não existe. Normal vem de "normas" e nós não precisamos obedecer algo que não cabe em nosso ser.

Somos seres da natureza, somos mutáveis ou somos mutantes, talvez...

Podemos ser como o vento que está sempre buscando os melhores caminhos, entre ramos, entre paredes, nas frestas das portas ou acima dos telhados.

E de repente, sem razão nem porque, muda de direção e vai soprar em outros eixos.

Não precisamos ter medo ou nos envergonhar. Podemos voltar pela mesma calçada e decidir seguir outro percurso.

A decisão cabe a nós.

Mas se tememos uma mudança de planos, se nos prendemos no que deveria ser "para sempre", então será ainda mais difícil decidir.

Nossas dúvidas irão nos paralisar.

Mudar. Mudar a qualquer tempo faz parte de nossa natureza.

As escolhas não são o fim. São só o início de uma jornada. E podem também, ser o início de uma experiência qualquer.

A primavera chegou e o colorido das flores não combina mais com aquele caminho que tomamos.

Aprendemos algumas coisas inúteis e outras que servirão pra vida toda (ainda que não saibamos disso agora). E então, fazemos uma curva, voltamos algumas casas, e seguimos por outra trilha.

Impossível saber se acertaremos um caminho de primeira. Aliás, por que mesmo que um dia quisemos isso?

E as experiências? Os tropeços? A oportunidade de vivenciar algo novo, não só uma, mas inúmeras vezes?

Nosso objetivo pode ser evoluir. Aprender durante toda a jornada.

Ainda que eu pense que a árvore é mais forte que a flor, ambas foram semente um dia. Foram broto.

Cada qual viveu uma história. Foi se formando com o calor do sol e o alimento da terra. Sofreram nas tempestades. Até se tornarem o que são. Dando frutos ou aromas silvestres. Beleza ou sombra.

A árvore é árvore. A flor é flor. Mas até elas podem se tornar algo novo.

São mutáveis, mutantes, como eu e você.

Quem foi que disse que eu preciso escolher entre isso ou aquilo?

Quero provar todos os sabores, caminhar rumo ao norte, retornar. Ver o sol acordar, e se deitar do outro lado do horizonte.

Podemos fazer escolhas sem medo. Sem arrependimento. Estamos tateando a vida, pra senti-la em toda sua plenitude.

Não somos eternos. Nossas decisões também não precisam ser.

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Esvaziando a mente

Como não pensar?

Como se livrar de todas as cenas criadas em um cenário tão perfeito?

Como apagar cada imagem?

E não ouvir os soluços ou os sussurros?

Como esconder os sorrisos, as lágrimas, os olhares?

Como fingir?

Como preencher o vazio sem invadir o espaço de quem precisa se afastar desse buraco negro?

Como?

Como acalmar a mente e evitar o ranger dos dentes e das portas fechando?

Como contar os segredos, se segredos contados simplesmente deixam de existir?

Como não dormir? Não sonhar...

Ou como não passar noites em claro, esperando uma mensagem de oi?

Como pausar a vida?

E como tentar viver em um universo paralelo sem ferir quem está em um mundo real?

Qual dos mundos é real?

Como decidir?

Como me aproximar, derrubando barreiras de tempo e distância?

Ou como me afastar, e aguardar como um girassol, que essa luz venha iluminar minhas pétalas ao raiar de um novo dia?

Como esvaziar a mente e ficar em silêncio?

Como reunir forças? E enfrentar os sentimentos que se divertem nessa gangorra?

Como achar o fim dessa história?

O fim do texto...

Como?

sábado, 28 de outubro de 2017

Ansiedade, o vento leva.

Vez ou outra a mente transborda.

São tantas dúvidas ou reflexões, que não cabem em mim.

Sonhos, imaginação, alegrias, tristezas, desejos, decepções...

Não há caixas para guardar tanta bagunça.

Assim sendo, melhor transbordar. Escrever. Desabafar.

Já perdi o medo que tinha, de expor meu eu interior. Aprendi a revelar meus segredos ou inventar verdades inexistentes.

Como saber o que é real e o que é fruto da imaginação?

Como saber? Se nem mesmo eu sei...

Inspiração vem como vento noroeste. Arrasadora, avassaladora, derrubando tudo e deixando rastros.

Depois passa, vem a calmaria. O silêncio da mente.

Vez por outra, sou capaz de guardar segredos. Acalmar o espírito. Meditar e dormir.

Outras vezes me foge o sono.

Corro em busca do sossego. Desesperada, em busca de paz...

A paz oculta na escuridão da razão.

Permaneço na luz... mas a cada piscar de olhos, vejo flashs de uma outra realidade.

O amanhã não conheço. O passado se foi.

O presente é uma pedra. Esperando a ventania passar.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Sobre o sol... (Facebook 2015)

Eu amo o sol
Amo o calor e a energia que ele irradia
Amo a sensação de estar sendo abraçada por seus raios
Amo sua luz que nos permite enxergar uma infinidade de cores, onde os verdes são mais verdes, o azul é mais azul.
Amo fechar os olhos e sentir que não estou sozinha. Estamos juntos, eu, o sol, a natureza.
Vejo as formigas apressadas, aproveitando o lindo dia pra trabalharem incansáveis em busca de seu objetivo.
Vejo as plantas "clorofilando"
Ouço pássaros alegres. Assim como eu.
Amo o sol e o sol me ama também.

#aproveitandooDia
#QuemNãoTemPraiaSentaNoChão
#oQueImportaÉCurtirODia

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Entre tempos

Com sua licença, vou fechar as cortinas.

Vou me perder em meus pensamentos e mergulhar em palavras sem sentido algum.

Não tente espiar. Não tente entender.

Vou me deitar na areia da praia e torcer para que o barulho das ondas possa encobrir todos os sons ao redor. E os ruídos da minha mente.

Vou fechar os olhos para enxergar o mundo de uma outra dimensão.

O mundo que deveria existir.

Vou sonhar acordada novamente, enquanto caminho, sonâmbula, por entre os corredores desse enorme mercado.

Mercado de pulgas.

Sinto coceiras na alma. Em lugares que não sou capaz de alcançar.

Sinto frio, apesar do sol que brilha através das cortinas.

Talvez me faltem braços. Cheiros com certeza me faltam.

Viajo à velocidade da luz. Não. Viajo mais rápido. São pensamentos.

Estou lá e aqui. E não estou em lugar nenhum.

Sempre evitei pimenta, sapato apertado, leite quente, cadeiras com tachinhas.

Mas evitar tudo não me liberta das experiências que preciso sentir.

Fugir não é a melhor opção. Eu sei. Nunca foi.

É preciso enfrentar também essa fase. Ela passa. Tudo passa.

Sentiremos saudades também da escuridão. Então, que seja. Vamos aproveitar o breu.

No próximo alvorecer tudo será diferente. E novamente, devemos aproveitar.

O som das ondas não encobre o barulho ao redor.

Concentre-se!

O amargo da fruta também é um sabor.

Mas é doce o teu olhar.

Adoce-se.

Posso fechar as janelas e as cortinas, mas isso não impedirá o vento de seguir seu rumo.

Com sua licença vou reabrir as cortinas.

Vou vestir meu sorriso e esperar os olhos secarem ao sol.

Logo esse ciclone se desfaz. Logo poderei usar meu novo guarda-chuva para nos proteger das gotas de outras tempestades.

Aguardo ansiosa.

Até já!

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Só o sol

Todo o universo se forma em torno do sol

Planetas seguem seus caminhos, em torno do sol

A luz que nos ilumina e a sombra que nos acompanha...

Sol

O calor que nos abraça, a certeza de um novo dia...

Outras estrelas também brilham no firmamento...

Nenhuma brilha como o sol

E na noite escura, quando ele irradia do outro lado do planeta...

Me sinto só.

Só o sol é capaz de entender a necessidade das plantas.

E se demorar, aguardando pacientemente, o processo da clorofila.

O sol é a musa das flores, que o admiram de leste a oeste, esquecendo o maravilhoso mundo que as cerca, para olharem somente para o astro rei.

O sol. Girassol.

A flor não pode seguir o sol.

Ele tem o mundo, ela tem um pedaço de chão.

Então, aguarda. Espera ansiosa. Confiante. Feliz, porque sabe que o sol vai voltar amanhã.

E então...

Mais um dia nublado.

Sol. Onde estás agora?

Ilumina minha face...

Sol.

Só o sol me faz desabrochar: flor.


sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A message to read in another day.

Today is my daughter's birthday. And she is living in another country.
So I send her this message:

"Aug, 25th
6:53

Hey baby!

Welcome to the world (again)!!!!

There are so many things to say... But I will write to you read another day...

Now, I will say:
ENJOY YOUR DAY!!!
BE HAPPY, HAPPY AND MORE HAPPY!!!
IT'S AN AMAZING EXPERIENCE, MAKE IT THE BETTER YEAR OF YOUR LIFE.

Vou guardar os beijos de hoje, pra te dar logo mais (em junho... Hahah)

KEEP SMILING, I LOVE YOU❤❤❤❤❤"

So, I will write a entire message here.

Aug, 25th
6:53

Hey Baby!

Welcome to the world (again)!!!

The same things I could tell you in 2000, can be good at this time.

This world is so big. There are different things that the place you are before now.

Sometimes you will feel confused. Sometimes you will fell afraid. Sometimes you will fell scared.  And probably, many times, people will not understand your feelings, and all you will wanna do is cry. How much loud as you could.

But, don't worry!!!!

There are thousands people around you, that will love and protect you all the time.

And inspite of all those feelings, many times, you will just need a hug and a time in someone's arms.

Don't worry and don't be sad!!!

You will learn countless lessons:

A new language to communicate with everybody.

Walk by your own legs

Discovery so many things.

You will discovery that you won't need my arms (our arms) or hands all the time.
But you will be sure that they are open to receive you any time you need.

You will do your own way. And we will watch you growing up. Your mistakes and correctness. Your falls and the strength of your raise.

Well, today, in 2017, I am felling like in your first day at school.
You said goodbye, and went happy and smiling with the unknown teacher. It was wonderful for you. You would learn new things. And it was hard to me, I needed to learn how to go of your hand.
We grew up that day.

Aug, 25th 2017 - Today is another day to grow up.

Honey, I love you so much.
And I will keep with me all the hugs and kisses I can not give you now.

Then, be prepared for the day that I will give it to you.

Kisses baby!
Welcome to this amazing world!!!


(Sorry for my English. Google help me sometimes)

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Quem é você?



Alice corre atrás do tempo.

Tentando entender o que não pode entender.

Ela acredita no país das maravilhas.

E tem amigos loucos, não tanto quanto ela, que se reúnem de vez em quando para tomar chá (ou comer alguma coisa)

Alice admira as flores, conversas com plantas e insetos, Alice faz amigos por onde passa.

Alice discute com o gato, os assuntos da vida... E ele some de repente, deixando-a mais confusa do que antes.

Alice sorri também.

Ela se sente enorme e logo depois se sente miúda novamente, alternando tamanhos e sentimentos.

Alice se aventura, enfrenta seus medos. Tudo é maravilhoso no país das maravilhas...

E depois, Alice descobre que era tudo um sonho.

Não sei... Me identifico com Alice.

Talvez seja hora de parar de correr atrás do tempo, e sentar um pouco para tomar um chá.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Sem lógica

Procurando motivo pra me preocupar.

Qualquer coisa que preencha meu tempo para que eu não sinta ele passar.

Um milhão de tarefas, sem poder me concentrar em nenhuma delas.

E as agendas se sobrepõe.

Procurando resolver todas as coisas, enquanto seleciono mais uma dúzia de coisas pra resolver.

O foco é atingir a linha de chegada com a sensação de dever cumprido ou é cumprir todos os deveres antes da linha de chegada chegar?

Inspirar, expirar, dormir, acordar, correr...

Devagar...

Pensamentos que não param.

Alegria, medo, dúvidas, certezas...

Calma... Ansiedade...

Calma....

Fé!

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Meditando

É preciso ser árvore para dar folhas, flores e frutos.

Para dançar com os ventos e abrigar seres de outras espécies

E sendo assim, árvore não és.

É preciso ser rocha para enfrentar a força das águas.

Para uma a uma, construir um castelo.

E sendo assim, rocha não és.

É preciso ser gente para compreender as necessidades do outro.

Para apoiar e cooperar com seus semelhantes.

E sendo assim, gente não és.

O que sois então?

Como podes recostar a cabeça em um travesseiro e dormir o sonho dos justos?

Como não se questionar sobre a própria existência?

Sois brisa talvez, que passa sem grandes movimentos, mas que tem também seu valor.

Quem sou eu, para questionar a existência do outro?

Ponho-me em meu lugar e aceito também, minha insignificante existência.


sábado, 29 de julho de 2017

Dicionário da alma



Dormir é o descanso dos justos e o refúgio dos depressivos.

Sonhar é coexistir em um mundo paralelo.

Querer é a angústia dos seres.

E aceitar o que se tem é a consolação dos desolados.

Desejar é a busca intranquila. O anseio do conforto.

Olhar é o contato sem contato. Mais palpável que o toque.

O abraço é o abrigo das tormentas.

O beijo é a conexão das almas.

O próximo passo é o início da escalada.

O ápice é o princípio da queda livre.

Seguir em frente é ignorar o agora em busca de algo melhor. Ou uma forma de não ter que tomar decisões no momento.

O agora é, as vezes, tudo que se tem. Mas também pode ser o desvio de toda a caminhada.

O futuro é mais que um mistério. É uma sequência de agoras. É inexistente e indecifrável. É o que nos consome, enquanto bate o pêndulo do relógio do tempo.



sexta-feira, 28 de julho de 2017

E a vida segue...

E agora?

O que eles vão fazer?

Seus olhos já contaram todos os segredos.

O silêncio já revelou o que as vozes caladas teimam em não dizer.

O instante pode durar uma eternidade, enquanto o mundo simplesmente para de girar.

O copo está totalmente vazio, mas também está cheio, repleto, transbordando...

Nada a fazer, nada a dizer... Conversas infinitas sem nada revelar.

E agora?

A neblina se dissipou e o caminho está claro.

O sol brilha no azul do céu.

Norte ou sul, leste ou oeste. Nenhum mapa à seguir. Nenhuma bússola ou estrela vai indicar onde ir.

Eles poderiam se recostar na relva e admirar as nuvens do céu.

Poderiam olhar para frente e esquecer os problemas do passado e do futuro.

Poderiam viver o agora e sentir o calor do sol.

Poderiam. Ou podem. Ou devem.

Mas nenhuma peça se move.

O jogo segue.

Eles seguem.

E o agora deixa de ser agora.

Talvez seja um dia, talvez seja nunca mais.

O instante pode durar uma eternidade, mas o mundo continua a girar.


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Será que é pra ser assim?

Sou da paz

A guerra ruge por todos os lados enquanto caminho empunhando uma bandeira branca nas mãos.

Sou da paz.

Vejo bombas explodindo e sigo sorrindo, fazendo amigos. (?)

Será?

Por muitos instantes não me incomodo com nada, e vou pacificamente, trilhando os campos minados.

Não tenho armas, não carrego granadas. Posso até explodir por dentro, mas tento controlar os estilhaços.

Algumas vezes fracasso nessa missão.

Sou Francisco. Teresa. Tantos outros os quais admiro.

E simultaneamente, não sou ninguém.

Sou pó. Semente que não vingou.

Sou alguém que chegou aqui sem plano de voo.

Os mapas estavam errados, os projetos falharam. (?)

Será?

Na paz da consciência, acredito que tudo é, por uma razão de ser.

Que sou assim.

Posso mudar, esbravejar, gritar, brigar com o mundo.

Mas se for igual aos demais, não serei mais eu.

Serei só mais um.

E a paz não estará em mim. Mas ela já não está.

Sendo da paz, pertenço a ela. Mas ela não me pertence.

Furtei-me de mim. E deixei de ser quem eu era. Perdi a paz e a tranquilidade.

Onde está a calmaria agora?

Onde estou? Como foi que cheguei aqui?

Devo seguir assim?

A paz se foi.


quarta-feira, 12 de julho de 2017

Fim da linha? Não. É só o início

Um turbilhão de emoções.

Todos os átomos se agitando simultaneamente.

As células, os neurônios, as descargas elétricas, quase posso ouvir os ruidosos movimentos que vem de dentro.

Cabelos caem, unhas quebram, dentes roem, pensamentos infinitos como sempre foram, mas agora, voando bem mais longe.

O coração bate aceleradamente. A vida não para.

Conhecendo cada entranhas do meu ser, desconheço esse momento e essas reações.

Não sei como processar tantas informações.
Pressa de resolver tantas coisas, sem pressa para o tempo passar. Por hora.

Variações de humor tão abruptas quanto os traços de um eletrocardiograma.

O coração no comando. Bombeando alucinado, sangue, oxigênio, hormônios, sensações.

Sou sol, chuva, tempestade, furacão em um mesmo dia. E sol novamente.

O tempo soa como bomba relógio. Apitando mais depressa a cada minuto.

Pensando bem... Já me senti assim antes.

Pensando bem... As sensações são as mesmas, mas as opções diferentes.

Preciso respirar. Olhar para o teto e admirar as estrelas. Ou me entregar às estrelas do universo que há lá fora.

Não existe fim da linha. O planeta é redondo, a vida é cíclica, e depois do inverno vem a primavera e o verão.

Essa incerteza é só uma neblina. Uma cortina de fumaça que vai se dissipar.

Viver faz parte da vida.

Nem sempre é possível enxergar os grandes monumentos, observando o primeiro croqui.

Mas na mente do artista, duas linhas são bem mais do que traços.

Paciência, confiança e coragem, para enfrentar os desafios que virão.

Concentração.

Viver o hoje é melhor que antecipar o amanhã.



domingo, 2 de julho de 2017

Posso te contar uma coisa?

Perdi a fala novamente,

Penso, penso e não sei o que dizer.

Também eu, tenho perguntas sem respostas, ou respostas que não se encaixam em nenhum lugar.

Tento imaginar o que se passa nas outras mentes, mesmo sabendo que a mente é um labirinto indecifrável.

Fico quieta, calada, pensativa, tentando elaborar alguma forma de me expressar. E nada vem...

Tentei escrever mensagem, e-mail, bilhete... Mas tudo é frio e impessoal.

Devia ter repelido meus medos, de soar falsa ou vazia, e ter agido como agem os amigos quando não tem nada a dizer.

Devia ter te dado um abraço. Silencioso e verdadeiro. E nele, você saberia que te desejo sempre o melhor.

Não sei como poderá resolver seus horários agora. Não sei seus planos e suas mágoas.

Pois também me fechei, e não ficou espaço para uma conversa.

Tive medo, como você, enquanto repousou. Medo até de perguntar... E um grande alívio em saber que tudo estava bem.

E então, diante das reviravoltas da vida, paralisei.

As vezes, quando me deparo com perguntas sem resposta, busco frases feitas para aliviar minhas angústias:

"TUDO NO FIM DÁ CERTO. SE NÃO DEU CERTO... É PORQUE NAO CHEGOU NO FIM"

Ou então, entrego as dúvidas nas mãos de Deus. E tento lembrar, que Ele sabe o que faz.

Enfim, perdi a fala novamente, e recorri ao caminho que é mais confortável pra mim: Escrever.

Mas sei que não é pelo caminho confortável que se demostra o que realmente se sente.

Quando não há o que dizer, um abraço apertado diz tudo.

Te devo isso.

Sei que em breve, nossos caminhos se cruzarão novamente. E espero que seja assim sempre.

Porque torço muito por você! Tenho acompanhado sua evolução a muito tempo. Suas derrotas e suas vitórias.

Quero ver de perto essa nova caminhada e a chegada da grande benção.

Os grandes sonhos, se tornando realidade.
Um colar de diamantes reluzindo em sorrisos.

Te devo um abraço apertado. Para que saiba que tudo isso não é nada, e que a amizade permanece, com o desejo de que todas as estradas, os desvios, as mudanças, sejam para te trazer caminhos mais floridos. Dias cheios de carinho, e pequeninos sorrisos.

Que a cada dia, aja muitas alegrias para registrar no caderninho.

Esse texto é pra você!!! Amyga com "y". Beijos, abraços e muita luz.

terça-feira, 20 de junho de 2017

Sem rumo.

Perder-se pode ser uma surpreendente viagem.

Caminhar sem rumo, sem amarras, na companhia de seu verdadeiro eu.

Parar por instante e admirar uma pedra.

Seguir.

Contemplar o infinito.

Sem perguntas. Sem respostas. Sem conversa fiada pra cumprir tabela.

Despreocupadamente, aceitar.

Aceitar um caminho sem rumo. Um momento sem pressa. Aceitar a pedra do jeito que é.

Observar o mundo. A fragilidade das asas das borboletas. A brevidade da vida.

Perder-se é não ter compromisso com nada. Apenas com o norte.

O caminho certo está lá, em algum lugar. Mas não há necessidade de buscar o caminho certo em alguns momentos.

A única certeza é o caminho que se segue, quando está perdido. E isso às vezes, também é uma benção.

domingo, 18 de junho de 2017

Criança é tudo de bom.

Gente miúda sabe tudo.

Se diverte com nada ou com quase todas as coisas.

Não conta o tempo, não tem segredos, cai e levanta com a mesma energia de antes do tombo.

Gente miúda não olha as horas. Vive o momento. Te ama ou te odeia em um segundo. E não tem medo de demonstrar sentimentos.

Gente miúda ri sem pressa. Abraça sem cerimônia. Segue em frente sem olhar pra trás.

Pequenos gênios.

Chegam ao mundo puros,  sonhadores, criativos, sem medo, fortes. Miúdos no tamanho, gigantes na alegria de viver.

Depois crescem, podados, com alguém "ensinando" o certo e o errado. Ensinando a contar o tempo, a ansiar pelo futuro e sentir falta do passado. Crescem apressados, tentando alcançar o amanhã.

Perdem a miudeza, a pureza, a inocência, a alegria, a confiança na entrega.

Desconfiados, pensam mil vezes antes de agir, e se arrependem do que não fizeram.

Ou agem impulsivamente e se arrependem também.

Porque vivendo no mundo das mil e uma possibilidades, se esquecem de aproveitar os momentos únicos e infinitos do agora.

Talvez por isso, eu goste tanto de gente miúda. Pequenas fadas e gnomos. Duendes das florestas. Vagalumes que iluminam a noite como estrelas. Asas de beija-flor, que não param e por isso tem seu encanto.

Gente que nasce pra ser feliz. Por que ninguém ensinou a sofrer, ainda...

Gente miúda me seduz. E faz despertar a mesma alegria do momento. O poderoso agora. Sem hora pra acabar.

E sorrimos juntos, rimos à toa...

É inevitável crescer, mas é possível manter o brilho nos olhos, o sorriso nos lábios, o coração repleto de inocência e amor. É possível manter a alma leve, ainda que as cargas da vida se tornem pesadas.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Sem limites para sonhar.



Quantos tons de azul tem o infinito?

Quantos infinitos são realmente reais?

Quanto tempo a onda leva pra esculpir uma rocha?

E por que os vulcões adormecem depois de um curto período de atividade?

Quantos terremotos são necessários pra encaixar perfeitamente as placas tectônicas?

Ou será mesmo que elas devem se encaixar?

O movimento dos ventos, o curso dos rios, nunca param...

Por que será que pensamos que somos mais sábios que a natureza?

Por que pedimos para as crianças se sentarem quietas?

O mundo é inquieto.

Como minha alma...

O desejo de transformação é mais que um desejo. É a natureza que habita dentro de alguns.

Observo cada passante, cada gesto, cada angústia...

É preciso libertar as angústias. Libertar a lava quente que arde as entranhas.

É preciso insistir, como o mar. Avançar, recuar, mas nunca estagnar.

Se revoltar as vezes, e derruba as muretas, invadir as vias, mostrar a tudo e a todos, que nada pode barrar as forças da natureza.

Da minha também não.

Cada um escolhe o tamanho de seu mundo e o meu é infinito.

Sem cercas, sem barreiras, sem limites impostos.

Tremo por dentro, num abalo de larga escala, a cada vez que sinto peças se encaixando em um quebra-cabeça estático.

Um quadro, pendurado na parede.

A moldura não se ajusta à minhas formas em constante transformação.

Então, recorro ao azul. Do mar, do céu, dos olhos, do infinito.

Lá, posso enxergar que não é necessário estar certo ou errado.

Só é necessário estar inteiro.




segunda-feira, 29 de maio de 2017

Nem sempre é fácil

Quando você se questionar se todo o esforço vale a pena,

Quando você se perguntar porque 99% das pessoas pensa diferente de você, e achar, por instante, que todos devem estar certos e você não,

Quando você concluir que talvez seja hora de agir como agem as pessoas que estão ao redor.

Nesse momento, concentre-se.

Ouça a voz que vem de dentro de você. Ainda que ela seja apenas um sussurro fraco, sem coragem de bradar aos sete ventos o que você deve mesmo fazer.

Ouça essa voz.

Ela te levará pelo caminho que sua alma clama.

Não haverá obstáculo, no caminho que seu coração traçar. Porque ele sabe o que faz. E ele não se arrepende das atitudes que toma. Somente se arrepende do que deixa de fazer.

Você chegará em um oásis, à sombra de lindas árvores, às margens de um sinuoso rio.

E conversará com um sábio que adquiriu seu conhecimento direto da mãe natureza. Conversando com as plantas, tocando o solo, regando mudas.

Nenhum professor será capaz de ministrar sua aula com tamanha emoção.

Por alguns instantes, ou horas, o tempo vai simplesmente parar. E você vai se deixar ficar mais um pouco, sem pensar nas milhares de coisas que ainda tem pra fazer.

Depois, de tanto receber, sem ter nada para dar, além de gratidão, você vai voltar para sua rotina, banhada em ondas do mais puro oxigênio.

Caminhando pelo bosque que te segue na longa rodovia.

Suas companhias, mudas e caladas, serão as melhores ouvintes. E te acompanharão em uma prece de agradecimento.

Seguir o seu caminho, independente das loucuras que enxergam em seus atos, te fará ser grato. Aos céus,ao universo, à terra, às árvores...

Ser grato às pessoas que ainda teimam em acreditar.

Pode ser que nossas raízes se fiquem em terrenos distintos. Pode ser que não se fixem fortemente à lugar algum. Pode ser que seja difícil nos dias difíceis...

Mas nossas folhas sempre buscarão o calor do sol. Buscarão a luz e o céu.

Cresceremos até que brotem as flores, e os frutos... Ou até que sejamos abrigo.

O que importa é que nossa verdade jamais deve ser oprimida pelas palavras de quem não acredita em nossos sonhos.

Realizar o que desejamos é que nos motiva a continuar.

Não tentar está fora de cogitação.


sábado, 27 de maio de 2017

Caminhos

Viadutos me fascinam.

A busca pelos melhores caminhos. O traçado das rodovias. Retas. Curvas.

O desenho das linhas que cruzam mapas me encanta.

Centenas de anos desenvolvendo tecnologias e projetos para ligar o ponto "A" ao ponto "B".

O caminho certo, nem sempre é o mais fácil de seguir. Mas é sempre a melhor escolha.

Entretanto, todas as escolhas dependem de um objetivo.

Os túneis cortam montanhas. Reduzem o tempo da viagem. São excelentes quando o foco está no ponto final.

Mas e o caminho?

O percurso também é parte da jornada.

Paredes cinzas, luzes artificiais, oxigênio saturado não preencherão seus dias nem despertarão os seus sentidos.

São os viadutos que te colocam em um novo patamar. Passando por cima das barreiras sem prejudicar nada nem ninguém.

Seguindo sob o céu de um azul infinito, sentindo na pele o toque dos raios de sol, e transmitindo o calor do que arde dentro de cada um.

A paisagem mudando a cada segundo, a cada curva. Seguindo em frente, sem sair da rota, mas aproveitando cada instante, de cada segundo que vem e que vai.

A rodovia é expressa, mas a vida goteja no coador do tempo.

Alguns trajetos são curtos. Alguns trajetos são duros. Alguns são longos e entediantes.

Sempre haverá túneis. Longos e obscuros.

E sempre haverá viadutos, trazendo uma nova perspectiva à viagem. A possibilidade de contemplar o que nos cerca, sem desviar da via que escolhemos seguir.


sábado, 20 de maio de 2017

A tristeza não me serve mais.

A única forma de eliminar o vazio, é parar de olhar para ele, e começar a olhar as pequenas coisas que te deixam um pouco mais contente.
No início, anotar isso todos os dias. Pq só escrevendo, vc vai perceber que existem coisas boas ao redor. Pequenas coisas que nos fazem felizes:
Na quarta: "uma conversa gostosa", "uma sobremesa", "uma mensagem que li"
Na quinta: "sair com amigos", "uma música", "brincar com meu pet"
Na sexta: "um dia de sol"
No sábado: "comer no japonês"

Aos poucos, a pessoas vai preenchendo o vazio com pequenas coisas. E vai perceber, que quando a tristeza chegar, tem várias formas de manda-la pra longe. Vai marcar um cinema com os amigos, vai passar na padaria pra comprar um sorvete... Xô tristeza, xô desânimo. Xô quarto escuro e solidão. Não te quero mais.

Aos poucos, os olhos estarão tão treinados, que nem será necessário anotar, ou olhar as anotações. Assim como​ a pessoa reparava nas pedras pontiagudas do caminho, a cada passo, ela passará a notar as pequeninas flores que brotam na margem da estrada.

E perceberá, que nenhum outro alguém poderá trazer, ou tirar isso dela. Pq a felicidade está ao alcance das mãos. Mas precisamos cultiva-la pra ela brotar.

Haverá um momento, que teremos a certeza de que ninguém é mais feliz que outro.
Cada um carrega suas próprias dores, mas cabe a eles mantê-las expostas na sala de estar ou guarda-las no baú escondido no quartinho dos fundos.

Não é fácil sair da escuridão. Não é fácil sair do fundo do poço.
É preciso força e coragem pra enfrentar a escalada.

Se não tem forças, peça ajuda.
Se não tem coragem nem pra isso. Revolte-se contra esses sentimentos.
Faça o contrário do que a mente mandar.

Se a mente busca a solidão. Procure companhia.

Se a mente quer escuridão.
Se abra para a luz do sol.
Abra portas e janelas.

Nem tudo está perdido. Você não está perdido.

Só existe uma saída no poço.
Você precisa subir.

Colecione pequeninos bons momentos, aprenda a ver o que te faz bem. E quando não encontrar uma coisa no seu dia, que te deixou feliz, vá fazer algo que deu esse resultado nos dias anteriores. Dê um abraço em alguém. Troque energias. Recarregue as suas.

O poço ficará tão repleto de pequenas alegrias, que a tristeza perceberá que esse não é mais o endereço dela.

E vocês seguirão por caminhos diferentes.

É claro, que se encontrarão muitas vezes. Mas não se apegue a ela de novo.

Vocês tem rumos diferentes a seguir. E você já aprendeu a cultivar suas pequenas felicidades.

Elas brotaram. E seu jardim não tem espaço pra ervas daninhas  nem pragas que destroem plantações.

Um dia, esses sentimentos de agora, serão apenas uma roupa velha, que não servem mais em você.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Um novo olhar


Estava lá o tempo todo, mas foi só mudar o ponto de vista que se tornou algo totalmente novo.

E é assim muitas vezes.

De repente, paramos de enxergar o que nos cerca, porque nos é comum.

Esquecemos o que está diante de nossos olhos, enquanto tentamos alcançar aquilo que está distante de nós.

O belo se torna invisível.

O invisível ao alcance dos dedos.

E os olhos cegos, imóveis, cristalizados e sem cor.

A beleza perdida na correria dos dias. À luz da rotina.

Mas então, uma pausa. A sala escura, a mente vazia. Os sons da natureza, no equipamento eletrônico.

Os peixes nadando em um mundo limitado de água, pedras, bolhas e luz.

E da luz, fez-se um novo horizonte. Um novo foco.

O que era velho se tornou novo e belo. E sendo belo, adquiriu um novo valor.









terça-feira, 16 de maio de 2017

A Lua

Se eu tivesse que roubar a lua, roubaria seu brilho e sensualidade.

Chegaria assim de mansinho, na calada da noite, e me esconderia entre suas planícies e vales.

Saltaria a passos lentos, de cratera em cratera, até roubar todos os seus mistérios.

Me faria minguante, pra me esconder em suas faces escuras e depois, crescente, cheia, furtaria ligeiramente, cada fase, cada fugor.

Aos poucos, não haveria nada no lugar da lua, somente uma doce saudade e o silêncio, dos uivos, agora calados.

Se eu tivesse que roubar a lua, a roubaria da noite pro dia.

E a lua tão linda, jamais se esconderia entre as nuvens do céu.

Sim, sou incapaz de roubar a lua.

Mas se pudesse rouba-la, eu a daria para os poetas...

E mesmo sem lua no céu, a humanidade ainda teria o feitiço da lua. Nos versos dos poemas, na letra das canções.

Mesmo sem lua, eu ainda amaria a lua que conheci um dia... ou em uma noite.

A lua que inspira e encanta. A lua dos poetas. A lua que roubei em segredo, e abracei em silêncio, guardando o momento somente pra mim.


domingo, 14 de maio de 2017

O vento

O vento passa apressado, carrega folhas, derruba vasos...

Espalha a pilha de papéis que estava sobre a mesa.

O vento bate portas, como um filho aborrecido.

E segue em frente, correndo como correm os animais da savana ao fugir dos predadores.

Ou talvez o vento, seja o predador.

Vem com violência, derrubando galhos ou árvores inteiras.

Levanta a poeira, tira tudo do lugar e de repente vai embora. Deixando para trás os rastros do estrago que fez.

O vento...

Esse vento que alguns adoram e outros abominam, vem e vai sem razão nem porque.

Ou razão ele tem, mas não conta.

Passa depressa porque tem pressa.

Vai voando, ventar outras ventanias.

Não olha para trás, o vento, porque o passado passou. Se foi.

E tudo se acalma. Os pássaros voam novamente, as sementes se espalharam pelo mundo, e vão brotar em outras bandas.

Nenhuma brisa. Nenhuma saudade do que era ventania.

Tudo calmo, podemos seguir...




segunda-feira, 8 de maio de 2017

Coração entre as estrelas


Eu amo o sol
Mas sou apaixonada pela lua

Ele me aquece, me acolhe
Ela me fascina, me encanta

Ele ilumina meus dias, clareia meus breus
Ela é luz que reina na escuridão.

O sol é o rei, e diante dele, me curvo.  Me banho em seus raios, recarrego as energias.

A lua é luz que reluz, como o brilho dos olhos, como a brancura dos sorrisos.

Entre o sol e a lua, me divido em muitas fases.

Sou eclipse, que hora se esconde, hora se sobrepõe.

Me levanto com um e me deito com a outra.

Tenho o coração perdido nas estrelas.

Tenho certezas que se transformam.

Tenho humores estranhos que nascem à leste e se põe à oeste.

A lua me seduz, o sol me abraça.

Enquanto eles dançam a valsa dos céus, meus pensamentos viajam à velocidade de um cometa...

Sou um universo de inspirações.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Nada mais

Tem gente que nasce sem sonhos.

Triste como borboleta sem asas.

Gente que anda pelas cidades como zumbis sem rumo.

Tem gente que acorda e trabalha. E de noite, dorme cansado de tanto trabalhar.

E dia após dia vive a mesma rotina.

Gente que não planeja nem deseja coisa alguma.

Não lhes é permitido sonhar. Porque não foram apresentados à possibilidade de querer mais.

Se tudo falta, como podem querer algo mais?

Um novo dia já é um presente. Ou um novo pesar.

Os sonhos não custam nada. Mas custa a passar a dor, daquilo que não deu certo outra vez.

Não sentir, é a melhor forma de não sofrer.

Não sonhar é aceitar tudo que se tem e viver simplesmente assim


quarta-feira, 3 de maio de 2017

A chama apagou

Os sorrisos luminosos se foram.

Opacidade onde antes havia o brilho do olhar.

A luta tornou-se um fardo pesado.

O amargor do bombom. A dor. A incerteza.

De repente, todas as vitórias perdem seu valor.

Nuvens negras cobrem os raios de sol.

Nenhum lugar é capaz de suprir o desejo de estar em lugar nenhum.

O poço é tão fundo que não há gota de água que possa alcança-lo. Nem mesmo as lágrimas de olhos áridos, ressecados de tanto chorar.

Cortinas cerradas. Chamadas perdidas. E a porta trancada pela eternidade do agora.

O tempo se arrasta...

Nada passa. E a sensação de vazio preenche todo seu ser.

A chama apagou, mas a vela continua de pé.

Sem pressa, sem prece, sem sedução.

Apagada a vela é apenas cera. E o homem é apenas pó.

Que a chama retorne. E queime. E possa de novo arder.

Que voltem os sorrisos, as alegrias, o brilho dos olhos e o doce sabor dos bombons.

domingo, 30 de abril de 2017

Tentei fugir de meus pensamentos,
Mas eles me perseguiram por todo lugar.

Tentei imaginar que tudo era imaginação,
Mas não consegui convencer as minhas certezas.

Me aproximei, me afastei, fiquei parada no meio do caminho...

Não pude escolher que estrada seguir pois a neblina cobria a minha visão.

Pode ser que o tempo mostre que tudo vem à seu tempo.

Ou não vem.

E ainda assim, devemos agradecer.

Algumas vezes tudo passa.

Algumas vezes nada vai passar.

Tentei prever o futuro. Rever o passado. Entender o presente.

Tentei fugir de meus pensamentos, mas eles me perseguiram por todo lugar...




sábado, 29 de abril de 2017

Paixão sem culpa


Ando apaixonada por esse tal de Fernando...
Essa Pessoa que se confessa um "fingidor", e valoriza cada momento, porque "tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Esse alguém, com vários nomes, e várias histórias. Que se divide em diversos autores, sem perder seu verdadeiro eu.
Perturbado? 
Talvez...
Mas que artista não é?
Sensível...
Nas palavras e no olhar.
Fomos apresentados no passado distante, nos livros do antigo colégio.
Pessoa que me fascinou. E me fascina ainda hoje.
Procuro saber mais sobre Fernando. Ler mais. Tentar entender, e acima de tudo, decorar seus poemas.
Assim, permanecerá vivo por muitos anos, como permanecem os escritores. 
E ao enfrentar os perigos da vida, ou quando estiver a admirar o mar, ecoarei suas palavras, sem jamais esquecer que, também eu,
"Tenho em mim todos os sonhos do mundo"
*Fernando Pessoa


terça-feira, 25 de abril de 2017

Hora do Recreio

Existe um lugar, na praia de Santos, onde um navio encalhou no ano de 1972.

Já faz 45 anos que esse fato ocorreu, e apesar de todo esse tempo, restos do casco ainda estão enterrados na linha do mar.

A área, cercada por gravetos, sinaliza os desavisados sobre os riscos de nadar ali.

Muita gente vai e vem, caminhando, correndo, brincando, mas poucos reparam nos restos de um navio que encalhou. Que navegou um dia, mas morreu na praia.

Recentemente, descobri a importância de me sentar aqui, nessa praia, e admirar esse trecho de mar, nesse lugar que a muitos anos eu já chamo de meu.

Quantas dezenas, talvez centenas de pessoas já tentaram executar a difícil tarefa de remover a carcaça apodrecida da beira da praia?

Quantos deles puderam avançar milímetros nessa missão?

Quantos passaram noites em claro?

Sentada na calçada, sentido na pele o calor do sol ou a brisa da noite, tento aprender uma dura lição.

Nem todas as soluções serão imediatas.

Nem sempre é possível conseguir o que se almeja.

Muitas vezes, é necessário esperar o tempo certo das coisas. As fases da lua, a tábua da marés.

Enquanto a ansiedade nos consome, o resto de um navio aguarda pacientemente, que um dia, possa ser retirado do mar. Ou seja finalmente consumido por ele.

O resultado final, é impossível saber.

É preciso esperar. Observar o movimento das ondas. O movimento da vida.

E isso não significa que devemos desistir, ou esperar que as coisas se resolvam sozinhas....

Significa que de vez em quando, é necessário fazer uma pausa, colocar uma vírgula. Esfriar a cabeça e aproveitar o Recreio.

Logo mais, será hora de novos desafios.

Por isso, não podemos esquecer de curtir o intervalo.


Maria Helena Pereira de Sá.
*Curtindo a Hora do Recreio

Nota: O nome do navio encalhado em 1972 é Recreio.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Como mudar o mundo?

Nós queríamos mudar o mundo, mas não sabíamos por onde começar.

Queríamos ter as soluções para os problemas sociais, econômicos, ambientais, mas não conseguíamos inventar essas soluções.

Nós assistimos, passivamente, as notícias do jornal nacional e nos sentimos cada vez mais frustrados...

E buscando exemplos, buscando inspiração, buscando uma saída pra confusão que nós cerca, nos encontramos cada vez mais perdidos.

Pode ser que seja mais fácil fechar os olhos. Mas algumas vezes, estamos tão despertos, que não conseguimos mais adormecer
Será que é possível mudar o mundo aos poucos? Ou será que é necessária uma grande revolução?

E como se faz uma revolução?

Como podemos acordar do transe, todos aqueles que nos cercam?

Quanto será, que cada um de nós pode fazer?

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Nos cantos da mente


No encontro das linhas , entre a parede e o teto do quarto de dormir, me perco em meus pensamentos.

Ali, existe uma estrela solitária, que nem sempre pode ser vista, mas que eu sei que está lá.

Só eu sei sobre seus segredos. Só eu sei suas razões. Algumas estrelas só podem existir assim, como os pensamentos.

Nem tudo que existe pode ser visto.

E nem tudo o que vemos é realmente real.

Três linhas se encontram em um ponto. Ou três caminhos que partem de um mesmo local. Três planos. Surpefícies.

Três ou mais pontos de vista.

Onde é teto? Onde é parede? Qual é o certo e o errado?

Estrelam jorram sob minha cabeça. Lançadas pelo sopro da fada.

Será que estou divagando? Ou será que isso  é real.

Um mergulho na mente poderia revelar lindas paisagens, ou apresentar o lado obscuro que ninguém jamais viu.

A mente é um grande mistério. Como o mar.

E se a mente é como o mar, vou citar o trecho de um poema e finalizar esse texto com as palavras de um grande autor.

"Deus ao mar, o perigo e o abismo deu, mas nele é que espelhou o céu"

segunda-feira, 20 de março de 2017

A cidade passa depressa pelas janelas do ônibus. Perdida em meus pensamentos sinto uma lágrima discreta escapar pelo canto do olho e escorrer por minha face.

Houve um tempo em que eu poderia fugir de todas as dores e de todos os problemas.

Existe um espaço em minha mente para onde eu fugia quando me sentia (quase) despedaçada.

Mas esse lugar não existe mais.

Dessa vez, o estrago foi tão grande que não abalou apenas minhas estruturas externas, roubou minha alegria, sequestrou minha paz.

Dessa vez, a dor invadiu todo meu ser e derrubou as fronteiras entre meu mundo secreto e o mundo real.

Meu nome é Alice. E não por mera coincidência, criei dentro de mim um lugar chamado: País das Maravilhas.

Lá, onde não existe nenhum tipo de sofrimento, me deitava em na relva e observava o voo dos pássaros.

Nesse jardim os pássaros não cantam, pois é o silêncio que cobre, como uma manta quente, todo o lugar.

Não há pensamentos ruidosos tentando entender fatos inexplicáveis.

Um vazio supremo, repleto de imagens que vem e vão como as casas que vejo pela janela do ônibus.

Talvez esse lugar tranquilo seja a intimidade de minha alma, onde nenhuma tragédia ou felicidade podem me atingir. Ou não podiam.

Tento, desesperadamente, voltar ao meu outro país.

 Fugir da realidade só com o poder da concentração (ou da meditação,talvez), mas não consigo achar o caminho.

Sinto-me perdida dentro de meu próprio eu.

Eu fracassei.

Fracassei e quanto mais analiso esse fracasso, mas fracassos descubro em meu caminho.

Não segui os planos que tracei. Não conquistei as vitórias que desejei. Não sei qual o caminho que estou seguindo e nem se quero seguir por essa estrada.

Estou perdida, seguindo em frente, assim como o ônibus.

Seguindo uma rota, uma reta, uma curva.

O ônibus para em um cruzamento e olho ansiosa para as demais opções: uma rua arborizada, uma avenida movimentada, recheada de estabelecimentos comerciais... Mas eu e o ônibus seguimos em frente, sem mudar de direção.

Será o medo ou o comodismo que me paralisa?

Sigo, dessa vez, desviando os olhos da janela para observar aqueles que me acompanham.

Quantos estarão perdidos em seus pensamentos?

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Malabaristas

Vejo meninos no semáforo, lançando ao vento bolas gastas de tênis....Ou laranjas....Ou limões.

Eles se empilham em malabarismos circenses em busca de um trocado.

Me pergunto: Quanto tempo eles se dedicaram a aprender tais artes?

E por que não dedicaram esse mesmo tempo às ciências, à matemática, à nossa tão esquecida língua portuguesa?

Por que não estão nas salas de aula, aprendendo uma infinidade de assuntos, e se preparando para os desafios futuros?

Eu mesma respondo:

A sala de aula não oferece um trocado. Uma moeda. O resultado imediato para aquele esforço de aprender malabarismos.

Nossos pequenos artistas circenses tem pressa.

Eles vivem o hoje, como se não houvesse amanhã.

E não há.

Não para eles.

Amanhã eles ainda estarão nesse mesmo cruzamento. E no outro dia também... No natal...

A encruzilhada é mais do que o território de seu ganha pão. Ela é o símbolo de sua situação atual. Mas eles só vêem um caminho...

Eles deram as costas para a outra via.

Talvez, se os meninos do sinal pudessem se equilibrar entre os estudos e os trocados.

Se pudessem aprender com o mesmo esforço, lançar laranjas e escrever uma nova história.

Talvez no natal de algum ano, eles estivessem lançando ao vento, um chapéu de formatura.

Qual o futuro dos meninos, que em troca de algumas moedas, lançam ao vento suas chances de ter uma vida melhor?

A dança da fênix

Renasço todos os dias quando acordo na mesma rotina de sempre, mas consigo enxergar cada dia como um dia único.
Renasço todos os dias quando treino meu olhar para enxergar a beleza das cores em um dia de sol, ou apreciar o cheiro da chuva e a felicidade das plantas dançando na suave brisa do vento.
Renasço quando reúno amigos e familiares para conversar de assuntos sérios, ou rir de bobagens.
Renasço a cada abraço apertado, carinhoso e reconfortante, onde a troca de energias recarrega nossas baterias.
Renasço em um banho de chuveiro, quando deixo a água lavar as impurezas e as preocupações.
Renasço todos os dias observando a pureza das crianças, seus sorrisos fáceis e o brilho no olhar.
Renasço ao escutar histórias e absorver a sabedoria dos idosos.
Renasço em meu trabalho, quando me dedico a tudo que acredito que pode dar certo, e busco resultados para cada novo desafio.
Renasço quando abandono as tarefas do lar e passo horas admirando a natureza na beira da praia
Mas também renasço quando depois de uma longa faxina, admiro a beleza da casa que me abriga.
Renasço ouvindo minha música preferida, meu hino, ou outras músicas que me fazem recordar de pessoas, momentos, saudades
Renasço quando cuido de mim mesma e o recebo elogios carinhosos de quem notou esse cuidado
Renasço quando desabafo em um ombro amigo, e renasço muito mais forte, quando sou o ombro e posso acolher alguém que necessita
Renasço nas vitórias, ou no reerguer depois dos tombos.
Renasço quando pesquiso e aprendo coisas novas
Renasço cada vez que sou capaz de ajudar o próximo, mesmo que sem esperança de gratidão.
Quando percebo que um pequeno gesto pode fazer uma grande diferença pra alguém. E quando eu faço esse gesto.

A felicidade está ao nosso redor. Nos pequenos detalhes.
Senti-la, depende também de nós.

(Releitura do texto de Plano Neruda - livro: A dança da paz - ver nos comentários)
Por: Helena Sá

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Os exemplos estão em toda parte

"Sempre há o que fazer.
Sempre é possível se reinventar e descobrir um novo eu."

Mais do que uma sentença otimista, essa frase representa que antes do verdadeiro ponto final, ainda há espaço para começar muitos novos parágrafos.

Quem te limita é você mesmo. Talvez também a saúde, ou melhor, a falta dela, mas em muitos casos, mesmo quando falta saúde, mesmo quando a vida dá uma cambalhota e cai em uma posição estranha, com as pernas pro ar e o pescoço pendendo pro lado de lá, ainda assim, as pessoas se mostram capazes de criar um novo mundo, que se adapte melhor ao que ela é agora.

Não há razão para sentar no sofá e esperar o tempo passar enquanto assiste a péssimos programas de grandes redes de comunicação.

Na verdade, esses programas só existem porque eles perceberam em nós essa fraqueza. Essa preguiça de abandonar os nãos e buscar outros Sims.

É hora de abandonar o conforto da poltrona e saltar no vazio. Entre o pânico e a adrenalina, você vai notar que o paraquedas esteve o tempo todo com você.

Você vai acionar o mecanismo e relaxar, observando o mundo por um novo ângulo.

Nunca desista. Comece outra vez

Levante-se e ande!!!

Esse é o milagre: Levante-se e ande!!!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Sem perder a inocência

Me perguntaram, em um post na internet, o que eu diria pra criança que fui um dia.

Apesar de meus quarenta e poucos anos, não foi necessária uma longa viagem no tempo para responder essa pergunta.

"Ainda carrego em mim a criança que fui um dia.
De vez em quando conversamos sobre a vida.

Ela me conta das dificuldades que passou e das preocupações que traz consigo.

Eu conto a ela dos sonhos que temos, e de nossa vontade de realiza-los.

Ela sabe que alguns serão difíceis de alcançar, mas me deixa sonhar com eles mesmo assim.

A criança que vive em mim admira a inocência de meus projetos idealizados. Ela me estimula.

E mesmo que eu venha a fracassar algumas vezes, não tenho medo de arriscar.

Pois sei, que a criança que vive em mim já passou por muitas desilusões, e estará sempre ao meu lado, para me consolar nas derrotas ou para comemorarmos juntas cada vitória..."

É importante que você nunca deixa sozinha a criança que foi um dia.

Ela não merece ficar presa ao passado.

Se você nunca pensou sobre isso, vá lá, pegue em sua mão, e carregue-a com você.

Ela pode ser só uma criança, mas é sábia, e te ajudará a não perder a inocência. Te ajudará a acreditar que tudo é possível e que mesmo nos dias de chuva, dá para se divertir.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Eu sou eu. Você é você.

Talvez eu não te conheça.

Conheça apenas a versão de você que eu criei pra mim.

É que te vejo a tanto tempo, que pensei que olhando de fora, poderia te enxergar por dentro.

Que ilusão a minha.

Tive a  prepotência de achar que seria capaz de conhecer alguém, tão bem quanto a mim mesma...

Logo eu, que estou sempre tentando me conhecer um pouco mais.

E nem sempre consigo.

Eu queria que você pudesse se ver com meus olhos. E me conhecer também.

Ver meu eu interior.

Pois não sei se você vê a força que eu tento ter, ou a fragilidade que não consigo esconder.

Algumas vezes eu penso que somos iguais, imaginando conhecer uma a outra, mas sem nos entendermos de verdade.

Ou somos completamente diferentes, e em algum momento entre o amanhecer e o por do sol, passamos a nos repelir.

Nossos laços são fortes, são invisíveis, elásticos, são certos e eternos.

Não importa o tempo ou a distância, serei sempre sua e você será sempre uma parte de mim.

Aprenderei a controlar meus medos, e assistir seus tombos.

Você aprenderá a cair e a levantar.

Estarei aqui pra te dar a mão... Torcendo pra que tudo dê certo, mesmo que isso signifique que você não vai precisar dela.

Talvez eu realmente não te conheça. Mas aguardo ansiosa que você se apresente pra mim. E me mostre como você agiria se você estivesse no seu lugar.

Quais serão suas decisões, quando eu não estiver interferindo e decidindo por você?

Então, nunca se esqueça. As suas experiências serão só suas.
E meu coração será sempre seu.
Meu colo te pertence também.

Caminhe a sua estrada.
Eu já caminhei um trecho da minha.
Nossas estradas se cruzarão muitas vezes.
Vai ser bom reencontrar você e saber que ainda posso te conhecer um pouco mais.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Um breve momento e nada mais

Último dia do ano.

Chove lá fora.

Sentada na sala ao lado de meu pai, escrevo, enquanto assistimos juntos a um programa de TV.

A vida é simples assim.

Nem ele nem eu temos queixas a fazer.

O barulho da chuva, uma mosca que vai e vem, um comentário ou outro sobre o programa.... O mundo nos preenche.

Temos tudo, não exigimos nada, estamos calmos, tranquilos.

Talvez ambos tenhamos 80 anos. Algumas coisas escapam de nossas memórias, nos confundimos...

Agora ele cochila.

Eu escrevo.

Estamos em silêncio e silêncio é bom.

As pessoas estão acostumadas com o ruído. Falam mais que o necessário. Reclamam. Ligam rádio, tv, computador, tudo ao mesmo tempo.

E aumentam o volume para encobrir o barulho da chuva. É como um trovão no meio da sala.

E nós, eu e meu pai, em silêncio, ouvindo o mundo e assistindo a TV.

Meus pensamentos vagueiam da cabeça pro papel. Os dele, não sei. Vagueiam apenas, entre um cochilo e um despertar. Vão e vêm, como a mosca, voando por aí.

E a vida segue. O ano acaba. E tudo recomeça depois.